6a CineOP- Mostra de Cinema de Ouro Preto - 15 a 20 de junho de 2011
A 6a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto teve início nesta quinta-feira com uma emocionada homenagem a Carlos Manga, cineasta que personifica, juntamente com Watson Macedo, o período das chanchadas da Atlântida, temática desta edição. O Cine Vila Rica, um dos mais antigos cinemas em atividade em Minas Gerais, lotou mais uma vez para receber a 6a CineOP. Nas palavras do prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, “a cidade recebe de braços abertos a mostra, que se consolida cada vez mais como patrimônio do cinema nacional”.
Em uma cerimônia que relembrou a década de 50, momento histórico em que a chanchada atingiu o ápice de sucesso popular no Brasil, a Mostra de Cinema de Ouro Preto emulou ao público presente o espírito daquela época, com encenações, trechos de filmes e comerciais da então incipiente TV brasileira, em uma abertura repleta de bom humor.
Bom humor que atingiu seu ápice com a participação do homenageado Carlos Manga. Com 83 anos e 25 longas-metragens no currículo, o cineasta carioca subiu ao palco do Cine Vila Rica, sob aplausos das mais de 500 pessoas que lotavam o espaço, e mostrou que permanece tão atual e engraçado quanto seus filmes.
Acompanhado de sua família, de Luiz Henrique Severiano Ribeiro e dos cineastas Oscar Maron Filho e Roberto Farias, o homenageado da 6a edição da CineOP esbanjou vitalidade e humor, arrancando gargalhadas da plateia. O cineasta Roberto Farias lembrou ainda como os filmes de Carlos Manga faziam sucesso absoluto na década de 50. “O Homem do Sputnik fez 15 milhões de espectadores em uma época em que a população brasileira tinha em torno de 60 milhões de pessoas. Ou seja, o filme foi visto por praticamente ¼ da população do Brasil, o que é algo enorme”, contou Roberto Farias.
O filme – com participação de Oscarito, Zezé Macedo, Cyll Farney, Jô Soares e Norma Bengel – foi exibido, em cópia restaurada, logo após a homenagem a Carlos Manga e mostrou-se extremamente atual em sua paródia da Guerra Fria, mantendo uma enorme empatia e diálogo com o público de Ouro Preto, que aplaudiu o filme ao final da exibição.
Ainda na quinta-feira ocorreu a 1a reunião de trabalho dos participantes do Encontro Nacional de Arquivos, com a leitura do relatório de atividades da comissão executiva da ABPA – Associação Brasileira de Preservação Audiovisual em sua gestão 2010-2011 e a discussão sobre a proposta de estatuto da associação.
Nesta sexta ocorre a abertura oficial do 6o Seminário do Cinema Brasileiro: Fatos e Memória, com a mesa “Políticas Públicas: Gerenciamento e Acesso aos Arquivos Audiovisuais”, seguida do debate “Modelos de Gestão de Cinematecas, Arquivos e Museus de Arte”. Na temática histórica, será a vez do encontro “Carlos Manga, Um Olhar Paródico”, que irá tematizar a carreira do homenageado desta edição e sua relação com o humor paródico da Atlântida, com a participação do superintendente do Grupo Severiano Ribeiro, Luiz Henrique Severiano Ribeiro, e dos cineastas Oscar Maron Filho e Roberto Farias, além do próprio homenageado. Ainda como parte do Seminário do Cinema Brasileiro, ocorrerá a 2a reunião de trabalho da ABPA e a 1a reunião dos integrantes da Rede Kino – Rede Latinoamericana de Educação, Cinema e Audiovisual.
A programação de filmes da 6a CineOP também tem início nesta sexta-feira, com a exibição de curtas e médias contemporâneos – incluindo Permanências, de Ricardo Alves Júnior, exibido no último Festival de Cannes –, da pré-estreia nacional do documentário Malditos Cartunistas, de Daniel Garcia e Daniel Paiva, e do filme-homenagem Matar ou Correr, de Carlos Manga. A sessão Cine-Escola também começa a todo vapor, com sessões dos filmes Desenrola, Gui, Estopa e a Natureza, Brasil Animado e Lixo Extraordinário.
No sábado é a vez da Mostrinha de Cinema, programação dedicada ao público infantil, com o longa gaúcho A Casa Verde e a série “Curtas para a Nova Geração”. A programação histórica apresenta os longas Aviso aos Navegantes, Redenção e Nem Sansão Nem Dalila, todos em cópias restauradas. Já na programação contemporânea, é a vez das séries 2 e 3 de curtas-metragens, dos médias Angeli 24h e Meia Hora com Darcy, e do longa-metragem Efeito Reciclagem, de Sean Walsh.
A programação do Seminário também é repleta no sábado, com as mesas “Arquivos de Imagens e Som: Novos Horizontes” e “Cinema e Educação no Brasil: Memórias e Perspectivas”, o workshop internacional “A Potência Pedagógica da Imagem”, com a professora mexicana Inés Dussel, e o debate histórico “A Chanchada no Contexto dos Anos 50”, com a participação dos professores e pesquisadores Afrânio Catani, Maurício Reinaldo Gonçalves e Sheila Schvarzman.
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Acompanhe a 6ª CineOP e o programa Cinema Sem Fronteiras 2011.
Informações para o público: (31) 3282.2366 – Universo Produção
Na Web: www.cineop.com.br
No Twitter: universoprod
No Facebook: Universo Produção
6ª CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto - 15 a 20 de junho de 2011
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