A quarta edição de ‘Revelando os Brasis”, projeto do Ministério da Cultura e do Instituto Marli Azul para democratizar o acesso audiovisual às cidades brasileiras, chega à Piaçabuçu, no interior de Alagoas. O projeto conta a histórias de moradores de cidades até 20 mil habitantes e, essa edição, foi vez da alagoana Maria José, a ‘Zezinha’, contar a sua história e a da sua cidade Piaçabuçu no documentário que será exibido nesta quarta-feira (29), “As ilhas da minha vida”.
O documentário conta um pedaço da vida de Zezinha e sua família entre as várias ilhas do baixo São Francisco, onde passou sua infância. Auto intitulada pescadora, bonequeira e aprendiz de Griô, a roteirista, diretora e protagonista Zezinha conta um pouco das suas histórias de crianças, lendas que ganham vida em sua imaginação e o seu sonho de ser artista.
O documentário será exibido hoje, às 19 horas, no ponto central do município de Piaçabuçu, onde será montado um cinema ao ar livre. No próximo dia 1º de julho, sexta-feira, Maceió receberá o documentário.
“Revelando os Brasis”
Revelando os Brasis é um projeto de formação e inclusão audiovisuais de moradores de pequenas cidades. Qualquer brasileiro maior de 18 anos, residente em municípios com até 20 mil habitantes, pode inscrever uma história original real ou de ficção no Concurso Nacional de Histórias.
Os autores das 40 histórias selecionadas participam de oficinas preparatórias de Roteiro, Direção, Produção, Fotografia, Som, Edição, Direção de Arte, Direitos Autorais, Mobilização e Comunicação Colaborativa com o objetivo de transformar suas histórias em vídeos digitais com duração de até 15 minutos.
Depois, eles retornam às cidades para colocar em prática o que aprenderam, a fim de realizar o filme. Lá, membros da comunidade assumem funções dentro da equipe de produção, contribuindo para execução da obra. Após a edição e a finalização, as obras integram um circuito de exibição aberto e gratuito pelos municípios participantes e pelas capitais dos estados integrantes da edição.Para que mais brasileiros tenham acesso ao material, as obras e entrevistas com seus autores são apresentadas em um programa especial realizado pelo Canal Futura em parceria com o Instituto Marlin Azul. Além disso, os vídeos são organizados em um DVD com distribuição gratuita entre os selecionados, organizações sociais e culturais, bibliotecas públicas, Pontos de Cultura, universidades e cineclubes de todo o Brasil.
Desde a criação do projeto, em 2004, foram realizadas quatro edições. A realização é do Instituto Marlin Azul, com patrocínio da Petrobras e a parceria estratégica da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. O projeto conta também com a parceria do Canal Futura e os apoios da TV Brasil e da Riofilme. Nas três primeiras edições, participaram do projeto 120 cidades de todas as regiões do Brasil.
Estas histórias escritas por seus moradores transformaram-se em vídeos que continuam a percorrer novas estradas, passando por mostras, festivais, escolas, bibliotecas, pontos de culturas, programas televisivos de várias partes do país e do mundo.
"As ilhas da minha vida"
Zezinha Dias - Piaçabuçu - AL
Ficha Técnica
Roteiro e direção: Zezinha Dias
Produção: Zezinha Dias, Dalva de Castro, Linete Matias e Associação Olha o Chico
Imagens e edição: Gilcimar França
Som: Jasiel Martins
Trilha sonora original: Jasiel Martins e Zezinha Dias
Elenco: Lionaldo Dias, Linete Matias e Maria Vitória Dias
Roteiro e direção: Zezinha Dias
Produção: Zezinha Dias, Dalva de Castro, Linete Matias e Associação Olha o Chico
Imagens e edição: Gilcimar França
Som: Jasiel Martins
Trilha sonora original: Jasiel Martins e Zezinha Dias
Elenco: Lionaldo Dias, Linete Matias e Maria Vitória Dias
Conheça Piaçabuçu: Fundação: 31 de maio de 1832 / Localização: Sul de Alagoas, na divisa com a Bahia, a 140 km de Maceió / 17.203 habitantes / 240 km2 / Gentílico: piaçabuçuense
Economia: A principal fonte de renda provem da atividade primária com o coco, o arroz, a pesca e a cana-de-açúcar. Piaçabuçu também tem o maior banco de camarão do Nordeste e é um importante pólo pesqueiro. Outra parte da economia da cidade gira em torno do turismo, em especial do passeio ofertado por diversos barcos particulares à foz do Rio São Francisco, que banha a cidade.
História: O início da formação do povoado data dos primeiros tempos de exploração do Baixo São Francisco. O local era ponto preferido pelos que atravessavam o rio quando viajavam por terra para Pernambuco e Bahia. Consta que o Português André Dantas, tendo um grupo de homens sob as suas ordens, entre 1660 e 1670, penetrou no município. Daí surgiu o povoado. Os primeiros habitantes foram os índios. Piaçabuçu foi visitada em 1859 pelo Imperador Dom Pedro II, que, inclusive, participou de festas na cidade antes de seguir viagem.
Origem do Nome: Tem origem indígena nas palavras "piaçava": palmeira; "guassu" ou "assu": grande. Foi motivado pela abundância de palmeiras. Ao contrário de outros municípios que tiveram várias denominações ao longo dos anos, jamais trocou o seu nome inicial. Há outra versão que defende que Piaçabuçu seria uma corruptela de pe-haçab-uçu, que significa, segundo os especialistas da língua tupi-guarani, "passagem geral do caminho".
Festas: Em outubro acontece a festa do padroeiro, São Francisco de Borja, uma das mais comemoradas da cidade. As quadrilhas e o casamento do matuto tomam o mês de junho. Em novembro, é a vez da Gincana de Pesca e Arremesso. O Carnaval e da micareta da cidade acontecem em março.
Turismo: Um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas fica em Piaçabuçu, na foz do rio São Francisco, cenário de beleza no encontro das águas do rio com o mar, além de dunas de areias claríssimas e várias lagoas de águas mornas. A Praia de Pontal do Peba, de grande extensão, tem areia fina e águas tranqüilas e destaca-se por sua boa infra-estrutura com pousadas, bares e restaurantes. Durante todo o ano realizam-se nas suas imediações numerosas atividades, entre as quais a gincana de pesca de arremesso, em novembro, e o festival da Pilombeta, em setembro.
O Que Visitar: A Foz do rio São Francisco ganha a moldura de dunas douradas, formando um delta com coqueiros e imensas lagoas de águas azuis. O passeio à foz é feito de barco e dura cerca de 45 minutos. A paisagem muda quase que diariamente em função das marés.
*Com agências e revelandobrasis.com.br
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