quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O salário para técnico administrativo é de R$ 4.760,18 e de R$ 4.984,98 para técnico em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual.


Especialista em audiovisual dá dicas para concurso da Ancine


Quem se inscreveu para concorrer a uma das 82 vagas de técnico administrativo e técnico em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual oferecidas no concurso da Ancine (Agência Nacional do Cinema) precisa intensificar os estudos. Para ajudar os concursandos, já que a prova deve acontecer no dia 23 de setembro, no Rio de Janeiro, local onde os aprovados exercerão suas funções, o especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual da Ancine, Vinícius Portela, separou algumas dicas.

Autor dos livros Audiovisual e Cultura e Fundamentos da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, ambos lançados pela editora Campus/Elsevier, Vinícius acredita que para realizar o sonho de trabalhar no Rio de Janeiro e com um bom salário, a dica mais importante é estudar e se dedicar muito com os melhores materiais e cursos disponíveis.

“É importante estudar bastante todas as disciplinas, principalmente as específicas. No caso do concurso da Ancine, estar tranquilo e confiante para a prova também faz a diferença”, disse, acrescentando que o diferencial será a matéria legislação de cinema/audiovisual.

“Todas as outras matérias, de uma forma ou de outra, costumam estar nos concursos públicos. Assim, o foco para este concurso deverá ser o estudo pesado da matéria específica da Ancine (legislação e mercado audiovisual)”.

Segundo o especialista, é indispensável conferir qual a banca organizadora do concurso para evitar possíveis pegadinhas durante o exame. No caso da Ancine, a Cespe é a responsável pela organização da prova.

“A Cespe formula questões que obrigam o aluno a julgar se a afirmativa está certa ou errada. Para isso, é necessário estar muito bem conceituado, entender bem os conceitos legais, além de conhecer a lei na íntegra, pois muitas questões são confeccionadas desta forma. É preciso, ainda, muita atenção, pois as afirmativas das questões costumam, muitas vezes, estar corretas até o fim e, às vezes, trazem ter um erro pequeno que invalida toda a afirmativa. A atenção deve ser redobrada”.

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Ancine abre consulta pública do Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual



A Agência Nacional do Cinema (Ancine), instituição vinculada ao Ministério da Cultura, abriu na última quarta-feira (22/08) a consulta pública do Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual. O documento estará disponível para receber contribuições até 22 de dezembro, no sítio da agência.

O Plano estabelecerá bases para a ação do poder público no setor do audiovisual no Brasil até o ano de 2020. Sugestões para o desenvolvimento e fortalecimento do mercado nacional, tanto interna, como internacionalmente também estarão no documento, que foi aprovado pelo Conselho Superior do Cinema – reunido em 8 de agosto, em Brasília, com participação da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, da secretária do Audiovisual, Ana Paula Santana, e do diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel.

“O Plano guiará os investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e as ações do poder público no desenvolvimento do audiovisual brasileiro”, explica o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema.

O documento foi elaborado visando à expansão do mercado interno, em que se focaliza a dinâmica interna como a base para uma estratégia de desenvolvimento, e à universalização do acesso aos serviços audiovisuais, em que se aposta numa expansão uniforme e desconcentrada, voltada para um mercado de massas. Outra meta principal é a transformação do Brasil em forte centro produtor e programador de conteúdos audiovisuais, para que os agregadores de valor econômico e cultural nas obras sejam os agentes e as referências locais.

Audiências e palestras -Manoel Rangel informou que a consulta não será realizada somente pelo sítio da agência.“Realizaremos ainda audiências e seminários para ouvir e mobilizar as vontades e iniciativa do setor”, disse ele.

Serão quatro meses de consulta, período no qual o Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual estará sujeito à revisão constante. Depois desse período, o documento será debatido novamente no Conselho Superior do Cinema.

Para participar das consultas públicas abertas à contribuição é preciso acessar o Sistema de Consultas Públicas e se cadastrar. Dúvidas sobre o funcionamento do sistema devem ser encaminhadas para ouvidoria.responde@ancine.gov.br .

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

LIVRO QUE TRADUZ MERCADO AUDIOVISUAL PARA INVESTIDOR ESTRANGEIRO É LANÇADO NO RIO




Estiveram presentes ao lançamento produtores, como Diler Trindade e Leonardo Dourado, e autores do livro como Sérgio Sá Leitão (RioFilme), Fabio Lima (MovieMobz), Maurício Chacur (Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio), Marco Altberg (ABPITV), Luciane Gorguho (BNDES), entre outros; além dos coordenadores do projeto o advogado Fábio de Sá Cesnik (Cesnik, Quintino e Salinas) e Steve Solot (Rio Filme Comission e LATC)
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Curso de Cinema e Audiovisual é convidado para bate-papo com Cláudio Assis

Neste domingo, 26, o Cine Estação das Docas recebe o diretor pernambucano Cláudio Assis para um bate-papo com o público sobre seu último trabalho: “Febre do Rato”. A conversa, aberta ao público, tem início logo após a sessão matinal das 10h, com presença de alunos de Curso de Cinema da UFPa, Associação de Críticos de Cinema do Pará, Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas, jornalistas, cineastas, cinéfilos e o público em geral. Às 20h30, o Cine Estação das Docas apresenta a última exibição em Belém do filme “Febre do Rato”. 
A presença de Cláudio Assis para falar de sua obra cinematográfica na Estação das Docas é uma ação da Secretaria de Estado de Cultura – Secult, por meio da OS Pará 2000, em parceria com a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas Seção Pará. Serviço Febre do Rato Direção: Cláudio Assis. 110 min, P&B, 18 anos. Com Irandhir Santos, Matheus Nachtergaele, Juliano Cazarré e Ângela Leal. http://www.youtube.com/watch?v=ow07S72zhbw 26/08 (domingo) 10h. Febre do Rato Após a exibição do filme, bate-papo aberto ao público com o diretor do filme. 20h30: Febre do Rato – última exibição. Ingressos: R$ 8,00 (com meia-entrada para estudantes). 




Entre os dias 19 e 25 de novembro acontece em Rio Branco um dos eventos mais esperados pelos cinéfilos de plantão: o Festival Internacional de Audiovisual Pachamama - Cinema de Fronteira, que em sua III edição promete novidades.


Iniciados os preparativos para o III Cinema de Fronteira
Em um mundo globalizado onde os diversos países cada vez mais acentuam suas relações de troca, sejam elas políticas, artísticas, religiosas ou culturais, o cinema surge como uma eficaz ferramenta de discussão em meio às especificidades características de cada grupo social. De forma lúdica a "sétima arte" busca aprofundar os mais variados temas por meio das múltiplas similaridade e diferenças existentes não apenas entre seus personagens, mas entre seus realizadores.
Dentro desse contexto, o Pachamama - Cinema de Fronteira caminha para sua III edição dando continuidade a um trabalho que começou em 2010 na cidade de Rio Branco e que hoje alcança visibilidade internacional. Inicialmente limitou-se a promover o fortalecimento e a divulgação da produção local. No entanto em 2011 deu um passo à frente promovendo o intercâmbio cultural entre Brasil, Peru e Bolívia. Para este ano expande sua proposta estendendo o espaço aos demais países latinos, fortalecendo assim o diálogo cultural entre eles.
Em maio o festival fez sua primeira edição itinerante em Cusco, no Peru. Em junho participou do Bolívia Lab, junto a festivais de renome como o de Toulouse, na França, o de Valdívia, no Chile e o de Buenos Aires. De acordo com o diretor Sérgio Carvalho a mais nova versão do evento pretende, através dessa integração, trazer à tona novas e antigas discussões sobre o papel do cinema como formador de opinião a partir da diversidade de olhares.
"Com a III edição do Pachamama vamos dar continuidade aos fóruns iniciados ainda em 2010, que tratam a respeito da minimização dos impactos sociais e ambientais, consequentes das mega obras estruturantes que estão sendo realizadas na região, como a estrada do Pacífico e as hidroelétricas do Rio Madeira", diz Carvalho. Para ele o objetivo é buscar alternativas, evitando que as trocas entre os países não sejam meramente comerciais, "que a estrada do Pacífico não se torne apenas um corredor de mercadorias e que estejamos preparados para as trocas culturais que deverão ocorrer".
A programação do III Cinema de Fronteira conta, além da Mostra Latino Americana de curtas e longas metragens, com exibições especiais em homenagem aos cinemas acreano e brasileiro, mesa de integração cultural, oficinas de produção audiovisual e obviamente a III Noite Latina.

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mostra de Cinema Cristão: inscrições abertas para o evento que será realizado no Rio de Janeiro



A Mostra de Cinema Cristão, que será realizada em outubro, no Rio de Janeiro, abriu inscrições para interessados em participar do concurso e acompanhar as palestras e oficinas de cinema com profissionais da área.
O evento será realizado no dia 27/10, no auditório do Centro Cultural da Bíblia, da Sociedade Bíblica do Brasil, no Rio de Janeiro.
De acordo com informações no site do evento, a mostra tem como objetivo “estimular os cineastas, produtores, roteiristas e interessados no audiovisual a difundirem e criarem obras de qualidade e prospecção de novos negócios”.
O texto de divulgação da Mostra de Cinema Cristão ressalta ainda a importância do audiovisual como ferramenta de evangelização: “Nossa proposta é informar, disseminar a cultura, propagar valores éticos e cristãos, evangelizar, projetar o audiovisual cristão a nível nacional e internacional, unir a classe e movimentar os recursos entre os cristãos”.
Programação
Palestra sobre Cinema com a cineasta Dida Sampaio
Oficina Prática de Filmagem com a WPI Filmes e 4U Films
Debate com os Cineastas
Mostra dos 7 melhores curtas metragens selecionados pelo Comissão Julgadora
Votação popular dos melhores curtas-metragens
Premiação dos melhores filmes
Premiação
1º Lugar – Troféu, prêmio de R$ 800,00 e entrevista a programas de TV cristãos
2º Lugar – Placa e prêmio de R$500,00
3º Lugar – Placa e prêmio de R$ 300,00
Inscrições
As inscrições dos filmes são gratuitas e deverão ser feitas na sessão “Inscrição de Filmes”, no siteagendaculturalbrasil.com, que também disponibiliza o regulamento.
Oficina Prática de Filmagem
Profissionais especialistas em audiovisual mostrarão um set de filmagem, e durante uma gravação de cenas com atores, explicarão o processo técnico.
Auditório Centro Cultural da Bíblia
9:00 às 20:00
Rua Buenos Aires, 135 – 3º e 4º andar
Centro – Rio de Janeiro
Realização: Agenda Cultural Brasil
Contatos:
Verônica Brendler – Produtora Cultural
21 – 35470121 ou 7872 3540 id 10*9925
agendaculturalbrasil.rj@gmail.com
veronicaprodutora@hotmail.com
agendaculturalbrasil.com
Redação Gospel+

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Festival de Cinema de Juiz de Fora recebe inscrições de curtas

A 11ª edição do Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades recebe, até 31 de agosto, inscrições para filmes de curta metragem com até 20 minutos de duração e finalizados a partir de janeiro de 2011, nos formatos 35 mm ou digitais.

Os interessados devem seguir os procedimentos indicados no edital.

A programação do festival é dividida nas seguintes mostras: Mostra Competitiva Nacional (curtas brasileiros de cineastas estreantes), Regional (filmes de cineastas de Juiz de Fora e Zona da Mata) e Mostra Mercocidades (seleção de curtas e longas de cineastas estreantes pertencentes aos países do Mercosul).  Além disso, o festival conta também com oficinas e debates.

*Com informações do site da Ancine

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tony Scott, diretor de "Top Gun", morre ao pular de ponte em LA


O cineasta britânico Tony Scott, diretor de sucessos de Hollywood como "Top Gun" e "Maré Vermelha", morreu no domingo ao pular de uma ponte no porto de Los Angeles, informou o instituto médico legista do condado de Los Angeles.

Leia também o Yahoo! Cinema
Testemunhas viram Scott, de 68 anos, estacionando seu carro na ponte Vincent Thomas e pulando na água por volta das 12h30 (16h30 de Brasília), de acordo com o tenente Joe Bale, um comandante de patrulha do instituto legista.
Bale disse que o corpo foi recuperado por policiais do porto pouco antes das 15h e foi posteriormente identificado como sendo o do cineasta e irmão mais novo do também diretor de cinema, Ridley Scott.
Um bilhete foi encontrado no carro de Scott, que Bale disse acreditar ser uma carta de suicídio, embora ele tenha dito que não tinha conhecimento sobre seu conteúdo. "Normalmente, quando encontram uma nota em casos como este, não é uma lista de compras", afirmou.
Katherine Rowe, porta-voz do cineasta, disse em um breve comunicado: "Eu posso confirmar que Tony Scott, de fato, faleceu. A família pede que sua privacidade seja respeitada neste momento."
Scott, nascido em North Shields, Northumberland, na Inglaterra, e frequentemente visto por trás das câmeras com seu desbotado boné de beisebol vermelho dirigiu mais de 20 filmes e programas de televisão e foi produtor de cerca de 50 títulos.
Outros créditos notáveis do diretor incluem o drama sobre corridas de 1990 "Dias de Trovão", também com o astro de "Top Gun", Tom Cruise, o suspense de 1995 "Maré Vermelha", co-estrelado por Denzel Washington e Gene Hackman, e o thriller de espionagem "Inimigo do Estado", de 1998, que contou com a dupla Hackman e Will Smith.
O drama de espionagem "Jogo de Espiões" juntou Robert Redford com Brad Pitt, em 2001.
Scott e seu irmão mais velho foram produtores executivos em conjunto em duas séries de televisão de sucesso, "Numb3rs", que passou na CBS de 2005 a 2010, e "The Good Wife", que estreou em 2009 e ainda está no ar na CBS.
Scott deixa sua terceira esposa, Donna, mãe de seus dois filhos.


Foto: AP

sábado, 18 de agosto de 2012

Palestra de Economia da Cultura e das Artes acontece no CTR


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20/08/2012 14:00
O Grupo de Pesquisa Iconomia, do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR), o Núcleo de Pesquisa em Política e Gestão Tecnológica (PGT-FEA-USP) e a rede internacional “Games for Change” convidam para a Aula Magna 2012 do ciclo Economia da Cultura Audiovisual
A aula será ministrada pelo professor titular de Economia de Artes e Cultura da Universidade Erasmus, Roterdã - Holanda, Arjo Klamer. (http://www.klamer.nl).


Data: 20 de agosto
Horário:14h
Local: Auditório A – CTR -

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Encontros “CINEMATOGRAPHOS”: ESPECIAL FRANCO TAVIANI Com Franco Taviani e Aurora Bernardini

Sábado, 18 de agosto, das 14 às 19h. Entrada gratuita.
 
A Casa Guilherme de Almeida receberá o conhecido diretor italiano Franco Brogi Taviani, realizador de mais de cem documentários. 

Nesta evento exclusivo no Brasil, ele apresentará três de suas obras: 

14h – La Sostituzione, falado em italiano, com legendas em português. Primeiro trabalho de Taviani em longa-metragem, realizado para a TV, é inspirado em "Alceste", de Eurípedes. 

15h – Maybe God is ill, falado em italiano, com legendas em espanhol. Trabalho premiado com o Grande Prêmio do International Festival of Human Rights, este documentário aborda as questões relativas à pobreza mundial, com foco especial na população africana. 

16h – Coffee-break.
16h30 – Italiani all’Opera, falado em italiano, com legendas em espanhol. Documentário que trata da imigração italiana na Argentina. 

Após a exibição do último filme, Franco Taviani proferirá palestra sobre seu trabalho e participará de conversa com o público, com mediação da professora, ensaísta e tradutora Aurora Bernardini. 

Casa Guilherme de Almeida – Rua Macapá, 187, Pacaembu. Tel. (11) 3673-1883.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

METALAB CANVAS: Encontros Audiovisuais



Data 16 ago | Horário 19h |

Local CCE_SP. Av. Angélica, 1091 Higienópolis, São Paulo – SP |

Streaming: http://bit.ly/NsbZTN



Dentro do programa Metalab o CCE_SP realiza a décima e décima primeira edição dos encontros CANVAS, uma plataforma de integração entre produtores audiovisuais dispostos a compartilhar seus processos de trabalho. Hoje sera o primeiro encontro con os convidados, Coletivo Embolex e Caio Fanzolin, que estarão conversando com o público no intuito de explorarem suas trajetórias dentro da produção audiovisual contemporânea. Elementos como a utilização de softwares e linguagens de desenvolvimento de seus trabalhos serão apresentados de maneira didática/informal e prática.
Entrevista sobre o longa “O Menino no Espelho” com Guilherme Fiúza e André Carreira

Esta é a primeira edição do Boletim do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, uma publicação eletrônica que irá divulgar as ações, projetos, eventos, oficinas, filmes e produções audiovisual e multimídia realizadas no âmbito do Polo pelas instituições parceiras. A cada edição, o Boletim trará matérias, entrevistas, artigos e clipping de mídia. Saiba mais:


Desde 29 de junho, Cataguases volta a ser palco e cenário para a realização de mais uma obra cinematográfica: o romance “O Menino no Espelho”, do escritor mineiro Fernando Sabino, ganhou sua primeira adaptação para o cinema, sob direção de Guilherme Fiúza Zenha. A realização aplicou recursos financeiros e envolveu diretamente mais de 600 pessoas da região, entre profissionais de diversas áreas e prestadores de serviço. Saiba mais:



http://poloaudiovisual.org.br/blog/?p=294#.UC1wlallRq8


Categoria(s): Sem categoria

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Obra reúne artigos sobre o mercado audiovisual brasileiro


Daqui a pouco, a partir das 17h, na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Centro, acontece o lançamento do livro "The Brazilian Audiovisual Industry: An Explosion of Creativity and Opportunities for Partnerships", realizado pela Latin American Training Center (LATC) e o escritório de advocacia Cesnik, Quintino & Salinas (CQS).
A publicação é uma coletânea de artigos e ensaios com importantes nomes da indústria brasileira. A obra, toda em inglês, funciona como um guia para os investidores estrangeiros interessados na indústria brasileira. 
Estarão presentes no lançamento autores como José Mauricio Fittipaldi, sócio fundador do escritório de advocacia CQS, Fabio Cesnik, da CQS, Steve Solot, da LACT, Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme, Marco Altberg, presidente da ABPITV, Alexandre Annenberg, presidente executivo da ABTA, Fabio Lima, presidente fundador da Mobz e Luciane Gorgulho, do BNDES.

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Oficinas preparam produtores para o Amazon Film Festival 2012


MANAUS – A Associação de Mídias Audiovisuais e Cinema do Amazonas (Amacine Futuros Cineastas) promove na próxima segunda-feira (20), oficinas sobre planos, posições e enquadramentos cinematográficos. A taxa de inscrição é de R$ 50.
As aulas acontecem de segunda à sexta, em dois horários e locais diferentes. A primeira turma , das 14h às 17h, na avenida Airão, 734, Centro de Manaus. Já a segunda turma, vai se reunir na Escola Estadual Silvio Vagheggi, Rua Tapajós, 345, Centro.
Dentre os módulos, haverá, também, uma oficina de roteiros, onde os professores irão esclarecer dúvidas e indicar de que maneira o cineasta/roteirista poderá participar do Amazonas Film Festival, que acontece em meados de novembro.
Outro ponto interessante para quem participar da oficina é a realização do curta metragem “Validade até 21/12/2012” e de outros curtas de quatro minutos, que poderão participar do Festival Curta 4 ponto 8, previsto para acontecer também em novembro deste ano.
Mais informações e inscrições por meio dos telefones (92) 3877-7949, (92)8183-1136, ou pelo email amacine@gmail.com.

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Cinema de Pernambuco vive "era de ouro"

Há 15 anos, estreava o filme "Baile Perfumado", de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Depois vieram "Amarelo Manga" (2003), de Cláudio Assis, e "Cinema, Aspirinas e Urubus" (2005), de Marcelo Gomes. O Brasil via nascer um vigoroso cinema regional, com uma visão de mundo particular. Um mundo que começava no Recife, mas se tornava universal.

Por Bruno Ghetti, em Valor
 febre do rato
Cena de "Febre do Rato"
O cinema de Pernambuco, frágil nos anos 1990, aos poucos assumiu uma posição de destaque no mapa audiovisual brasileiro na década seguinte, impulsionado por cineastas de talento e seus arrojados projetos estéticos. Menos focados no público que colegas cariocas e paulistas e mais comprometidos com uma interpretação pessoal sobre os temas, esses diretores se tornaram referência em qualidade e ousadia.

A assiduidade e os prêmios recentes em festivais atestam que a produção pernambucana segue mais que forte: está quase em estado de graça.

O Festival de Paulínia 2011, por exemplo, consagrou "Febre do Rato", de Cláudio Assis, um dos filmes mais audaciosos e poéticos de todo o cinema brasileiro pós-retomada. No Festival de Gramado deste ano, o Estado é representado por "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho, muito elogiado no exterior.

Mas mais expressiva ainda será a participação estadual no Festival de Brasília, em setembro. Metade dos longas em competição é pernambucana: "Boa Sorte, Meu Amor", de Daniel Aragão, "Era uma Vez Eu, Verônica", de Marcelo Gomes, e "Eles Voltam", de Marcelo Lordello. Além disso, documentários e curtas de Pernambuco concorrem em suas respectivas categorias.

"Que meus colegas não me ouçam, mas acho até um exagero escolherem tantos cineastas assim de Pernambuco", diz Assis, 52, antes de dar uma gargalhada, em seu habitual tom polêmico-sarcástico. O diretor é um dos nomes mais envolvidos na defesa do cinema feito no Estado e em discussões políticas que facilitem a produção local.

Graças ao esforço de Assis e outros cineastas de sua geração, as condições produtivas estão bem melhores do que as que eles encontraram ao fazer seus primeiros curtas, nos anos 1980/90.

Mais que isso: o sucesso dos filmes da geração de Assis criou um sentimento de autoconfiança entre diretores mais novos e a crença de que é possível fazer um bom cinema na região.

"Com 'Febre do Rato', quis passar uma mensagem aos jovens diretores: eles podem fazer o que quiserem", diz Assis. Recado dado. A nova geração se destaca por sua forte personalidade própria.

Há grupos distintos na atual cena pernambucana, como lembra Kleber Mendonça Filho, 43. "Houve a primeira grande geração do novo ciclo, com Ferreira, Caldas, Gomes e Assis. Logo em seguida viemos Camilo Cavalcante e eu, diretores hoje na faixa dos 40 anos."

Em seguida, conta o cineasta, veio a turma da produtora Símio Filmes, com Gabriel Mascaro, Marcelo Pedroso, Juliano Dornelles e Daniel Bandeira, diretores que se juntaram há dez anos para fazer vídeo.

"E tem ainda o pessoal da Trincheira [Filmes, produtora], a mais recente geração, com Leonardo Lacca, Marcelo Lordello e Tião. Fora o Daniel Aragão, que não faz parte desses grupos, mas que também está nessa faixa dos 30 anos", comenta.

Todos os diretores se conhecem, e os grupos dialogam. "Há uma troca grande de impressões e uma relação muito saudável de amigos. Às vezes, os filmes até não se parecem entre si, mas as pessoas têm muito a ver umas com as outras", diz Mendonça.

Ele tem razão ao mencionar as diferenças: entre curtas e longas, dramas e comédias, documentários e ficções, filmes urbanos e rurais, o ecletismo é uma das marcas dessa cinematografia.

Claro que existem elementos em comum, como o gosto por imagens de inspiração documental, uma forte atenção à realidade social e a importância dada a espaços regionais. Mas tais elementos indicariam antes um "sotaque pernambucano" que um "movimento". Os diretores não têm, ao menos formalmente, um projeto estético comum. E rejeitam a ideia de "movimento".

"Esteticamente, a única coisa que nos une de fato é a liberdade que temos e a vontade de ser livre quando estamos filmando", diz Daniel Aragão, 31, destaque da novíssima geração.

É uma opinião parecida com a de Marcelo Gomes, 48. "Sou um pernambucano que faz cinema, não faço 'cinema pernambucano'. O artista é do mundo."

O que muitos analistas confundem com "estilo em comum" tem mais a ver com uma filosofia semelhante ao abordar os temas: os cineastas tratam de assuntos universais a partir de personagens e elementos próprios da cultura pernambucana. Ou, simplificando: mostram o mundo visto a partir do Recife - ou do mangue, ou do sertão, dependendo do caso.

Talvez essa seja a chave do sucesso. "É o que diz aquela frase: 'Fala de tua aldeia e falarás com o mundo'. Quem é honesto consigo, com sua cultura, se torna universal. Pessoas de fora entendem piadas que são locais. A força do cinema pernambucano é essa: a gente luta para ter essa honestidade", afirma Assis.

A produção cinematográfica no Estado tem uma trajetória peculiar no cenário brasileiro, alternando épocas de efervescência produtiva com períodos de enormes vazios criativos.

Seu primeiro grande momento foi entre 1923 e 1930, com o chamado "Ciclo do Recife". Na época, 13 longas de ficção e diversos documentários foram produzidos na região, tornando Pernambuco um dos centros da criação audiovisual no Brasil.

O ciclo foi capitaneado pela Aurora-Film, cujos longas uniam estilo e procedimentos hollywoodianos à realidade recifense. Um exemplo é o melodrama "A Filha do Advogado" (1926), de Jota Soares - o filme foi homenageado em "Baile Perfumado", que traz algumas de suas interessantíssimas imagens.

Com o cinema falado, a Aurora faliu, e o ciclo acabou. Veio uma hibernação que durou quatro décadas, até que um novo surto cinematográfico surgiu nos anos 1970: o "Ciclo Super 8", com filmes de baixo orçamento, experimentais, rodados por jovens que investiam em um cinema doméstico. Quase ninguém assistiu a essa produção, mas o ciclo foi uma importante reação ao estado do cinema local até então.

Após novo período agonizante, o cenário voltou a se aquecer nos anos 1990, puxado pela força do manguebeat. Para Rodrigo Carreiro, coordenador do curso de Cinema da UFPE, as pessoas tinham até então uma certa vergonha de assumir uma cultura que era a delas, mas com a qual não se sentiam muito à vontade. "Isso mudou nos anos 1990, quando o manguebeat reforçou a identidade pernambucana e teve enorme influência sobre o cenário cultural", comenta.

O curso existe desde 2009 e foi criado tanto para atender aspirantes a cineastas como para suprir a necessidade do crescente mercado produtor local. "Com o aumento da produção de filmes, houve uma demanda pela formação de mão de obra técnica em áreas como montagem, fotografia e som."

É preciso ressaltar que talentos individuais não foram os únicos responsáveis por esse milagre pernambucano. Além da revolução digital, que ajudou a viabilização dos projetos, a política de incentivos do governo tem sido decisiva nesse processo.

Bem mais que outros Estados, Pernambuco tem demonstrado interesse em investir no cinema local. O Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura) lança editais para projetos em diversas áreas da cultura, mas desde 2007 destina uma soma expressiva só para a produção audiovisual.

E o investimento tem crescido a cada ano: enquanto o edital de 2007 destinou R$ 2,1 milhões para a área, o mais recente liberou R$ 11,5 milhões. Não por acaso, o Estado foi o quarto maior produtor de longas no país em 2011, atrás de Rio, São Paulo e Bahia.

"Os filmes de Pernambuco tiveram muita visibilidade nos últimos anos e fizeram sucesso em festivais. As entidades culturais [do governo estadual] viram que estava dando retorno. Era natural que aumentassem a verba", diz Marcelo Gomes.

Daniel Aragão reconhece as dificuldades que teria sem o fundo. "Se não fosse a política atual do Estado para o cinema, eu iria demorar pelo menos mais três anos para realizar esse filme. É fato."

Até o fim do ano, devem estrear outros filmes produzidos no Estado, como "Tatuagem", de Hilton Lacerda, e "O País do Desejo", de Paulo Caldas. Uma base de dados está sendo produzida só sobre a produção local (www.cinemapernambucano.com.br).

A boa fase do cinema pernambucano não deve terminar tão cedo. Como observa Kleber Mendonça: "Tem alguma coisa especial acontecendo nessa cidade chamada Recife. Estamos em uma época de ouro".

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ancine abre concurso público para cargos de nível médio


Agência oferece 82 vagas e remunerações que chegam a R$ 4,9 mil. A participação no certame já pode ser confirmada no site do Cespe/UnB
A Agência Nacional do Cinema (Ancine), órgão vinculado ao Ministério da Cultura, abriu concurso público visando o preenchimento de 82 vagas, das quais cinco são reservadas aos portadores de deficiência, nos cargos de Técnico Administrativo e Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, ambos de nível médio.
 A remuneração para o cargo de Técnico Administrativo é de R$ 4.760,18, sendo R$ 2.601,78 referentes ao vencimento básico, acrescido de R$ 2.158,40 correspondentes à Gratificação de Desempenho de Atividade de Regulação (GDAR). Para o cargo de Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, a remuneração oferecida é de R$ 4.984,98, sendo R$ 2.601,78 referentes ao vencimento básico e R$ 2.383,20 à GDAR.
Os candidatos devem possuir certificado, devidamente registrado, de conclusão de curso de ensino médio. Os candidatos ao cargo de Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual também podem apresentar certificado de curso técnico equivalente, expedido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação.
Para concorrer a uma das vagas, os interessados podem se inscrever no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/ancine_12 entre os dias 27 de julho a 16 de agosto. A taxa de inscrição é de R$ 50,00.
A seleção dos candidatos será por meio de provas objetivas, que serão aplicadas pelo Cespe/UnB na data provável de 23 de Setembro na cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde os aprovados devem exercer suas funções.
SERVIÇO
Concurso Público: Agência Nacional do Cinema (Ancine)
Cargos: Técnico Administrativo e Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual
Vagas: 82, sendo cinco vagas destinadas aos portadores de deficiências
Inscrições: 27 de julho a 16 de agosto
Taxa de inscrição: R$ 50,00
Remunerações: R$ 4.760,18 para Técnico Administrativo e 4.984,98, para Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual.
Provas objetivas: 23 de setembro de 2012
CONTATO
Outras informações no site www.cespe.unb.br/concursos/ancine_12 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Sede do Cespe/UnB –             (61) 3448 0100      .

O surgimento e a evolução da videoarte no Brasil




Em entrevista, a curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP, Ana Magalhães, traça um panorama da videoarte no Brasil, desde o início até os dias atuais.


Em sua 13ª edição, a Videonale é um festival do Kunstmuseum Bonn inteiramente dedicado à videoarte. A historiadora de arte Ana Magalhães, curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP e que atuou como coordenadora editorial da Fundação Bienal de São Paulo entre 2001 e 2008, participou do festival com a palestra "Videoarte no Brasil", dando um panorama da prática no país desde o início, nos anos 70.

Ela abordou aspectos importantes da cena artística brasileira naqueles anos, marcados pela ditadura militar, e falou sobre o papel do Museu de Arte Contemporânea da USP na divulgação desses artistas. Foram exibidos trabalhos de Letícia Parente, Anna Bella Geiger e Rosângela Rennó, entre outros. Magalhães também concedeu uma entrevista à Deutsche Welle, sintetizando os principais pontos abordados em sua palestra.

Deutsche Welle: Como a senhora mencionou em sua palestra, o país recebe seus pioneiros na década de 70, com Anna Bella Geiger, Sônia Andrade, Ivens Machado, Fernando Cocchiaralle e Letícia Parente. A que se deveu esta passagem de artistas brasileiros à prática da videoarte e de que maneira a década de 70 marcou o início da prática no Brasil?

Ana Magalhães: Na verdade, devemos separar dois aspectos para melhor entender a emergência da videoarte no Brasil. Um aspecto é o de se considerar quando os artistas no Brasil começaram a se interessar pelo vídeo e pela TV. Neste sentido, podemos dizer que havia já algumas experiências com vídeo por parte de alguns artistas brasileiros, anteriores à década de 1970. Uma autora como Christine Mello, em seu ensaio El videoarte en Brasil y otras Experiencias Latinoamericanas (2006), menciona artistas como Wesley Duke Lee e Artur Barrio, que já nos anos 1960 fizeram o uso do aparelho de televisão em instalações. Ou ainda Eduardo Kac (Luz e Letra. Ensaios de Arte, Literatura e Comunicação, 2004), que chega a propor que se considere as intervenções que o artista Flávio de Carvalho fez na TV brasileira, nos anos 1950, como as primeiras experiências com videoarte no Brasil.

O outro aspecto é a emergência de um debate em torno da videoarte e de como a historiografia narrou a história da videoarte no Brasil: ela teria tido início em 1973, com a realização do vídeo M 3 x 3, de Analivia Cordeiro. Além disso, esse debate é adensado, no meu entender, por três eventos importantes. O primeiro deles é a realização de uma sessão sobre comunicação na Bienal de São Paulo de 1973. Sob a direção do filósofo Vilém Flusser, essa sessão trouxe artistas importantes, como o próprio Wolf Vostell e outros. O segundo é o convite à participação do Brasil na grande mostra internacional de videoarte no Institute of Contemporary Arts de Philadelphia, em 1975. Este evento reuniu artistas do mundo inteiro, e, no caso do Brasil, permitiu, pela primeira vez a produção de um conjunto de proposições em vídeo, que são entendidos até hoje como os pioneiros brasileiros. No mesmo ano, a representação nacional norte-americana para a Bienal de São Paulo trouxe uma grande retrospectiva de videoarte norte-americana. TV Garden, de Nam June Paik, é mostrada neste contexto.

Entende-se também que a emergência da videoarte no Brasil está diretamente ligada às novas práticas artísticas, isto é, à emergência da performance, da instalação, e do uso de filme em Super-8 ou 16 mm, e da fotografia como documentação dessas práticas. No Brasil, essas novas práticas surgiram a partir de meados da década de 1960 e chegaram ao seu auge, se assim podemos dizer, no início da década de 1970.

Você se referiu em sua palestra ao papel essencial de Walter Zanini no processo de divulgação da vídeoarte no Brasil. Poderia comentar este papel do MAC-USP e de Walter Zanini no processo?

Walter Zanini, na condição de diretor do MAC-USP (1963-1978), redirecionou o perfil da coleção que o museu havia herdado do antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), em 1963, pensando o museu como espaço de trocas artísticas e pesquisa, experimentação. Assim, ele apoiou o acolhimento das novas práticas artísticas pelo museu. No caso da videoarte, ele foi o contato do ICA nos Estados Unidos para a organização da participação brasileira. Depois disso, criou em 1977 um espaço de debate, workshops e produção e exposição de vídeo dentro do MAC-USP. Portanto, entre 1974 e 1978, o vídeo teve um espaço privilegiado dentro das exposições do museu, quando nenhuma outra instituição no país fazia (ou podia fazer) isso.

Que transformações a transição democrática trouxe à prática da videoarte no Brasil? Como os trabalhos mais importantes da década de 80 diferenciam-se do início do gênero no país?

A década de 1980, momento da reabertura política, é marcada por uma aproximação à infraestrutura da televisão e dos estúdios de televisão, como no caso do grupo TVDO (de Tadeu Jungle, Marcelo Tas e outros). Essa é a "geração do vídeo independente", como define Arlindo Machado. E também é o momento em que os artistas começam a experimentar mais com as possibilidades da tecnologia do vídeo. É neste sentido que Arlindo Machado também contrapõe esta geração à dos pioneiros: segundo ele, a geração da década de 1980 abandona a ênfase sobre a precariedade e parece se desprender de um conteúdo mais explicitamente político.

Outro artista importante neste contexto é Rafael França, que começou a trabalhar com as possibilidades técnicas do vídeo, realizando algumas videoinstalações, como Polígonos regulares(videoinstalação com um circuito de um canal, 1981). Se é verdade que a década de 1980 marcou o período da reabertura política e o fim da ditadura militar no Brasil, esta é uma geração também muito marcada pela enorme instabilidade social e política do país. Portanto, talvez tenhamos de rever o que significa "precariedade" para a geração dos pioneiros e o que é, de fato, essa aproximação ao mundo da televisão na década de 1980.

A "precariedade" do suporte e da linguagem entre os pioneiros do vídeo no Brasil deve, a meu ver, ser revista à luz do contexto institucional que teve (o museu). E a aproximação da infraestrutura da televisão e dos estúdios de televisão na década de 1980, por outro lado, não era simplesmente para exploração dos recursos técnicos disponíveis, mas tinha também um sentido muito crítico sobre a maneira como se construía uma imagem da sociedade brasileira através dos grandes meios de comunicação.

A partir da década de 1970, surge a superpoderosa Rede Globo de Comunicação, cujo canal de TV cobriu rapidamente o território nacional inteiro. Uma das grandes marcas deste canal é a produção de telenovelas, que se tornaram uma referência da cultura de massa do Brasil. São elas as responsáveis por construir uma imagem estereotipada da sociedade brasileira. De certa forma, a geração de videoartistas da década de 1980 parece confrontar essa realidade e construir proposições críticas em relação a ela.

Você menciona a relação entre os videoartistas brasileiros com o trabalho de norte-americanos e a função da Bienal de São Paulo na abertura de debates e contato com a arte estrangeira. Esta relação mudou nas duas últimas décadas, especialmente após a abertura democrática no país?

Entendo que sim, que a relação com a arte internacional mudou muito nas duas últimas décadas, até porque o contato do meio artístico brasileiro é direto, por assim dizer, com o contexto internacional. Ou seja, a partir sobretudo da década de 1990, ir ao exterior, ver exposições fora, realizar exposições fora, conhecer outros museus etc deixou de ser um privilégio de poucos. Portanto, se no passado a Bienal ainda parecia intermediar essas relações, ela deixou de ser a principal via de contato entre artistas brasileiros e estrangeiros. Mesmo assim, ela continua sendo, de alguma forma, um lugar importante da formação dos artistas brasileiros.

O vídeo, a partir da década de 1970, sempre teve uma presença importante na Bienal de São Paulo, assim como todas as demais práticas artísticas novas. Entre 1973 e 1975, o que chamo a atenção é que me parece que temos também um incentivo/apoio que permite uma primeira concentração importante de produção de vídeo entre os brasileiros. Acho que isso nunca mais se repetiu, pelo menos não em relação à videoarte. Chamo a atenção ainda para a criação de outra instituição responsável por divulgar a videoarte no Brasil: a Associação Videobrasil que, desde 1991, organiza mostras de videoarte. Ela acontece sempre em São Paulo e tem tido um espaço cada vez mais importante, a meu ver, também na interação maior entre videoarte e outros suportes.

O fato da palestra ser proferida na Alemanha trouxe aspectos específicos para sua discussão? Há uma relação entre a videoarte brasileira e a alemã? Artistas como Wolf Vostell ou contemporâneos como Marcel Odenbach e Klaus von Bruch têm uma acolhida no debate da videoarte no Brasil?

Wolf Vostell, por exemplo, é um artista que é conhecido pelos artistas brasileiros, já na década de 1970, não só por causa de sua presença na Bienal de 1973, mas também no contexto de algumas exposições realizadas no MAC-USP. Marcel Odenbach também é outra referência conhecida dos artistas brasileiros, e participou da Bienal de São Paulo (25ª Bienal de São Paulo, 2002). Ambos têm uma acolhida no debate sobre videoarte no Brasil.
Autor: Ricardo Domeneck
Revisão: Alexandre Schossler

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Memorial da Resistência tem procurado, por meio da sua programação, utilizar o potencial das diferentes manifestações artísticas para abordar os principais temas trabalhados pela Instituição – repressão e resistência políticas e direitos humanos.

CINEMA DA RESISTÊNCIA

Com o objetivo de utilizar o cinema de forma mais sistemática, o Memorial da Resistência iniciará, no segundo semestre de 2012, o projeto “Cinema da Resistência”, com a exibição de 4 filmes (1 sábado por mês, de agosto a novembro, às 14h), sempre seguidos de debate com o diretor e/ou outro colaborador para realização do filme.
Serão conferidos certificados de hora complementar para estudantes.
Acesse nosso site para se atualizar sobre nossa programação e os links abaixo para conhecer mais sobre os próximos filmes.

Programação
 25 de agosto de 2012, às 14h
 
15 de setembro de 2012, às 14h
 
13 de outubro de 2012, às 14h
 
10 de novembro de 2012, às 14h
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sábado, 11 de agosto de 2012

Chalita propõe a criação de um polo de cinema em SP


candidato a prefeito de São Paulo Gabriel Chalita ((PMDB), em reunião com produtores do setor audiovisual, na noite da última quinta-feira, expôs a ideia de criar um polo de cinema na capital e pediu sugestões aos profissionais presentes. O objetivo é aproveitar a experiência de Paulínia, que nos anos 2000 iniciou um projeto para desenvolver um núcleo de produção audiovisual no interior do Estado.
Foram gastos na região cerca de R$ 490 milhões para a instalação do polo, que chegou a operar com quatro grandes estúdios após a inauguração, em 2009. Ainda não há um local definido para a instalação, segundo Chalita, mas a ideia é que seja em algum distrito da região periférica da capital.Ele também estuda criar polos de produção de videogames e moda, entre outras áreas da chamada economia criativa. O candidato disse que, se eleito, pretende instituir um aparelho de cultura em cada um dos distritos da cidade.

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