Festival de micrometragens criado pelo Oi Futuro terá mostra especial, com filmes de Beto Brant, Lázaro Ramos, Jorge Furtado, Hector Babenco, Mario Bastos e David Rebordão
Conhecido pelo pioneirismo no incentivo à criação e difusão de conteúdo audiovisual em novas mídias, o CEL.U.CINE, festival de micrometragens criado pelo Oi Futuro em 2008, inova este ano ao abrir inscrições para todos os países de língua portuguesa. O evento, que chega a sua quarta edição, terá início em junho e será realizado em duas etapas. Os vencedores de 2011 receberão prêmios de R$ 18 mil, R$ 10 mil e R$ 8 mil. Além disso, o melhor filme escolhido em votação popular receberá R$ 4 mil. Realizado pela Associação Revista do Cinema Brasileiro, em parceria com o Oi Futuro, o CEL.U.CINE tem como objetivo revelar talentos e criar uma cultura de produção audiovisual em novos formatos.
O ano de 2011, além do concurso em si, ficará marcado também pela Mostra Especial, que exibirá micrometragens produzidos por seis renomados diretores: os brasileiros Beto Brant, Lázaro Ramos e Jorge Furtado, o argentino Hector Babenco, o português David Rebordão (fenômeno de acessos na internet, com o curta ‘A Curva’) e o angolano Mario Bastos (autor do curta ‘Kiari’, vencedor de um dos principais prêmios de Luanda). Estas produções não concorrerão aos prêmios. “A ideia é que os diretores experientes mostrem o que é possível fazer com boas ideias e baixo orçamento. Esses filmes vão servir de inspiração para os participantes”, diz o cineasta e produtor Marco Altberg, diretor do CEL.U.CINE.
Concorrem aos prêmios filmes com duração de 30 segundos a 3 minutos, produzidos com suportes digitais (câmeras, celulares, smartphones, etc). Os participantes, profissionais ou amadores, devem ter mais de 16 anos e podem inscrever quantos micrometragens quiser, pelo site www.celucine.com.br. As inscrições para a primeira etapa começam em junho, após anúncio oficial, e os candidatos terão um mês para incluir filmes dos mais diversos gêneros, como animação, ficção ou documentário.
O tema da primeira etapa, assim como o anúncio da abertura das inscrições, será realizado no Oi Futuro Flamengo no dia 27 de junho. Neste evento, estarão presentes os jurados e os diretores que apresentarão a Mostra Especial CEL.U.CINE, além de personalidades do setor audiovisual. No mês seguinte, será divulgado o primeiro grupo de semifinalistas e o tema da segunda etapa. Em seguida, começam as votações pela internet para a escolha de melhor filme pelo júri popular. Os vencedores serão anunciados em novembro no Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. No decorrer do CEL.U.CINE, algumas ações de divulgação serão realizadas nos principais festivais de cinema do Brasil, além de uma mostra especial que acontecerá no Complexo do Alemão, em parceria com a RioFilme, em data ainda a ser definida.
Desde sua primeira edição, em 2008, o CEL.U.CINE teve mais de mil filmes inscritos e hoje é considerado a maior plataforma de visibilidade deste formato de produção audiovisual. No ano passado, o grande vencedor foi ‘O Mala Man, que pode ser visto no site oficial do festival (http://www.celucine.com.br/) das paulistanas Marina Puech e Lana Sultani. Ele foi exibido – com outros dez filmes que concorreram naquela edição – no ‘Short Film Corner’ (SFC), que integra o Festival de Cannes (que aconteceu entre os dias 11 e 22 de maio), na França. Ferramenta indispensável na seleção de filmes para festivais internacionais, o SFC, realizado anualmente, é decisivo na carreira dos idealizadores, pois representa uma ponte para os curtas se tornarem longas-metragens. Apenas no ano passado, 1.752 curtas, de 86 países, foram exibidos para mais de 26 mil pessoas. Durante o festival francês, também serão realizadas ações de divulgação (http://www.shortfilmcorner.com/sfcfilm/filmcatalog.aspx?prg=BEST+OF+CEL.U.CINE).
Para completar o circuito nos festivais internacionais, o curta ‘Janela Redonda’, que ficou em terceiro lugar pelo júri oficial em 2010, será exibido no Capalbio Cinema, um dos maiores festivais de curtas-metragens da Europa, que acontece anualmente na Itália.
Além de Cannes, o CEL.U.CINE estará presente no cenário internacional por meio de 11 filmes que concorrem na terceira edição do festival holandês ‘LIsFE – Leiden International Short Film Experience’, realizado anualmente por estudantes estrangeiros da Leiden University. O evento é totalmente dedicado aos curtas-metragens e reúne, este ano, competidores para o ‘Pocket Cinema Award’, microfilmes desenvolvidos a partir de câmeras fotográficas e de celulares. O festival será no dia 10 de junho e terá como tema ‘Remake de Filmes Clássicos’.
O CEL.U.CINE conta ainda com uma comissão julgadora formada por profissionais de destaque no cenário audiovisual, como José Wilker, Cora Ronai, Adriana Alcântra,David Rebordão (Portugal) e Mário Bastos (Angola). Cada uma das duas etapas terá cinco semifinalistas. Portanto, serão 10 filmes selecionados para a final – todos serão premiados com telefones celulares com câmera.
Sobre os diretores da Mostra Especial
Beto Brant
Beto Brant começou a carreira como diretor de videoclipes, com destaque para os do álbum ‘Titanomaquia’ (1993), dos Titãs. Já dirigiu sete longas-metragens: ‘Os Matadores’, ‘Ação Entre Amigos’, ‘O Invasor’, ‘Crime Delicado’, ‘Cão Sem Dono’, ‘O Amor Segundo B. Schianberg’ e ‘Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios’. Esse último, dirigido em parceria com Renato Ciasca, é uma adaptação do livro de Marçal Aquino e tem estreia prevista para o segundo semestre de 2011. Como curta-metragista, foi premiado no Festival de Havana, com ‘Jó’.
Lázaro Ramos
Lázaro Ramos é formado em teatro, dança e canto, além de atuar há 9 anos como integrante do ‘Bando de Teatro Olodum’. Escreveu e dirigiu a peça infantil ‘Paparutas’, no final dos anos 90, além de atuar e dirigir os documentários ‘Retratos Brasileiros – Tony Tornado’ e ‘Retratos Brasileiros – Zózimo Bulbul’, ambos exibidos pelo Canal Brasil. Desde 2006 apresenta e dirige o programa ‘Espelho’, no mesmo canal. Em 2010 dirigiu e apresentou o quadro ‘Curioso’, no programa Fantástico, da TV Globo, e dirigiu o espetáculo teatral ‘Namíbia, Não!’, atualmente em cartaz na sala do coro do Teatro Castro Alves, em Salvador.
Jorge Furtado
Jorge Furtado dirigiu e roteirizou os longas ‘Houve Uma Vez Dois Verões’ (2002), ‘O Homem que Copiava’ (2003) e ‘Meu Tio Matou um Cara’ (2005), além de vários curtas-metragens premiados no Brasil e no exterior, como ‘O Dia em que Dorival Encarou a Guarda’ (1986), ‘Barbosa’ (1988), ‘Ilha das Flores’ (1989), ‘Esta Não é a Sua Vida’ (1991), ‘Angelo Anda Sumido’ (1997) e ‘O Sanduíche’ (2000). Roteirista e diretor do episódio ‘Estrada’, do longa-metragem ‘Felicidade É...’ (1995). Para a TV Globo, dirigiu a série ‘Cena Aberta’ (2003), a minissérie ‘Luna Caliente’ (1998) e escreveu dezenas de roteiros: ‘Agosto’ (1993), ‘Memorial de Maria Moura’ (1994), ‘A Invenção do Brasil’ (2000), além da série ‘Comédias da Vida Privada’, da qual também dirigiu o episódio ‘Anchietanos’ (1997). Atualmente prepara o roteiro de seu novo longa, ‘Saneamento Básico - O Filme’.
Hector Babenco
O cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco dirigiu no teatro ‘Louco de amor’ (1988), de Sam Shepard, com Edson Celulari, Xuxa Lopes, Antonio Calloni e Linneu Dias, e ‘Closer – Mais Perto’ (2000), de Patrick Marber, com Renata Sorrah, José Mayer, Marco Ricca e Guta Stresser. Dirigiu e escreveu os longa metragens ‘Pixote, a lei do mais fraco’ (1980), considerado o melhor filme estrangeiro de acordo com as associações de críticos de Los Angeles e de Nova York, com Marilia Pêra, Jardel Filho e Fernando Ramos da Silva, ‘O beijo da Mulher Aranha’ (1985), que recebe quatro indicações para o Oscar, inclusive a de Melhor Filme e Diretor. Recebeu o Oscar e a Palma de Ouro do Festival de Cannes de Melhor Ator para Willim Hurt, no elenco, Raul Julia, Sonia Braga e José Lewgoy, ‘Carandiru’ (2003), selecionado para o Festival de Cannes atraiu mais de 4,5 milhões de espectadores com Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves, Maria Luisa Mendonça, Rodrigo Santoro, Lázaro Ramos e Caio Blat, e tantos outros filmes.
Mário Bastos
O diretor angolano Mário Bastos nasceu e cresceu em Luanda, começou a fazer fotos aos 12 anos e ganhou vários prêmios nessa categoria. Victor Henriques – uma referência da velha escola do cinema angolano – ensinava fotografia e vídeo. Percebendo a paixão e determinação do jovem fotógrafo, deixou-o assistir suas aulas (embora Mário ainda não tivesse idade para isso), incentivando-o, em seguida, a trabalhar com ele.
Mário ficou famoso ao ganhar vários prêmios de fotografia. Ele recebeu um dos mais prestigiados troféus do Fic Luanda 2008, o Prêmio Cidade de Luanda, fazendo o que mais gostava: contar histórias através das imagens. Aos 18 anos, mudou-se para a Nova York com o objetivo de mostrar Angola para o mundo e ajudar a levar a cultura do cinema de volta a seu país.
Em 2006, foi reconhecido como cineasta na New York Film Academy, com o premiado curta-metragem ‘Kiari’. Em 2010 terminou a produção de mais um curta-metragem, ‘Alambamento’, filmado em Luanda, e que começa a competir em festivais internacionais. Junto com Jorge Cohen e Tchiloia Lara, Mário lançou a produtora Geração 80.
David Rebordão
O português David Rebordão trabalha em publicidade, fez teatro amador durante cinco anos e, pressionado pela família, tentou um curso “mais sério” (Direito), mas ficou lá apenas um ano. Hoje é o primeiro nome de Portugal a ilustrar a chamada Geração C: criativa, gestora de conteúdos e revolucionária. Com ela, a produção cultural pode cair nas mãos do povo.
Fez em 2003 o vídeo ‘A Curva’, que se tornou um dos maiores casos de vídeo viral da história da Internet. Seu curta-metragem ‘O Virus’ já circula legendado em inglês, italiano, espanhol e japonês. Diretor de videoclipes de músicos portugueses, David tem diversos projetos pessoais na área da ficção. Os dois mais importantes são uma série de TV sobre lendas portuguesas do sobrenatural e um longa-metragem chamado ‘RPG’.
Sobre o CEL.U.CINE
O CEL.U.CINE pretende ser um pólo difusor de cultura, incentivando a produção audiovisual através do uso de novas mídias. O festival, que conta com o patrocínio exclusivo da Oi, é promovido pela Associação Revista do Cinema Brasileiro em parceria com o Oi Futuro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro. O CEL.U.CINE conta também com apoio institucional do Canal Brasil e da RioFilme. Filmes que participaram de edições anteriores estão disponíveis no site oficial do festival: http://www.celucine.com.br/
Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro tem a missão de democratizar o acesso ao conhecimento para acelerar e promover o desenvolvimento humano. O principal foco das ações do instituto de responsabilidade da Oi é a promoção de um futuro melhor para a juventude brasileira, reduzindo distâncias geográficas e sociais. Os programas Oi Tonomundo, Oi Kabum! (escolas de arte e tecnologia), NAVE e Oi Novos Brasis atendem 600 mil crianças e jovens, promovendo a inclusão digital e fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de professores e educadores. O Oi Conecta, um programa em parceria com o Governo Federal, leva banda larga a mais de 37 mil escolas públicas, beneficiando cerca de 24 milhões de alunos. Na área cultural, o Oi Futuro atua como gestor do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O Oi Futuro apóia, ainda, projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. A Oi foi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-educativos inseridos na nova Lei. www.oifuturo.org.br
Sobre Associação Revista do Cinema Brasileiro
A Associação Revista do Cinema Brasileiro, entidade sem fins lucrativos de direito privado, foi criada em 2002 com o objetivo de produzir conteúdos culturais e educativos e difundir a cultura, meio-ambiente e o audiovisual brasileiro para diferentes mídias. Tem em sua filmografia as realizações de seu responsável, o produtor e diretor Marco Altberg.
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