Teve início hoje, 28 de setembro, o seminário "Novas Perspectivas para o Cinema e para o Audiovisual Brasileiro", que uniu nomes da sétima arte e da política brasileira para debater as necessidades do setor audiovisual no Brasil.
As mesas de debates são realizadas sempre no Auditório Minas Gerais, do Kubitschek Plaza Hotel, onde estão hospedados boa parte dos convidados do Festival de Brasília, e acontecem sempre nas partes da manhã e da tarde, até a sexta-feira (30).
O primeiro dia do seminário ficou marcado por todas as discussões sobre o mercado, mas também pela ausência de dois convidados que já haviam confirmado presença. A ministra da Cultura Ana Buarque de Hollanda não apareceu para a abertura dos debates, com a função cabendo apenas ao secretário de Cultura do Distrito Federal Hamilton Pereira. Outro que faltou foi o ex ministro José Dirceu, que comporia a mesa "O lugar do cinema e do audiovisual no novo arranjo institucional das comunicações".
Após a abertura, às 9h, foi realizada uma homenagem ao cineasta Gustavo Dahl, que faleceu aos 72 anos no último mês de junho. Na sequência, às 10h, foi realizada a mesa "O lugar do cinema e do audiovisual na política industrial", que contou com as presenças da produtora Mariza Leão, do diretor Roberto Farias e da representante do BNDES Isabel Cavalcanti, e com mediação do produtor Márcio Curi.
Responsável pelo sucesso De Pernas pro Ar, Mariza começou sua palestra afirmando que o título da mesa estava errado, afinal não existe política industrial no audiovisual. Ela destacou que as leis de incentivo em vigor hoje cometem o erro de se basearem no incentivo de projeto a projeto, quando o melhor seria se investir em uma carreira de filmes. Defendendo um aumento radical no número de salas de cinema no Brasil, a produtora revela que o bom momento do cinema no país é apenas mais um espasmo.
Ao assumir o microfone, Roberto Farias seguiu um pouco o pensamento de Leão, dizendo ainda que falta interesse por parte da classe artística de debater a questão das leis de incentivo no país. "Nenhuma grande empresa que colocou dinheiro no cinema via renúncia fiscal se animou a investir em estúdios ou na produção constante de filmes. Nos últimos 19 anos, não se viu um interesse sério em estimular a iniciativa privada a investir no cinema", afirmou.
Já no debate da tarde, justamente aquele que contaria com a presença de Dirceu, quem roubou a cena foi o produtor Luiz Carlos Barreto. Ele atacou o que chama de individualismo de alguns realizadores brasileiros. Sem medo de citar nomes - disse que como nordestino "mata a cobra e mostra o pau" - Barretão afirmou: "Fernando Meirelles e o meu querido Walter Salles pensam apenas em suas carreiras. Jamais colocaram seu prestígio e talento a serviço do cinema brasileiro como processo coletivo".
As mesas de debates são realizadas sempre no Auditório Minas Gerais, do Kubitschek Plaza Hotel, onde estão hospedados boa parte dos convidados do Festival de Brasília, e acontecem sempre nas partes da manhã e da tarde, até a sexta-feira (30).
O primeiro dia do seminário ficou marcado por todas as discussões sobre o mercado, mas também pela ausência de dois convidados que já haviam confirmado presença. A ministra da Cultura Ana Buarque de Hollanda não apareceu para a abertura dos debates, com a função cabendo apenas ao secretário de Cultura do Distrito Federal Hamilton Pereira. Outro que faltou foi o ex ministro José Dirceu, que comporia a mesa "O lugar do cinema e do audiovisual no novo arranjo institucional das comunicações".
Após a abertura, às 9h, foi realizada uma homenagem ao cineasta Gustavo Dahl, que faleceu aos 72 anos no último mês de junho. Na sequência, às 10h, foi realizada a mesa "O lugar do cinema e do audiovisual na política industrial", que contou com as presenças da produtora Mariza Leão, do diretor Roberto Farias e da representante do BNDES Isabel Cavalcanti, e com mediação do produtor Márcio Curi.
Responsável pelo sucesso De Pernas pro Ar, Mariza começou sua palestra afirmando que o título da mesa estava errado, afinal não existe política industrial no audiovisual. Ela destacou que as leis de incentivo em vigor hoje cometem o erro de se basearem no incentivo de projeto a projeto, quando o melhor seria se investir em uma carreira de filmes. Defendendo um aumento radical no número de salas de cinema no Brasil, a produtora revela que o bom momento do cinema no país é apenas mais um espasmo.
Ao assumir o microfone, Roberto Farias seguiu um pouco o pensamento de Leão, dizendo ainda que falta interesse por parte da classe artística de debater a questão das leis de incentivo no país. "Nenhuma grande empresa que colocou dinheiro no cinema via renúncia fiscal se animou a investir em estúdios ou na produção constante de filmes. Nos últimos 19 anos, não se viu um interesse sério em estimular a iniciativa privada a investir no cinema", afirmou.
Já no debate da tarde, justamente aquele que contaria com a presença de Dirceu, quem roubou a cena foi o produtor Luiz Carlos Barreto. Ele atacou o que chama de individualismo de alguns realizadores brasileiros. Sem medo de citar nomes - disse que como nordestino "mata a cobra e mostra o pau" - Barretão afirmou: "Fernando Meirelles e o meu querido Walter Salles pensam apenas em suas carreiras. Jamais colocaram seu prestígio e talento a serviço do cinema brasileiro como processo coletivo".
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