"Paris é sexy", exclamou em entrevista coletiva realizada no Museu do Erotismo de Paris a diretora do festival, Natalie Vella, que importou este formato da Austrália para proporcionar à capital francesa um espaço que abrigue títulos ausentes do circuito dos festivais eróticos e pornográficos.
Para isso, a programação conta com filmes vanguardistas, essencialmente curtas-metragens, procedentes do Canadá, Reino Unido, Israel, Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Grécia e Irlanda, dentre outros, que pretendem mostrar "o limite do que se denomina 'sensualidade branda'".
Segundo Natalie, as projeções serão realizadas no cinema Le Nouveau Latina de Paris dias 14 e 15 de outubro, com a intenção de beirar os limites e de provocar. "Gosto da ideia da provocação", ressaltou a diretora.
A diretora da mostra explica que a maior luta é conseguir patrocinadores, dinheiro. "As pessoas são muito conservadoras. A gente pode pensar que o sexo vende, mas as pessoas são muito cuidadosas com o investimento em algo que é novo, especialmente em Paris".
Para Oscar Sisto, professor de teatro e membro do júri, "o erotismo é psicológico, não sexual", e o cinema sexy deve mostrar um "sexo com poesia". Seu critério como jurado será encontrar "criadores" que apresentem "um olhar diferente sobre o sexo, sobre o erotismo", destacou.
A dançarina Mariana Baum, também membro do júri, disse à Agência Efe na apresentação da mostra que o sexy é o que "provoca uma cosquinha e faz com que os olhos se abram subitamente com interesse".
"Para mim, a diferença é que o sexy é o que me permite fantasiar, embora sem cenas explicitamente eróticas ou com nudez, enquanto às vezes cenas que apresentam todos esses elementos não provoquem essas cosquinhas", explicou.
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