Filmes como a saga "Piratas das Caraíbas" são dos mais vistos pelos argentinos (D.R.)
Um pouco como o caso português, também a Argentina atravessa uma fase desértica no que ao panorama cinematográfico diz respeito. Os filmes de Hollywood - como as sagas "Piratas das Caraíbas" e "Harry Potter" - são vistos pela maior parte dos espectadores argentinos, provocando o estrangulamento das produções nacionais. A acrescentar a isto, também o número espectadores e as salas de cinema vão desaparecendo. Segundo dados revelados pelo INCAA, citados no jornal El Argentino, aquele país tem apenas 800 salas em funcionamento; números muito díspares em relação a outros países sul-americanos: o Brasil tem 4500, o México conta com 5000 e a Colômbia soma 1500.
Como forma de inverter a situação, o INCAA estudou várias medidas, entre elas o pagamento de quotas aos filmes estrangeiros que saiam para mercado. Na cidade de Buenos Aires, para que um filme estrangeiro passe em 40 salas, as distribuidoras terão que pagar o equivalente a 300 bilhetes – na Argentina um bilhete custa em média 30 pesos (cerca de 5 euros) –, para 80 cópias a tarifa sobe para 1200 bilhetes e se ultrapassar as 160, o valor será de 12.000 bilhetes. Fora da capital argentina, também existirão quotas, mas os valores sujeitos a pagamento são inferiores.
Através do pagamento destas tarifas, o instituto pretende angariar recursos para poder apoiar as produções argentinas e as salas de cinema de todo o país. “Estamos a trabalhar para inverter algumas tendências que nos parecem muito preocupantes. Procuramos melhorar a distribuição dos filmes em todo o território”, explicou Liliana Mazure, directora do INCAA, citada no jornal El Argentino.
Uma das medidas passa pela melhoria das salas de cinema de bairro e das salas das regiões do interior, evitando a concentração de espectadores nos espaços que pertencem às grandes cadeias de cinema, onde grande parte o cartaz está limitado às megalómanas produções norte-americanas. Desta forma, o instituto pretende evitar que estas sejam a única via da circulação de filmes, democratizando a distribuição e promovendo ao mesmo tempo a identidade cultural. O objectivo passa pela melhoria das infra-estruturas já existentes e da reabertura de antigas salas.
“Temos vários problemas. Uma grande concentração na capital e a falta de filmes nas salas do interior. Por exemplo, o cinema nacional tem grandes dificuldades em encontrar o seu espaço nas províncias. Isto acontece devido a problemas de logística e a escassa quantidade de cópias”, explicou a directora do instituto de cinema.
A solução dessa democratização passa pelo recurso às novas tecnologias, que permitem mais facilidades nas projecções dos filmes, e custos mais reduzidos. “Acreditamos que as novas tecnologias podem funcionar como uma ferramenta para alterar estas falhas. Estamos num momento de grandes mudanças. Facilitar a digitalização nas salas nacionais e nos espaços do INCAA mediante créditos brandos ou subsídios para aqueles que não podem aceder a um empréstimo, porque não têm garantias de que podem pagar. Esta é uma das estratégias em que estamos a trabalhar”, revelou ainda Mazure.
Como forma de inverter a situação, o INCAA estudou várias medidas, entre elas o pagamento de quotas aos filmes estrangeiros que saiam para mercado. Na cidade de Buenos Aires, para que um filme estrangeiro passe em 40 salas, as distribuidoras terão que pagar o equivalente a 300 bilhetes – na Argentina um bilhete custa em média 30 pesos (cerca de 5 euros) –, para 80 cópias a tarifa sobe para 1200 bilhetes e se ultrapassar as 160, o valor será de 12.000 bilhetes. Fora da capital argentina, também existirão quotas, mas os valores sujeitos a pagamento são inferiores.
Através do pagamento destas tarifas, o instituto pretende angariar recursos para poder apoiar as produções argentinas e as salas de cinema de todo o país. “Estamos a trabalhar para inverter algumas tendências que nos parecem muito preocupantes. Procuramos melhorar a distribuição dos filmes em todo o território”, explicou Liliana Mazure, directora do INCAA, citada no jornal El Argentino.
Uma das medidas passa pela melhoria das salas de cinema de bairro e das salas das regiões do interior, evitando a concentração de espectadores nos espaços que pertencem às grandes cadeias de cinema, onde grande parte o cartaz está limitado às megalómanas produções norte-americanas. Desta forma, o instituto pretende evitar que estas sejam a única via da circulação de filmes, democratizando a distribuição e promovendo ao mesmo tempo a identidade cultural. O objectivo passa pela melhoria das infra-estruturas já existentes e da reabertura de antigas salas.
“Temos vários problemas. Uma grande concentração na capital e a falta de filmes nas salas do interior. Por exemplo, o cinema nacional tem grandes dificuldades em encontrar o seu espaço nas províncias. Isto acontece devido a problemas de logística e a escassa quantidade de cópias”, explicou a directora do instituto de cinema.
A solução dessa democratização passa pelo recurso às novas tecnologias, que permitem mais facilidades nas projecções dos filmes, e custos mais reduzidos. “Acreditamos que as novas tecnologias podem funcionar como uma ferramenta para alterar estas falhas. Estamos num momento de grandes mudanças. Facilitar a digitalização nas salas nacionais e nos espaços do INCAA mediante créditos brandos ou subsídios para aqueles que não podem aceder a um empréstimo, porque não têm garantias de que podem pagar. Esta é uma das estratégias em que estamos a trabalhar”, revelou ainda Mazure.
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