segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Isaac Julien compara montagem de seus filmes a estratégia de Eisenstein


Na véspera da abertura de sua mostra nesta segunda (3) no Sesc Pompeia, o artista e cineasta britânico deu uma palestra em que analisou a expansão de experimentos audiovisuais em múltiplas telas, como os seus, em museus e galerias.

"Não tem a ver com uma narrativa, e sim com uma mudança de hábitos", disse Julien, no teatro do Sesc Pompeia. "Quando montamos múltiplas telas num espaço, criamos uma condição de mobilidade para o espectador, que precisa montar parte da história."

Entrando em cartaz nesta semana, a mostra de Julien é um dos destaque do circuito em paralelo à Bienal de São Paulo, que começa nesta terça (4) para convidados e na sexta (7) para o público.

Julien é um dos maiores videoartistas e cineastas independentes em atividade no Reino Unido hoje e foi indicado ao prêmio Turner, o maior das artes visuais do país, em 2001. No circuito expositvo, já teve grandes mostras no Museu do Chiado, em Lisboa, no Centre Georges Pompidou, em Paris, e no que vem ocupará o átrio do MoMA em Nova York com instalações e performances.

À Folha, Julien adiantou que "Ten Thousand Waves", uma das videoinstalaçôes agora no Sesc Pompeia, também estará no museu nova-iorquino.

Em sua palestra, ele comentou a montagem do trabalho às estratégias visuais do cineasta russo Sergei Eisenstein, que criava justaposições de momentos mais menos dramáticos em sua obra.

"No meu caso, uso a tecnologia para criar novas visões intertextuais", diz Julien, que também ficou conhecido por seu filme "Derek", uma homenagem ao cineasta britânico Derek Jarman. "Quero espectadores móveis, que produzam suas próprias associações entre as telas distintas."

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