sábado, 31 de março de 2012

Itamaraty abre inscrições para o 1º Concurso de Cinema Sul-Americano

Obras escolhidas pela Secretária do Audiovisual concorrerão ao prêmio de R$ 90 mil

 
 
 
  





O Itamaraty abriu as inscrições para o 1º Concurso Itamaraty para o Cinema Sul-Americano, competição que vai premiar o melhor longa-metragem sul-americano feito em coprodução por no mínimo dois países da América do Sul. Cada um dos países do subcontinente será convidado a indicar até dois filmes para concorrer a um prêmio em dinheiro no valor de R$ 90 mil reais. No Brasil, a indicação ficará a cargo da Secretária do Audiovisual – SaV/MinC.

Para se inscrever, é necessário que a obra audiovisual seja maior que 70 minutos e tenha sido lançada ou finalizada após janeiro de 2011. As inscrições estarão abertas até 15 de maio, e é necessário preencher a ficha e enviá-la junto a 10 cópias do filme em DVD aos cuidados da Secretaria do Audiovisual - Assessoria de Assuntos Audiovisuais no Exterior, localizada no Ministério da Cultura, SCS Qd. 09, Lote C - Ed. Parque Cidade Corporate, Torre B, 8º andar, CEP 70.308-200, Brasília (DF). Os filmes serão selecionados por uma comissão escolhida pela Secretaria do Audiovisual – SaV/MinC.

Os filmes escolhidos de cada país serão exibidos no 7º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que acontece de 12 a 19 de julho de 2012. Na cerimônia de encerramento do festival, o representante do Ministro das Relações Exteriores entregará o prêmio ao vencedor, que será escolhido por uma comissão julgadora formada por cinco membros, brasileiros ou estrangeiros, de reconhecida notoriedade no campo das artes cinematográficas.

As obras serão avaliadas pela comissão com base em seis critérios: direção, argumento, roteiro, fotografia, interpretação e edição. Os votos dos juízes serão secretos e absolutos, portanto, no caso de um empate os vencedores dividirão o valor total do prêmio. O objetivo da premiação é incentivar o intercâmbio entre as culturas audiovisuais dos países latino-americanos, e ajudar a construir a iniciativa cooperacional dentro do subcontinente.

Para mais informações pelo email dav@itamaraty.gov.br ou pelo telefone (61) 2030 9947

sexta-feira, 30 de março de 2012

Estúdios de filmagens de Harry Potter serão abertos ao público

Os fãs de Harry Potter poderão entrar no mundo mágico criado pela escritora J.K. Rowling graças à abertura ao público dos estúdios da Warner Bros. de Londres, onde foram gravados os oito filmes da série.
Dois anos após terminar Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, os estúdios de gravação de Watford, ao norte de Londres, de 14 mil metros quadrados, abrirão novamente suas portas a partir deste sábado (31) para mostrar os segredos das filmagens da saga.

Fãs de 'Harry Potter' poderão visitar os estúdios de filmagens, em Londres. Foto: Divulgação Fãs de 'Harry Potter' poderão visitar os estúdios de filmagens, em Londres
Foto: Divulgação


Durante as visitas guiadas pela instalação, os visitantes poderão passear entre os cenários dos filmes, ver de perto os milhares de objetos mágicos criados e descobrir alguns dos efeitos especiais que maravilharam milhões de espectadores.
"É uma oportunidade única de mostrar o incrível trabalho e o talento que há por trás de cada cena. Pegamos os sets de filmagem, os vestidos e todos os objetos utilizados para que todo mundo possa admirá-los", disse nesta quinta-feira (29) o vice-presidente dos estúdios, Dan Dark.
O ingresso para a nova atração, que contará com a presença de alguns dos protagonistas dos filmes na cerimônia de abertura, custará 28 libras (pouco mais de R$ 80) para adultos e 21 libras (R$ 60) para as crianças.
A partir do momento em que as grandes portas de madeira se abrem para dar passagem ao Grande Salão da Escola de Hogwarts, o visitante é absorvido pelo fantástico mundo de Harry Potter.
"Quando cheguei, me senti de novo aquele menino de 12 anos que entrou pela primeira vez em um set de filmagem. Para mim este estúdio foi como minha segunda casa. Cresci e estudei aqui, mas ainda fico impressionando", declarou Rupert Grint, ator que interpreta o melhor amigo de Harry, Ron Weasley.
Além do Grande Salão, também estarão abertos o quarto do bruxinho na torre de Gryffindor, o escritório do diretor da escola, Albus Dumbledore; a sala de poções com centenas de frascos e ingredientes e o esconderijo do bondoso Hagrid.
Em uma área adjacente, os visitantes podem passear pela Rua dos Alfeneiros, onde vivem os tios de Harry Potter, e pelo mítico Beco Diagonal, onde ficam o Banco Gringotes, a loja de varinhas mágicas Ollivander e a loja dos irmãos Fred e George Weasley.
Além dos cenários dos filmes, milhares de objetos como vassouras voadoras, livros antigos, bolas de "quadribol" e símbolos da saga como a pedra filosofal e o cálice de fogo estão expostos nos estúdios para mostrar ao público o meticuloso trabalho artesanal preparado antes de cada filme.
Embora um bom mago nunca revele seus truques, a visita também mostra ao espectador alguns dos efeitos especiais utilizados nos feitiços, explosões e para criar os dragões, elfos, aranhas gigantes e os terríveis "dementadores" que aparecem nas aventuras de Harry, Ron e Hermione.
No final do percurso, os visitantes poderão ver um dos artigos mais curiosos da amostra: uma maquete da escola Hogwarts utilizada para realizar os planos gerais do castelo, construída durante o primeiro filme da série e que é rica em detalhes - possui 300 luzes de fibra ótica para simular a iluminação do edifício.
Os organizadores esperam que, em pouco tempo, os cenários se transformem em um centro de peregrinação para os milhões de fãs do mago em todo mundo e, além disso, mostrem o valor cinematográfico das instalações.
"Para estudantes e cinéfilos é uma grande oportunidade de aprender o processo de fazer um filme", destacou David Heyman, produtor da saga.

fonte:
http://cinema.terra.com.br/noticias/0,,OI5693452-EI1176,00-Estudios+de+filmagens+de+Harry+Potter+serao+abertos+ao+publico.html

quinta-feira, 29 de março de 2012

MANIFESTO SÃO PAULO CRIATIVA

MANIFESTO SÃO PAULO CRIATIVA

Assine no link o manifesto por uma São Paulo Criativa. Para transformarmos os problemas de São Paulo em soluções, precisamos criar um ambiente onde a criatividade seja valorizada por todos os agentes: governos, pessoas, empresas e organizações.

http://www.criaticidades.com.br/manifesto/
Clicando em Participar você também pode convidar seus amigos a assinar.


Queremos que nossos representantes já eleitos e os próximos candidatos se comprometam com 10 pontos, que estão detalhados no site:

1 - Cidade criativa é cidade compartilhada
2 - A cidade é um sistema, no qual as partes se complementam
3 - Projetar o futuro envolve reconhecer o passado
4 - Criatividade só se transforma em inovação quando somada a uma educação que a estimule
5 - Transformar a cidade de dentro para fora envolve uma política definida e executada de forma integrada
6 - A ecologia criativa se alimenta da ecologia ambiental
7 - A cidade criativa se reinventa continuamente
8 - São Paulo conta com milhares de imóveis vazios, isolados da dinâmica urbana
9 - A riqueza imaterial de uma cidade ganha solidez quando gera também riquezas materiais
10 - A captação internacional e a produção local de grandes eventos e o fortalecimento da indústria do entretenimento

fonte:
http://www.criaticidades.com.br/manifesto/?#comment-1286

quarta-feira, 28 de março de 2012

Polo do Audiovisual, que chama a atenção pelo incentivo da economia criativa na cidade.

Novos talentos do cinema nacional

FOTO: DIVULGAÇÃO
Selton Mello, homenageado no festival, é cercado por fãs


BARRA DO PIRAÍ
A cidade celebra o crescimento da produção cinematográfica, a prefeitura organizou o Polo do Audiovisual, que chama a atenção pelo incentivo da economia criativa na cidade. Através do projeto Luz, Câmera, Educação!, alunos das redes de ensino público e privado, do ensino fundamental ao médio, têm acesso a todas as etapas de produção de um filme. O projeto deu tão certo que foi criada uma mostra para exibir os curtas-metragens feitos nestas instituições. Chegando à 3ª edição, o Festival de Cinema Estudantil de Barra do Piraí fica em cartaz até sábado, exibindo produções regionais, nacionais e internacionais.

Para a mostra competitiva nacional foram selecionados 17 filmes: um número superior ao das edições anteriores. “Parte desta evolução não está somente nas mãos dos alunos – está com os professores. Eles são os primeiros orientados pelas oficinas, de modo que possam repassar o conhecimento, didaticamente, aos alunos”, explica Robson Monteiro, produtor do festival e coordenador do projeto Luz, câmera, educação!

No segmento estrangeiro da mostra, participam obras da Argentina, França, Equador, Espanha e Itália. “No Brasil, temos importantes festivais na categoria estudantil. Mas, a cada dia, nos esforçamos para ser uma das maiores referências nesta área no país – se não a maior”, observa Monteiro. E a divulgação é parte crucial para este reconhecimento. O contato nacional foi feito de forma direta com escolas de todo o Brasil que participam de mostras estudantis, caso de Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e São Paulo. Já a plataforma de divulgação internacional foi feita com a ajuda da Filme Rio - Rio Filme Commission, que tratou de estabelecer contatos no Festival de Cannes e trazer estas produções para Barra do Piraí.  

Todas aos filmes são exibidos, gratuitamente, na Praça Nilo Peçanha, numa tenda com capacidade para até 3 mil pessoas. Na edição de 2011, calcula-se que aproximadamente 25 mil espectadores tenham passado pela praça. Além das mostras, o III FestCine oferece seminário e oficinas. As palestras contam com a presença de Steve Solot, presidente da Rio Filme – Film Rio Commission, e César Piva, da empresa audiovisual Fábrica do Futuro. Há também a presença aguardada de Selton Mello, ator escolhido para ser homenageado nesta edição. Em cartaz com os longas Billi Pig e Reis e ratos, Selton participará da abertura do evento, que conta com a exibição do filme O palhaço(2011).


Novos talentos  
O coordenador geral do festival, Roberto Monzo, define a mostra como uma espécie de ‘Oscar Estudantil’: “Deixamos os alunos livres para criar e, assim, a premiação vem naturalmente, sempre com um corpo de jurados avaliando a questão técnica. Queremos uma liberdade de expressão, e através dela já vimos muitas coisas interessantes”, relata. 

Monteiro lembra de obras que marcaram mostras anteriores: “Em uma das edições do festival me surpreendi com a maturidade de um roteiro. Uma menina de apenas 13 anos escreveu um texto que achei que fosse adaptação de uma história. Conversando com a estudante, soube que ela própria não sabia ser capaz de escrever tão bem”.    

São os próprios alunos que organizam todo o processo de produção, se dividem em departamentos e escrevem roteiros. "Não se trata apenas de formar um grandioso cineasta. É uma questão de aprendizado e educação que o aluno leva por toda a vida”, diz Roberto. “Estamos injetando uma dose de cultura na veia do ensino. São esses jovens que vão construir uma nova cidade”.  

Postado em 27/03/2012 15:52:42

fonte:

terça-feira, 27 de março de 2012

Inscrições Abertas - Oficinas Kinoforum NET Comunidade - Módulo I

Caros amigos, alunos e parceiros,

É com grande alegria que comunicamos que estão abertas as inscrições para as Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual -  Módulo I promovido pela Associação Cultural Kinoforum em parceria com a NET Comunidade.

As Oficinas Kinoforum são itinerantes e fazem parte do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. Englobam a exibição de curtas metragens e oficinas de realização audiovisual, atuando desde 2001.

A oficina é gratuita e direcionada para iniciação de jovens com interesse em realizar um vídeo de até 5 minutos de sua própria autoria e conhecer a linguagem audiovisual, seus recursos e possibilidades. São 20 vagas disponíveis e é necessário efetuar a inscrição através do preenchimento de uma ficha de inscrição que pode ser baixada clicando aqui. Após o preenchimento da ficha o candidato à vaga deve levar pessoalmente a ficha ao NET COMUNIDADE, conforme indicado abaixo, juntamente com os documentos solicitados (informações na ficha).

A primeira oficina da Temporada NET COMUNIDADE ocorre na região do Cambuci, Zona Sul de São Paulo voltada para projetos educacionais com o objetivo de estimular a produção de conteúdo por parte da comunidade e, consequentemente, construir conhecimento.

Para apresentar o projeto à comunidade, durante o período de inscrições, será realizada uma sessão de curtas metragens, gratuita e aberta ao público, na sala CINE TV, do NET Comunidade, que exibirá uma seleção de vídeos produzidos por participantes das Oficinas Kinoforum.

Parceria local: NET Comunidade
Endereço: Incubadora de Projetos Sociais - Rua Otto de Alencar, 270, Cambuci.
Inscrições: de 15 a 30 de março (segunda a sexta, das 09h às 18h).
Apresentação do Projeto e Exibição de curtas: 29 de março, às 19h30 (aberto ao público).
Divulgação dos selecionados: 09 de abril de 2012.
Aulas: Sábados e Domingos (Dias 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de Abril), das 9h às 18h.
Participantes: 20
Idade do público alvo: 16 a 30 anos


Confira mais detalhes sobre o procedimento de inscrição no site do projeto ou tire dúvidas com William Ribeiro no telefone 3034 5538 – ramal 2.

Divulguem para seus contatos. Forte abraço e obrigado!


Jorge Guedes
Coordenador Oficinas Kinoforum
www.kinoforum.org/oficinas

segunda-feira, 26 de março de 2012

Animação produzida na Paraíba ganha prêmio internacional

O clipe Lelê, referência à música faixa 8 do disco da banda Chico Corrêa & Electronic Band, ganhou bronze no 2nd Hong Kong International Mobile Film Awards, em Hong Kong, China. 

Diretor e roteirista Carlos Dowling recebe o prêmio Bronze pela animação Lelê.

O clipe Lelê, referência à música faixa 8 do disco da banda Chico Corrêa & Electronic Band, ganhou bronze no 2nd Hong Kong International Mobile Film Awards, em Hong Kong, China.

A animação do diretor, produtor e roteirista Carlos Dowling,  com desenhos do artista visual Shiko,  foi a única  foi a única representante do Brasil na seleção final.
Confira a animação.

fonte:
babel das artes

Forcine realiza seu oitavo Congresso em março, no Rio de Janeiro

Encontro discutirá o atual audiovisual presente no Brasil.


O  Fórum Brasileiro de Cinema e Audiovisual (FORCINE) reunirá profissionais filiados a entidade e participantes de escolas com o objetivo de discutir a formação, produção e pesquisa do cinema e do audiovisual. O encontro chega esse ano à oitava edição e será realizado na PUC-Rio entre os dias 29 e 31 de março.
O congresso ainda terá mesas de debates, como “Novos campos para o profissional do audiviual: na escola e no mercado”, “Os diferentes enfoques do ensino superior do Cinema e do Audiovisual: tecnólogo, bacharelado e licenciatura”, “Construindo a área de Pós Graduação em Cinema e Audiovisual: acadêmico e profissional”, entre outras. No dia 1º de abril todos os presentes se reunirão para uma assembleia geral.
O prazo de inscrição para o FORCINE termina nesta segunda (26). Para participantes de escolas não filiadas à entidade, o preço é R$ 50. A programação completa e a ficha de inscrição estão no site do congresso. O FORCINE é uma entidade que representa – de forma permanente – as instituições e profissionais dedicados ao ensino de cinema e audiovisual. A área de ensino no cinema e audiovisual cresceu consideravelmente nos último anos. No Brasil existem mais de cinquenta graduações na área em universidades.

fonte:

sábado, 24 de março de 2012

Projeto Cine Brasil homenageia as mulheres

Campo Grande (MS) - A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) abre a temporada 2012 do projeto "Cine Brasil – Curtas e Longas no Centro" comemorando o mês da mulher, na próxima semana, de terça a sexta-feira (27 a 30 de março), exibindo filmes que retratam as diferentes fases da mulher em determinadas situações da vida. As sessões acontecem na sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo às 18h30. A entrada é gratuita.














"Cine Brasil - Curtas e Longas no Centro" é um projeto do Núcleo de Audiovisual da FCMS, sendo exibido normalmente na última semana do mês e utiliza o acervo da Programadora Brasil, programa do Ministério da Cultura (MinC) e de Festivais de Cinema disponibilizando obras audiovisuais para circuitos não comerciais de difusão pública.

Na terça-feira (27) será exibido o filme Anahy de las misiones (RS/1997/ Ficção/Colorido/110min/16anos) de Sérgio Silva. É um raro filme brasileiro a abordar de forma poética, dramática e lúdica episódios lendários da história do período colonial, aqui ambientados na Revolução Farroupilha (1835-1845). É a recriação de lendas dos gaúchos do Brasil, Argentina e Uruguai, como aquela de Anahy de las misiones, que errava pelos países do Prata vendendo despojos saqueados dos soldados mortos nas batalhas, ou a da Salamanca do Jarau (fixada por Simões Lopes Neto em Lendas do Sul). Eleito melhor filme pelo júri e público no Festival de Brasília de 1997.

Na quarta-feira (28) será exibido o filme Amores (RJ/1998/Ficção/Colorido/95min/14anos) de Domingos de Oliveira. É uma crônica dos costumes amorosos e conflitos familiares da classe média urbana nos anos 90, captada por uma câmera solta, comprometida com o retrato da instabilidade dos relacionamentos. Uma abordagem das mudanças comportamentais da época: o desejo de família num momento em que o meio tende a fragilizá-la, as vicissitudes e separações amorosas.

Na quinta-feira (29), a sessão tem início com o curta-metragem Mina de Fé (RJ/2004/colorido/ficção/15min/16anos), de Luciana Bezerra, foi rodado no Morro do Vidigal, com elenco e equipe integral do Nós do Morro. O filme narra a história do amor vivido por dois jovens, Silvana e Maninho, chefe do tráfico da favela em que moram. Em seguida é a vez de Lá e Cá (RJ/1993/Ficção/Colorido/ 28min/Livre) de Sandra Gogut que faz um delicioso passeio, guiado por uma exuberante Regina Casé, pela estética e o espírito do subúrbio carioca. Ali também mora o desejo de ser alguém diferente, de ter um passaporte para outros lugares.

Na sexta-feira (30), o projeto finaliza exibindo o filme Bebel, Garota Propaganda (SP/1967/Ficção/PB/103min/14anos) baseado em texto de Ignácio de Loyola Brandão, é o primeiro longa-metragem de Maurice Capovilla, feito com poucos recursos e com a colaboração do cineasta Roberto Santos. A partir da trajetória de uma moça ansiosa por sucesso, o filme questiona os valores veiculados pela indústria cultural e a banalização da mulher. Saída de bairro pobre de São Paulo, a personagem procura a fama na publicidade e na televisão por meio de ligações amorosas com um jornalista, um ricaço, um produtor de TV e um publicitário. Ao ser contratada como modelo de anúncio de sabonete, imagina que sua vida vai mudar para melhor.

O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na rua 26 de agosto, 453. Mais informações podem ser obtidas no Núcleo de Audiovisual da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul pelo telefone 3316-9166.

Siga as notícias do Portal Pantanal News no Twitter:www.twitter.com/PantanalNews

sexta-feira, 23 de março de 2012

Instituto Cervantes recebe o catalão Daniel Jariod para oficina de Cinema Documental

A história do cinema, contada desde a perspectiva dos documentários cinematográficos, é a proposta do módulo Cinema Documental – História e Prática, ministrado de 9 a 20 de abril pelo espanhol Daniel Jariod, professor da Escola Superior de Cinema e Audiovisual da Catalunha (Universidade de Barcelona).


Durante o curso, que acontecerá de segunda a sexta, das 19 às 22 horas, serão apresentados trechos de filmes relevantes de cada época, revelando a evolução deste formato. Desde os irmãos Lumiére até a reportagem televisiva, a abordagem passa pelos noticiários, documentários de guerra, "Direct Cinema" e "Cinéma Vérité", até chegar à produção contemporânea.
 

O OFICENA Audiovisual será o primeiro módulo de uma série de cursos livres que se pretende realizar na cidade, nos diferentes segmentos de cultura, oferecendo ao público soteropolitano oficinas intensivas com significativa carga horária, sempre com profissionais qualificados e de reconhecida atuação nos mercados onde atuam. 

Profissionais que possuem sua formação constituída de maneira prática e autodidata terão a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos, incorporando teoria às experiências, da mesma forma que estudantes, professores e demais interessados na temática abordada poderão expandir seus saberes sobre cada assunto. 

As inscrições podem ser feitas através do site www.oficena.com.br e as vagas são limitadas. 


Mais informações:
 
O OFICENA Audiovisual faz parte do projeto OFICENA, que tem como objetivo preencher uma lacuna no mercado de cultura de Salvador.
 
A metodologia adotada inclui uma apostila elaborada pelo professor Daniel Jariod, além da exibição de trechos dos filmes citados e da discussão em grupo sobre os temas tratados, além de uma extensa lista bibliográfica e filmográfica como referência.
 
Realizado pela Hasta la Luna Iniciativas Culturais e pela Movioca Content House, o OFICENA Audiovisual conta com o apoio financeiro do Fundo de Cultura, através das Secretarias Estaduais de Cultura e da Fazenda e apoio cultural do Instituto Cervantes Salvador e da Inmagina Comunicação e Cultura. 

fonte:

quinta-feira, 22 de março de 2012

DIFUSÃO CULTURAL. Há oito anos promovendo sessões de cinema itinerantes pelo interior do País

DIFUSÃO CULTURAL. Há oito anos promovendo sessões de cinema itinerantes pelo interior do País, em 2012 o projeto Cine Tela Brasil deve alcançar a marca de um milhão de espectadores
TENDA MÁGICA
 
Foto: FELIPE BRASIL
Olhos arregalados e atenção total no primeiro contato com a telona

 
Craíbas – Entre as experiências mais marcantes da vida, a descoberta do cinema costuma ficar gravada em relevo na memória. Nem é preciso ser um cinéfilo para lembrar em detalhes a ‘estreia’ na sala escura, ambiente mágico que proporciona verdadeiras viagens através de universos e épocas bem distintos da realidade nossa de cada dia.

Num país de dimensões continentais, que há gerações sofre com a carência de bens culturais, o acesso à Sétima Arte se tornou ainda mais desigual com o desaparecimento dos cinemas em cidades do interior. O fenômeno, desencadeado pela migração dos exibidores para os Shoppings Centers, privou centenas de milhares de pessoas da sensação de ver um filme na tela grande.

Antes mesmo que o poder público despertasse para o problema, com a criação dos programas Cinema Perto de Você e Cinema da Cidade, que, juntos, têm disponibilizado recursos do Fundo Setorial do Audiovisual para construção de novas salas, modernização e restauração de cinemas antigos – numa iniciativa que deve ter efeito a longo prazo –, alguns projetos itinerantes já desempenhavam um papel fundamental na difusão da arte cinematográfica pelo País.

Um dos mais antigos e bem-sucedidos é o Cine Tela Brasil, nascido da paixão e inquietação dos diretores e roteiristas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Há mais de 15 anos, o casal caiu na estrada levando filmes nacionais a cidades do interior que nunca tiveram salas de exibição. Nascia o Cine Mambembe, que passou por Alagoas nos anos 90, mais precisamente pela cidade ribeirinha de Piranhas, às margens do Rio São Francisco.
Leia mais na versão impressa
 
fonte:
http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=198664

quarta-feira, 21 de março de 2012

Museu da Imagem e do Som (MIS) Campinas - Coletivo Ajuntaê cria cineclube em Campinas para discutir produção audiovisual

O Coletivo Ajuntaê, iniciativa que promove cultura colaborativa em Campinas, inicia nesta terça-feira (20) o Cineclube Liberté Ajuntaê.  A ideia é abrir um espaço não apenas para projeção de filmes, mas de debates temáticos e que esteja aberto a mostrar trabalhos de produtores audiovisuais independentes do circuito nacional e regional. Os eventos serão realizados mensalmente no Museu da Imagem e do Som (MIS) Campinas, no Centro da cidade. A estreia do novo projeto vai ser com a produção “Bollywood Dream”, à 19h30. 
  
Com esse novo espaço, o Ajuntaê pretende fomentar e movimentar produções, produtores e público de cinema em Campinas. O cineclube tem como preceito a realização e distribuição independente para construir mais um ponto de linguagem e encontro entre os interessados pela sétima arte. Transformações, questionamentos, reflexões, novas interpretações, tudo de forma descentralizada e aberta.
 

 
O filme de abertura, o cultuado "Bollywood Dream", contempla a temática conceitual do cineclube. Produzido pela diretora Beatriz Seigner, que ganhou prêmios importantes no circuito independente, o filme teve muita visibilidade por seu formato de produção e distribuição. O longa vem tendo um histórico interessante e tem representado um novo panorama de articulação e movimentação dentro do circuito independente, além de ter sido também a primeira parceria de produção cinematográfica entre Brasil e Índia.
 
O filme aborda uma temática metalinguistica entre a produção e a execução do próprio filme, fatores que conversam entre si e se complementam, mostrando três atrizes que vão para a Índia, com a cara e a coragem, apenas com a certeza e a vontade de fazer cinema num país que historicamente tem uma cultura riquíssima e de fácil acesso neste aspecto. Mas na imersão e no contexto dessa nova cultura descobrem as contradições, os contrastes e a beleza entre as diferentes culturas do ocidente e oriente, reavaliando, assim, os seus íntimos valores que permeiam a individualidade e a coletividade.
 
“Bollywood Dream” estreou nacionalmente em abril de 2011, teve uma breve passagem pelo circuito comercial e começou uma turnê mais descentralizada logo em seguida, buscando espaços de exibições para aumentar o seu escoamento e ter uma visibilidade mais efetiva e prolongada dentro do cenário nacional. No fim do mesmo ano, os realizadores do filme se aproximaram da rede Fora do Eixo para, por meio dos pontos culturais e coletivos da rede, circular e articular mais exibições da produção dentro desse cenário independente, buscando com essas ações ganhar mais espaços de exibição e a captação da mensagem do filme.
 
Essa maior disseminação já vem acontecendo com ótimos resultado desde o início de 2012 com a idealização do projeto “Compacto.Cine Bollywood Dream”, que já proporcionou muitas exibições do longa em formato de turnê em vários estados brasileiros, passando por festivais integrados, cineclubes, universidades e outros pontos de linguagem. Com a bela funcionalidade de articulação e movimento, o filme visita Campinas para somar mais essa exibição e trazer não só o debate dessas novas frentes de produção e distribuição independentes como também formas alternativas de escoamento das múltiplas produções audiovisuais desse novo nicho que se apresenta. 

Serviço

Estreia Cineclube Ajuntaê
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS) Campinas, Palácio dos Azulejos. Rua Regente Feijó, 859, Centro. (19) 3733-8800
Data: 20 de março 
Horário: às 19h30
Entrada: gratuita
 
fonte:
http://www.campinas.com.br/cinema/2012/03/coletivo-ajuntae-cria-cineclube-em-campinas-para-discutir-producao-audiovisual-independente

segunda-feira, 19 de março de 2012

Os 80 anos de um pioneiro na moda do 'cinema de arte' no país

RIO - Sinônimo de "cinema de arte", conceito que ajudou a popularizar no Rio de Janeiro dos anos 1950, ao fundar as primeiras salas de exibição comercial do Brasil dedicadas com exclusividade a filmes autorais, Alberto Shatovsky vai comemorar seus 80 anos entre os movimentos tridimensionais de "Pina", de Wim Wenders, nesta quarta-feira. Às 19h, o Estação Vivo Gávea projeta o documentário sobre a coreógrafa alemã numa sessão para convidados. Mais do que uma homenagem ao crítico, exibidor e hoje consultor de programação do Grupo Estação, a projeção será um tributo à evolução da cinefilia no país.

Em 1959, ao fundar com o crítico Ely Azeredo e o divulgador Osvaldo Leite Rocha a Temporada Cinema de Arte Mesbla, no Passeio, Shatovsky tornou-se um pioneiro na difusão de uma linhagem de filmes mais preocupada com a invenção do que com bilheteria.

- Uns cinco meses depois do cinema na Mesbla, no Passeio, Ely, Osvaldo e eu criamos o Alvorada, no Posto 6. Abrimos com "Um homem tem três metros de altura", com John Cassavetes e Sidney Poitier. Durante muito tempo, íamos regularmente à antiga garagem da Viação Cometa, na Tijuca, resgatar latas de filmes japoneses que chegavam de ônibus de São Paulo, porque só passavam nas salas do bairro da Liberdade, para a colônia nipônica - lembra Shatovsky, cujo aniversário é amanhã.

Cria do Alvorada, Fabiano Canosa, que programou o Cine Paissandu nos anos 1960 e $carreira nos EUA à frente do Public Theatre, em Nova York, diz que o trabalho de Shatovsky revolucionou o padrão nacional de exibição.

- Antes do que Shatovsky, Osvaldo e Ely fizeram, os filmes de arte, pouco difundidos pelas distribuidores, eram relegados aos ditos "cinemas poeiras", salas de segunda categoria. Graças ao Shatovsky e seu Alvorada, os cariocas conheceram cineastas como Kenji Mizoguchi e seu "Contos da lua vaga" - lembra Canosa.

Na quarta, durante a festa no Estação Vivo Gávea, virão à tona recordações de outro marco da cultura cinematográfica carioca: o extinto Cinema 1. Localizado na Avenida Prado Júnior, em Copacabana, ele foi fundado por Shatovsky em 1972, onde antes funcionava o Cine Paris Palace.

- Apenas num sábado, o Cinema 1 contabilizou 3,2 mil pagantes - conta Shatovsky.
Até 1977, quando se retirou da sala, ele foi responsável por exibições para um público que disputava a tapa cada uma das 600 poltronas do Cinema 1.
Shatovsky orgulha-se de ter projetado clássicos do sueco Ingmar Bergman, como "O sétimo selo", de 1957, e de ter exibido por dez semanas seguidas "Pele de asno" (1970), do francês Jacques Demy.

- Fizemos do Cinema 1 um reduto para o que hoje seria o cinema independente. Conosco, "São Bernardo", de Leon Hirszman, ficou dez semanas em cartaz. Um dia, exibi um filme de um diretor estreante, sobre um caminhoneiro que perseguia um caixeiro viajante. A distribuidora não apostava nele. O filme era "Encurralado", e o tal estreante era Spielberg. Foi um sucesso - lembra Shatovsky, que em 1970 dirigiu o documentário "Brasil bom de bola".

Antes de exibir filmes, Shatovsky apresentou noticiários de rádio sobre o audiovisual, como "Falando de cinema", da Rádio MEC, produzido por Fernando Torres, com Fernanda Montenegro na locução.

- Quando fomos fazer teatro em São Paulo, convidamos o Alberto para o nosso lugar. Ótima escolha. Ele é um animador cultural - elogia Fernanda. - Alberto vive cinema.
Ely Azeredo diz que Shatovsky analisa o comportamento de seu público:

- Apaixonado pela linguagem do cinema, ele tem um olho extraordinário para avaliar em que área da cidade um filme se encaixa melhor.

Em tempos de download e pirataria, Shatovsky lamenta o sumiço dos jovens das salas:
- O cinemão sobrevive, mas o filme independente perde com o ato de baixar filmes, literalmente uma baixaria.

fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/80-anos-pioneiro-moda-cinema-arte-pa%C3%ADs-112000887.html

sábado, 17 de março de 2012

Marco Müller é nomeado diretor artístico do Festival de Roma

Após sete anos à frente da prestigiada Mostra de Veneza, o italiano Marco Müller foi designado nesta sexta-feira (16) como o novo diretor artístico do Festival Internacional de Cinema de Roma. 


Marco Müller foi nomeado diretor artístico pelo Festival de Roma depois de sete anos no Festival de Veneza. Foto: Getty Images

Marco Müller foi nomeado diretor artístico pelo Festival de Roma depois de sete anos no Festival de Veneza


Em comunicado, a Fundação Cinema para Roma, responsável pelo festival, e seu Conselho de Administração, presidido por Paolo Ferrari, aprovou o nome de Müller nesta sexta-feira. O novo diretor artístico chega a Roma já para elaborar a sétima edição do festival.
"Não poderia estar mais contente. Depois de 22 anos, volto a minha cidade para trabalhar em um projeto que me enche de entusiasmo: o desenvolvimento de um festival que quer se adaptar cada vez mais às necessidades de quem faz cinema, mas também de quem vai ver", afirma Müller na nota.
"Temos que imaginar um festival que continue sendo receptivo e aberto aos contínuos reajustes de rota para saber transcrever de modo direto as transformações do continente audiovisual. Agora, chega de conversas: vamos começar a trabalhar", conclui.
De descendência suíça por parte de pai e brasileira, grega e egípcia por parte de mãe, Müller estudou orientalismo e antropologia na Itália no início dos anos 1970. A partir dessa década, o italiano passou a se dedicar à pesquisa e ao ensino no sistema educacional.
Müller começou a trabalhar com cinema como crítico e, pouco tempo depois, já começava a escrever roteiros para vários documentários para a televisão pública italiana, a Rai.
Devido à aproximação com o cinema, Müller passou a colaborar com os festivais fazendo assessoria de programação. A partir daí, Müller passou a organizar alguns festivais: Festival de Roterdã (1989 a 1991), Festival Internacional de Cinema de Locarno (1991 a 2000).
De abril de 2004 até dezembro de 2011, Müller foi diretor da Mostra de Cinema da Bienal de Veneza e do Festival Internacional de Cinema da cidade dos canais, o mais importante realizado na Itália.
"Estou particularmente satisfeito pela nomeação de Marco Müller como diretor artístico do Festival Internacional do Cinema de Roma. Estou convencido de que é um extraordinário profissional, estimado tanto na Itália como no estrangeiro", afirma Ferrari no comunicado.
"Serão meses intensos para todos nós. Temos que preparar um grande Festival. Esta cidade merece. Desejo um bom trabalho ao Marco Müller e a toda a equipe da Fundação", concluiu o presidente da Fundação Cinema para Roma.

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Chile faz o cinema mais interessante da América Latina

RIO - Uma obra suave, rica de observações sensíveis', definiu o júri do Festival de Roterdã, no início de fevereiro, para justificar a entrega de um de seus três troféus Tigres, os principais da mostra holandesa, para "De jueves a domingo", o longa-metragem de estreia da chilena Dominga Sotomayor. Tratava-se de um prêmio importante para uma jovem cineasta de 26 anos, mas também de uma confirmação: vem do Chile o cinema mais interessante feito na América Latina hoje.

Roterdã repetiu os indícios que vêm sendo dados por festivais como Sundance, Cannes, Berlim ou Veneza, cujas seleções vêm abrindo cada vez mais espaço para a produção de uma nova geração chilena. É uma situação semelhante ao que ocorreu há uma década com os filmes pós-crise financeira do cinema argentino ou com os favela movies do cinema brasileiro. A maior diferença é que, no Chile atual, os filmes não surgem de problemas econômicos ou sociais. São originados de um cinema suave, rico de observações sensíveis.

- Eu acho que o cinema chileno é formado por um grupo de perspectivas pessoais - explica Dominga Sotomayor. - Quando a realidade de nosso país parou de ser tão politicamente controversa, os cineastas pararam de sair às ruas e passaram a fazer filmes menores, sobre elementos próximos a eles. Tenho a sensação de que há uma introversão, que o bom do cinema chileno vem de dentro, não de fora. Vem da emoção, da história diária de seus autores.

Além de Dominga, entre os expoentes do novo cinema chileno estão Pablo Larraín ("Tony Manero" e "Post mortem"), Cristián Jiménez ("Ilusões óticas" e "Bonsái") e Matías Bize ("Na cama" e "A vida dos peixes"). Todos têm sido selecionados e premiados para festivais importantes. "Bonsái" foi exibido na mostra Un Certain Regard do último Festival de Cannes. "Post mortem" esteve na seleção oficial do Festival de Veneza de 2010 e foi eleito o melhor filme da edição de 2011 de Cartagena. E "A vida dos peixes", que deve ser lançado no Brasil em abril, recebeu o prêmio espanhol Goya no ano passado como melhor filme estrangeiro hispano-americano.

- Eu vejo dois elementos principais para entender este momento que vive o cinema chileno. O primeiro é o surgimento, há alguns poucos anos, de escolas de cinema no país. Hoje temos muitos jovens que deixam as universidades prontos para fazer cinema e sem os preconceitos do passado - afirma Matías Bize, de 32 anos. - O outro é o apoio dos fundos do Estado, ainda com valores baixos, mas importantes. Com isso, temos esta nova cinematografia de temas diversos, mas onde se reconhece claramente a autoria de cada trabalho. São filmes pessoais.
A situação do Chile é curiosa porque seus filmes fazem sucesso no exterior, mas ainda têm um resultado discreto no mercado interno. Em 2011, 24 longas-metragens chilenos chegaram aos cinemas comerciais do país, atraindo cerca de 915 mil espectadores. Frente às 17 milhões de pessoas que assistiram a um filme nos cinemas chilenos em 2011, o percentual da participação nacional foi de 5,4%. O número foi comemorado como uma vitória depois de um 2010 ruim para as bilheterias dos filmes chilenos, mas, na mesma comparação entre desempenho nacional e público total, o percentual brasileiro, de 12,6%, foi bem superior.

Porém, também diferentemente do Brasil, não há cota de tela no Chile que obrigue os exibidores a manter um mínimo de filmes nacionais em cartaz. Tampouco há leis de incentivo via renúncia fiscal. O governo atua através de fundos para a produção e ajuda na viagem dos filmes aos festivais internacionais. Um dos responsáveis por cuidar dessas políticas é Alberto Chaigneau, secretário-executivo do Conselho de Arte e da Indústria Audiovisual, um órgão que integra o Conselho de Cultura e Artes. Este último é o equivalente ao Ministério da Cultura do Brasil.

- O Estado chileno não apenas financia a maior parte da produção nacional, como funciona como uma plataforma que sustenta a presença estrangeira desses filmes - explica Chaigneau. - Mas ainda estamos trabalhando para incrementar o percentual do interesse do público nos filmes chilenos. É um número que podemos melhorar substancialmente, considerando a qualidade e o reconhecimento de nossos filmes pelo mundo.

O carioca Sandro Fiorin é um dos sócios da Figa Films, distribuidora e agência de vendas baseada em Los Angeles, cujo foco é justamente a produção latino-americana. Com 18 anos de experiência no mercado, ele vem acompanhando a projeção internacional do cinema chileno com atenção.

- O Chile passa por um bom momento econômico e político. Além disso, eles são isolados geograficamente. Quando eu vou para lá, me sinto mais estrangeiro do que em outro país - diz Fiorin. - O que aconteceu em outros tempos com Brasil, México e Argentina, agora está acontecendo com o Chile. Minha agência comprou os direitos do "De jueves a domingo" assim que vimos um corte, e ele já está garantido em mais de 50 festivais. Agora, estamos começando a trabalhar um filme novo, o "Zoológico", do Rodrigo Marín, que tem no elenco a grande atriz do Chile no momento, a Alicia Rodríguez. Ele passou no Festival de Miami e depois vai para Toulouse.

Alicia Rodríguez é mesmo o rosto deste novo cinema chileno. Quando "Navidad", de Sebastián Lelio, foi exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes em 2009, Alicia tinha 17 anos (ela fez aniversário exatamente no dia da gala do filme). Agora com 20, a moça ainda tem no currículo "Zoológico", "La vida de los peces", "Bonsái" e "Joven y alocada", este último dirigido por Marialy Rivas, selecionado para o Festival de Berlim e vencedor do prêmio de melhor roteiro da mostra World Cinema de Sundance, em janeiro. Nele, Alicia interpretou uma adolescente descobrindo sua sexualidade entre meninos e meninas. Foi um papel ousado e sensível, como tem sido o cinema chileno.

Sundance, aliás, foi o festival que melhor percebeu o bom momento dos cineastas do país. Além do prêmio de roteiro para "Joven y alocada", o grande vencedor da mostra World Cinema de 2012 foi o chileno "Violeta foi para o céu", de Andrés Wood. Famoso pelo sucesso de seu longa-metragem "Machuca" (2004), Wood está com 46 anos e é de uma geração intermediária entre esses novos cineastas que vêm despontando nos últimos tempos e de diretores mais antigos e ainda atuantes como Patrício Guzmán ("A batalha do Chile" e "Nostalgia da luz") e Miguel Littín ("Los náufragos" e "Dawson Isla 10").
Com uma trama focada na vida da cantora chilena Violeta Parra, "Violeta foi para o céu" foi o campeão de bilheteria entre os filmes nacionais de 2011, com 390 mil espectadores nos cinemas do país. Sua realização foi possível graças a um acordo de coprodução entre Chile (60% do financiamento), Argentina (20%) e Brasil (20%). Nesse caso, a responsável foi a empresa paulistana Bossa Nova FIlms, com produção-executiva de Denise Gomes, que promete lançá-lo por aqui até maio.

- De concreto, o cinema chileno vai, lentamente, consolidando-se com uma ampla camada de realizadores de distintas gerações. São cineastas que unem uma sociedade com interesse em ter voz própria e que sonham com nossos idiomas e paisagens - afirma Andrés Wood. - Talvez sejamos divididos entre dois grandes grupos de realizadores: aqueles que querem contar ao mundo quem são os chilenos e outros que querem contar aos chilenos quem nós próprios somos.


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quinta-feira, 15 de março de 2012

Notícias Colunas TV Revista de Cinema Espaço do Realizador Quem Somos SECRETÁRIA DO AUDIOVISUAL APRESENTA CENÁRIO ATUAL DO SETOR

A secretária Ana Paula Dourado Santana falou sobre o momento único vivido pelo setor audiovisual, durante o painel “A Economia do Audiovisual Brasileiro”, que fez parte da programação do RioContentMarket.

A secretária abordou questões econômicas, técnicas, de criação, processo e infraestrutura, além dos desafios do setor. Segundo ela, a entrada do Audiovisual no Plano Brasil Maior é um marco histórico: “A participação social e o governo vão construir juntos um plano de desenvolvimento de uma indústria. É um momento em que poderemos concretizar nosso potencial industrial de fato”, afirmou.

De acordo com a secretária, a meta da SAv e do Ministério da Cultura é reconhecer o setor audiovisual como um segmento estratégico de Estado e não apenas de governo. “Enquanto o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior teve que industrializar alguns setores, creio que o audiovisual hoje tem a possibilidade de ‘culturalizar’ algumas indústrias e agregar valor”, completou.

Ana Paula falou ainda sobre a necessidade de indução do setor por parte do Estado: “Indução não significa apoio, indução é o primeiro passo para que o nosso mercado consiga transitar em condições de igualdade competitiva com os produtos que nos chegam e nos são ofertados”. Segundo ela, é preciso desonerar, renovar as legislações, além de aumentar e qualificar os acordos brasileiros de coprodução internacional.

Ouça aqui a fala completa da secretária.

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‘Incidental’ estreia hoje no Espaço Reator

Se o resultado da utilização de tecnologias audiovisuais e a incorporação de elementos das artes plásticas, música, dança, cinema, vídeo e performance no palco é o que vem sendo chamado de teatro pós-dramático, Nando Lima sintetiza este conceito em “Incidental”, que estreia hoje, a partir das 21h, no Estúdio Reator.

Há um ano que Nando Lima vem trabalhando neste espetáculo, ao aprofundar-se em um universo que ele já vem pesquisando desde os anos 80. Em ‘Incidental’, Nando sai da superfície do teatro tradicional em busca de uma interação cada vez maior entre público, cena e espaço, através da performance, trilhas, ruídos, sons diversos e muita visualidade.

Vindo dos hibridismos experimentados no teatro desde o final dos anos 70, o pós-dramático faz um retorno às ideias de encontros e festividade daquele momento, mas agora se soma às novas tecnologias e pensando desta forma, entenderemos e assim se afirma o mote de “Incidental”.

“O mote é paixão. Eu descobri isso. Não estava exatamente querendo trabalhar com este tema, mas quando fui ver os vídeos, percebi. Não falo da paixão romântica, mas de intensidades - e neste sentido se tem a paixão pelo trabalho, pelas pessoas que estão por perto. Eu, particularmente me sinto muito feliz de estar fazendo este trabalho. A paixão é incidental”, diz Nando.

“Incidental” conta com a colaboração de Danilo Bracchi (coreógrafo e bailarino); Jeferson Cecim, bonequeiro e ator, que logo estará de volta ao espaço com seu espetáculo Red Bag (nas próximas sextas-feiras de março); Leo Bitar, sonoplasta e ator, que vem pesquisando e fazendo a trilha de vários trabalhos neste coletivo de artistas; e do fotógrafo e pesquisador Alexandre Sequeira, que fez um ensaio fotográfico do processo de Nando.

“O Danilo, por exemplo, filmou e gravou vários áudios e vídeos durante os bate papos que realizamos nos ensaios feitos a amigos, a fim de buscar opiniões e olhares diversos. Há filmagens que aproveitei para inserir como se fosse uma cena dentro da outra. Então criei uma janela através da qual, de repente, é projetada uma imagem do ensaio que ele filmou”, explica.

“As coisas foram surgindo”, diz Nando, que antes estava fazendo a apresentação como em uma caixa preta tradicional do teatro, com cadeiras na plateia. Mas tudo mudou. “Também fui percebendo isso ao longo dos meses, o que fica mais claro agora. Precisava ser uma instalação”. Resultado: não espere cadeiras, haverá outro tipo de conforto e surpresas.

EXPERIMENTAÇÃO
Na dinâmica do espetáculo, um personagem realiza sua performance entre o público e depois some para dar espaço aos vários outros que o sucedem. “É isso que une toda a performance. É a paixão, a relação com o espaço, a experiência que eu venho tendo desde que resolvi fazer o Reator e relacioná-lo à tecnologia”, diz o ator.

A trilha passa por Amy Winehouse, Gal Costa, Fabio Cavalcante, Lou Reed. No desenho sonoro, ruídos e até um poema (incidental) de Max Martins, “A Cabana”. Tudo isso aliado a muitos vídeos, quase todos feitos com câmeras de celular.

ASSISTA
“Incidental”. Estreia hoje, às 21h, no Estúdio Reator (30 lugares) – Trav. 14 de Abril, 1053, entre Av. Magalhães Barata e Gov. José Malcher. Temporada todos os sábados do mês de março, sempre às 21h. Ingresso R$ 20,00. Informações: 8112-8497. (Diário do Pará)

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Curta sobre Orlando Vieira será lançado no dia 13

Museu da Gente Sergipana lança programação de cinema





O Museu da Gente Sergipana lançou mais um programa cultural, através do qual irá exibir uma série de produções audiovisuais brasileiras e curtas-metragens sergipanos. O novo projeto, denominado de Cine Museu da Gente Sergipana, tem por objetivo difundir a arte cinematográfica e oportunizar de forma gratuita o acesso da população a produções audiovisuais nacionais.


As exibições do Cine Museu terão início no próximo mês de abril. Elas acontecerão sempre a partir das 18 horas, no auditório do Museu da Gente Sergipana, à Avenida Ivo do Prado, 398, centro histórico de Aracaju.


Resultado de uma parceria do Instituto Banese com a Programadora Brasil, o projeto, que foi lançado na noite da última terça-feira, 13, durante homenagem realizada no Museu em homenagem ao ator sergipano Orlando Vieira, prevê ainda a realização de debates sobre os temas abordados nas produções artísticas.


De acordo com o diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese, Ézio Déda de Araújo, na primeira programação do Cine Museu, em abril, serão exibidos os seguintes filmes: dia 20, Sargento Getúlio; dia 21, Macunaíma; dia 22, Bicho de Sete Cabeças; dia 27, A Hora da Estrela, e dia 28, São Bernardo.

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quarta-feira, 14 de março de 2012

O estúdio está buscando escritores para desenvolver o roteiro do filme.

Warner Bros. quer levar Mandrake aos cinemas

Entre as suas habilidades estão o uso de ilusionismo e hipnose, e os usa para combater o crime junto com Lothar, um príncipe africano que é um dos homens ...

De acordo com o site The Hollywood Reporter, a Warner Bros. adquiriu os direitos cinematográficos e está desenvolvendo um filme baseado no personagem Mandrake. O objetivo da produção é fazer com o mágico ilusionista o mesmo tipo de "atualização" visto nos recentes filmes de Sherlock Holmes, estrelados por Robert Downey Jr. e Jude Law.
O estúdio está buscando escritores para desenvolver o roteiro do filme.
Mandrake
Mandrake foi criado em 1934, por Lee Falk, para uma série de tiras em quadrinhos. Dentre as suas habilidades estão o uso de ilusionismo e hipnose, que ele utiliza para combater o crime junto com Lothar, um príncipe africano que é um dos homens mais fortes do mundo. Alguns de seus mais famosos inimigos são o seu irmão gêmeo maligno Derek e o Cobra.
fonte: Museu de Arte Mágica - www.museudamagica.com.br
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