Após pesquisa, descobrimos no acervo do museu, que o Brasil também tem artistas mágicas e que brilhou na América Latina.
abs. edison mariotti
vídeo para o evento 5ª Primavera dos Museus: Mulheres, Museus e Memórias - Ibram do acervo: Museu de Arte Mágica, Ilusionismo, Ventriloquia e Prestidigitação "João Peixoto Dos Santos"
duração 8,51 minutos
http://www.youtube.com/watch?v=_YdplOSn8ro
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MULHERES, MUSEUS E MEMÓRIAS
A 5ª Primavera dos Museus, com seu tema Mulheres, Museus e Memórias, é um espaço de indagação sobre como o gênero, a mulher e o feminino estão sendo pensados na contemporaneidade. Com que memórias nossos museus individuais e coletivos estão sendo estruturados?
Em 2010, o Brasil elegeu sua primeira presidenta; no ano seguinte, a primeira mulher foi nomeada Ministra da Cultura, quase 80 anos depois da conquista do sufrágio feminino em 1932. A eleição da primeira mulher ao mais alto posto do Executivo Federal sintetiza os inúmeros avanços conquistados pelas mulheres no Brasil, como a ascensão no mercado de trabalho, os avanços na escolaridade e a gradativa (e ainda inicial) redistribuição das tarefas domésticas.
Na última década, especialmente, acontecimentos marcaram os avanços nas conquistas de direitos e desenvolvimentos das políticas públicas voltadas para as mulheres. Exemplo de relevo é a Lei Maria da Penha. Internacionalmente reconhecida, ela é marco do enfrentamento da violência contra a mulher.
No campo dos museus e da memória, as questões de gênero vêm alcançando destaque e inspirando grandes exposições, novos museus, além de novas vontades de memória.
Apesar da evidente importância da mulher no país, a escrita oficial da história e a da memória coletiva omitiu por muitos anos seu papel na sociedade. Também foi assim nas artes, visto que até o século XIX, a arte parecia ser profissão exclusivamente masculina, enquanto as obras de artistas mulheres eram qualificadas de “amadoras”. A causa para esta “ausência” das mulheres na história da arte tem como evidência o acesso desigual à instrução artística e, principalmente, como omissão da escrita oficial em guardar seus feitos.
Simone de Beauvoir, ainda na primeira metade do século XX, coloca o ser-mulher como um sujeito-em-si, resgatando-o de um mero reflexo invertido ou de uma construção do olhar masculino. A autora reafirma a revolucionária percepção de que mulheres são sujeitos da história e sujeitos de suas histórias.
1 SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Profissão Artista: Pintoras e Escultoras Acadêmicas Brasileira. São Paulo: EDUSP, 2008.
O desafio que se coloca na atualidade é o de introduzir as mulheres na memória histórica. Não para escrever a “história das mulheres”, mas para identificá-las nos momentos em que estiveram presentes, ouvi-las da mesma forma como os homens são e foram ouvidos, não só na esfera privada, mas também no espaço público, local historicamente reservado ao sexo masculino.
fonte:
acervo do museu de arte mágica
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