sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cineastas pedem mais espaço para produções independentes

Cineastas pediram hoje (29) maior participação de produções independentes na grade da TV brasileira. O tema foi discutido durante o seminário Novas Perspectivas do Cinema e do Audiovisual brasileiro, no 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
O produtor executivo da Conspiração Filmes, Luis Antônio Silveira, avaliou que os canais brasileiros têm qualidade e competência para produção in house, mas que o aumento da participação de produções independentes nas grades é inevitável. “É, inclusive, mais barato para as emissoras”, explicou.
Para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas (Abepec), Pola Ribeiro, é preciso aumentar a diversidade das grades dos canais de televisão brasileiros por meio da inclusão do cinema, mas com o desafio de sustentar uma boa audiência.
O cineasta e diretor do Canal Brasil, Paulo Mendonça, lembrou que a emissora é um exemplo de veículo que se sustenta com produções independentes e que, por meio dessa estratégia, já atingiu um certo nível de visibilidade. Ele citou, entretanto, dificuldades de sobrevivência em meio aos demais canais. “Me surpreende que um conteúdo rico como o brasileiro não tenha encontrado espaço de distribuição”.
diretora-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, avaliou a parceria da TV pública com o cinema brasileiro como estratégica e destacou que a TV Brasil deve bater a marca de 40% da grade com produção independente.
O diretor-geral de Produção da TV Brasil, Rogério Brandão, referiu-se ao cinema brasileiro como um forte conteúdo de entretenimento e informação, mas ainda pouco utilizado por veículos televisivos no país. “A TV Brasil vai completar quatro anos. Consolidou-se, tem crescido e feito o seu papel institucional como parceira da produção independente. Percebemos um amadurecimento do produtor para se adaptar às necessidades da televisão e ao seu público”, disse. “O futuro da TV Brasil é promissor, mas depende da parceria com a produção independente”, concluiu.
Durante o debate, o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, defendeu uma relação mais forte com o cinema brasileiro. “Não há volta para as mudanças que começaram no Brasil, mas elas precisam chegar mais rápido à cultura e ao cinema”, ressaltou. “O Plano de Aceleração do Crescimento precisa chegar no cinema e na cultura.”

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Novo audiovisual nordestino no Espaço Cine DigitalPrimeira etapa da Mostra Cartaz de Cinema do Novíssimo Audiovisual Nordestino reunirá produções da Paraíba, Bahia, Sergipe, Ceará e Maranhão.

Primeira etapa da Mostra Cartaz de Cinema do Novíssimo Audiovisual Nordestino reunirá produções da Paraíba, Bahia, Sergipe, Ceará e Maranhão.



Hoje e amanhã será exibida no Espaço Cine Digital do Espaço Cultural, em João Pessoa, a etapa paraibana da Mostra Cartaz de Cinema do Novíssimo Audiovisual Nordestino.
As sessões gratuitas ocorreram sempre às 19h, reunindo produções da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Ceará e Maranhão. Itinerante, a mostra já passou por Recife e passará pelos demais estados citados.
Entre os destaques desta primeira edição, curtas paraibanos da nova safra audiovisual como Direita, de Marcelo Quixaba, Nublado, de João Paulo Palitot, Casa de Lirismo, de Thomas Freitas, Travessia, de Kennel Rogis, e As Voltas do Mundo, de Fabrício Santana.
O evento é uma sequência do projeto 'Cartaz de Cinema', iniciado com o lançamento do portal (www.cartazdecinema.com.br), tendo como objetivo difundir, incentivar e fomentar o debate das novas produções nordestinas.

fonte:
http://www.jornaldaparaiba.com.br/noticia/66248_novo-audiovisual-nordestino-no-espaco-cine-digital

Festival de Brasília - Seminário movimenta o evento


Teve início hoje, 28 de setembro, o seminário "Novas Perspectivas para o Cinema e para o Audiovisual Brasileiro", que uniu nomes da sétima arte e da política brasileira para debater as necessidades do setor audiovisual no Brasil.

As mesas de debates são realizadas sempre no Auditório Minas Gerais, do Kubitschek Plaza Hotel, onde estão hospedados boa parte dos convidados do Festival de Brasília, e acontecem sempre nas partes da manhã e da tarde, até a sexta-feira (30).

O primeiro dia do seminário ficou marcado por todas as discussões sobre o mercado, mas também pela ausência de dois convidados que já haviam confirmado presença. A ministra da Cultura Ana Buarque de Hollanda não apareceu para a abertura dos debates, com a função cabendo apenas ao secretário de Cultura do Distrito Federal Hamilton Pereira. Outro que faltou foi o ex ministro José Dirceu, que comporia a mesa "O lugar do cinema e do audiovisual no novo arranjo institucional das comunicações".

Após a abertura, às 9h, foi realizada uma homenagem ao cineasta Gustavo Dahl, que faleceu aos 72 anos no último mês de junho. Na sequência, às 10h, foi realizada a mesa "O lugar do cinema e do audiovisual na política industrial", que contou com as presenças da produtora Mariza Leão, do diretor Roberto Farias e da representante do BNDES Isabel Cavalcanti, e com mediação do produtor Márcio Curi.

Responsável pelo sucesso De Pernas pro Ar, Mariza começou sua palestra afirmando que o título da mesa estava errado, afinal não existe política industrial no audiovisual. Ela destacou que as leis de incentivo em vigor hoje cometem o erro de se basearem no incentivo de projeto a projeto, quando o melhor seria se investir em uma carreira de filmes. Defendendo um aumento radical no número de salas de cinema no Brasil, a produtora revela que o bom momento do cinema no país é apenas mais um espasmo.

Ao assumir o microfone, Roberto Farias seguiu um pouco o pensamento de Leão, dizendo ainda que falta interesse por parte da classe artística de debater a questão das leis de incentivo no país. "Nenhuma grande empresa que colocou dinheiro no cinema via renúncia fiscal se animou a investir em estúdios ou na produção constante de filmes. Nos últimos 19 anos, não se viu um interesse sério em estimular a iniciativa privada a investir no cinema", afirmou.

Já no debate da tarde, justamente aquele que contaria com a presença de Dirceu, quem roubou a cena foi o produtor Luiz Carlos Barreto. Ele atacou o que chama de individualismo de alguns realizadores brasileiros. Sem medo de citar nomes - disse que como nordestino "mata a cobra e mostra o pau" - Barretão afirmou: "Fernando Meirelles e o meu querido Walter Salles pensam apenas em suas carreiras. Jamais colocaram seu prestígio e talento a serviço do cinema brasileiro como processo coletivo".

fonte:

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Audiovisual vira programação fixa da Oficina Cultural

Após ser contemplado no edital de Pontos de Cultura lançado pela Prefeitura Municipal e Ministério da Cultura, o Cineclube Aldire Pereira Guedes de Bauru acaba de formalizar uma parceria com a Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes. Juntas, as entidades vão promover, a partir de agora, uma série de workshops direcionados à área audiovisual e de cinema, que serão oferecidos semestralmente na Oficina Cultural. 

A linguagem cinematográfica, roteiros, criação literária, direção de arte e preparação para ator serão alguns dos aspectos trabalhados em oficinas que estão com inscrições abertas para este semestre.

A proposta da parceria é formar um núcleo de programação semestral que vise fortalecer a cultura audiovisual. Segundo José Vinagre, presidente do Ponto de Cultura Cine Clube Aldire Guedes e Paulo Rogério Pereira, coordenador da Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes, os workshops serão ministrados na Oficina Cultural e contarão com a presença de profissionais e especialistas, como cineastas e atores, que têm desenvolvido trabalhos de destaque no cenário audiovisual. 

“Tendo o Cineclube como Ponto de Cultura podemos custear a hospedagem de profissionais que vêm de outras localidades, entre outras necessidades”, explicou Vinagre. “Essa é uma oportunidade para que a população tenha contato com mais esse tipo de conhecimento. A parceria com o Cineclube viabiliza os workshops, uma vez que custeia a vinda de especialistas e de equipamentos necessários para a realização das atividades”, acrescenta Paulo, coordenador da Oficina Cultural, mais conhecido como “Paulinho”.

Neste sábado e domingo, dias 24 e 25, a Oficina Cultural recebe o cineasta Humberto Neiva, que vai ministrar workshop de produção cinematográfica. O objetivo é oferecer aos participantes uma visão geral da produção cinematográfica passando pelas fases de desenvolvimento, pré-produção, produção e filmagem.

As inscrições para as próximas oficinas têm vagas limitadas. A seleção é feita por carta de interesse e as atividades ocorrem sempre aos finais de semana (sábado e domingo). ”Um dia antes do início dos workshops, a ideia é expor aos inscritos um filme que demonstre a área de atuação do especialista que irá coordenar a atividade, para que o participante possa se situar e conhecer melhor seu trabalho”, informaram Vinagre e Paulinho.



Programação diversificada


Para outubro e novembro, haverá oficina voltada para preparação de ator de cinema e vídeo com a coordenação de Francisco Gaspar, que atua em cinema, TV, teatro e publicidade. Ele ganhou o prêmio Kikito de melhor ator no 35.º Festival de Cinema de Gramado, em 2007, pelo curta-metragem O. D. Overdose Digital. 

Para completar a programação do semestre, ainda serão oferecidos os seguintes workshops: de roteiros fantásticos e de criação literária, ministrado pelo roteirista e escritor de literatura fantástica Raphael Draccon; de direção de arte, que terá coordenação da diretora de arte Mônica Palazzo e workshop de direção de fotografia, com Alziro Barbosa.

Quem fecha a programação audiovisual deste semestre é Ari Candido, que já dirigiu diversos filmes de ficção e documentários. 



• Serviço


A programação de workshops na área audiovisual está com inscrições abertas para este semestre. As vagas são limitadas. A Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes fica na rua Amazonas, 1-41. Informações pelo telefone: (14) 3231-1100. 


fonte:
http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=215959

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Série da HBO fica com 21% da verba pública para cinema e TV

Atores ensaiam Preamar em praia do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)


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Série sobre um executivo que perde o emprego em um banco e descobre os negócios informais das praias do Rio de Janeiro, Preamar foi o produto audiovisual que mais arrecadou recursos de incentivos fiscais no primeiro semestre de 2011.
Segundo relatório da Ancine (Agência Nacional do Cinema), Preamar captou R$ 10 milhões e 511 mil, o equivalente a 21,2% dos R$ 49 milhões e 541 mil arrecadados por 116 filmes e programas de televisão com participação de produtoras independentes brasileiras.
Esses recursos respondem por aproximadamente 95% de toda a produção audiovisual excluindo-se a grande maioria das produções da TV aberta.
São recursos públicos, uma vez que originam de mecanismos de incentivos fiscais.
Preamar, uma produção da Pindorama Filmes (de Estevão Ciavatta, marido de Regina Casé) para a norte-americana HBO, conta com recursos do artigo 39 da Medida Provisória 2228-1/2001.
Pelo mecanismo, o governo abre mão de impostos que as programadoras estrangeiras (como HBO, Turner, Fox, Discovery) pagariam pela remessa de lucros ao exterior desde que as programadoras invistam esse dinheiro na produção de programas no Brasil, obrigatoriamente por produtoras independentes.
Essa é a principal fonte de toda a produção nacional das programadoras estrangeiras. Foi com esse mecanismo que a HBO investiu, desde 2002, R$ 73 milhões e 311 mil em séries como MandrakeAlice e Filhos do Carnaval. No mesmo período, a Turner usou R$ 26 millhões e 481 mil de incentivos fiscais em produções no Brasil e a Fox, R$ 18 milhões e 481 mil.
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Cena de Alice, série produzida com incentivo fiscal (Foto: Divulgação)
Preamar, portanto, foi o produto audiovisual que mais arrecadou porque a HBO destinou à série parte dos impostos que pagaria pela remessa de lucros ao exterior. Esses recursos ficam em uma conta vinculada na Ancine. Só podem ser usados com autorização da agência.
Ranking
Depois de Preamar, o programa que mais captou dinheiro público foi Família Real, série de TV da Primo Filmes para a Globo. Dirigido ao público infanto-juvenil, o programa teve R$ 2 milhões e 959 mil de recursos do artigo 3A da Lei 8.685/1993.
Pelo mecanismo, as redes de TV aberta destinam para a produção independente 70% do imposto que pagariam pela remessa de dinheiro ao exterior pela compra de direitos filmes e eventos esportivos. O artigo 3A movimentou R$ 17 milhões e 803 mil no primeiro semestre de 2011.
Em terceiro lugar no ranking dos projetos que mais captaram aparece um filme. Trata-se de Acorda Brasil, com roteiro de Maria Adelaide Amaral e direção de Sérgio Machado, sobre um ex-criminoso que se torna um respeitado músico.
A produção da Gullane Filmes tem recursos de incentivos fiscais vinculados à Fox Film do Brasil, por meio do artigo 3º da Lei 8.685/1993 (R$ 2 milhões e 323 mil) e do artigo 3A (R$ 446 mil).
Onde Está a Felicidade?, filme de Carlos Alberto Riccelli, em cartaz, e Giovanni Improtta, filme com direção de José Wilker e roteiro de Aguinaldo Silva, completam o ranking dos projetos que mais captaram recursos incentivados no primeiro semestre de 2011.

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domingo, 25 de setembro de 2011

A Revista de CINEMA circula desde 2000,,,


SOBRE A REVISTA

A Revista de CINEMA circula desde 2000, tornando-se em mais de uma década o principal veículo de difusão do cinema brasileiro. A publicação tem uma marca de credibilidade em sua linha editorial, procura difundir os melhores filmes e melhores diretores, prospectar a cadeia produtiva do audiovisual e apontar tendências. É um farol para mostrar aos iniciantes os caminhos da realização audiovisual, como também mostrar as melhores cabeças do cinema e da produção atualmente no Brasil.
O papel da Revista de CINEMA como peça estratégica na consolidação do novo cinema brasileiro, surgido nos últimos dez anos, deve-se especialmente ao seu conteúdo independente e de credibilidade. Um novo tipo de jornalismo para um novo tempo. Uma publicação que não adjetiva suas matérias, e tem um olhar crítico às condições para a realização de nossos filmes. A publicação foi fundada pelo jornalista e escritor Hermes Leal, que trabalha na imprensa cinematográfica desde os anos 80.
A Revista de CINEMA é parceira dos principais festivais de cinema do país, como o Festival de Gramado, o de Brasília, Recife, Cine Ceará, Tiradentes, entre outros. Promove eventos dedicados ao audiovisual, apoio aos roteiristas em grandes eventos, e presença constante nos principais eventos culturais e de mercado no país. Realizou em parceria com o Senac SP o Fórum de Produção de Cinema, abordando as questões mais pertinentes do audiovisual. E teve edições em inglês distribuídas entre 2005 e 2009 nos principais festivais de cinema do mundo, como Cannes, Berlin, Toronto, Los Angeles, entre outros.
O site da Revista de CINEMA utiliza-se de matérias publicadas na revista impressa, assim como também produz seu próprio conteúdo, especialmente informações diárias sobre a atividade audiovisual, dos lançamentos no cinema, das novas produções para o cinema e a televisão. Tem uma sessão exclusiva e com destaque para a produção de TV e o cinema feito fora do eixo Rio/São Paulo.

O Instituto Cinema em Transe
Instituto Cinema em Transe é uma organização não-governamental, criada em 2003, que gera projetos inovadores relacionados à Economia Criativa do Audiovisual.
Apoiados ou desenvolvidos pelo Instituto Cinema em Transe, os projetos têm como objetivo inserir mais pessoas dentro do setor econômico, de­mocratizando os meios de acesso ao cinema e ao audiovisual.
Outro trabalho importante do Instituto é a manutenção e conservação de um acervo iconográfico e de comunicação de filmes dos anos 60 até os dias atuais. Este acervo contém publicações raras de cinema e mais de 50 mil fotos relacionadas ao cinema brasileiro em mais de três décadas.
O Instituto Cinema em Transe é parceiro do Ministério da Cultura desde 2005. Realizou consultoria para a montagem do projeto de film commission do Brasil, e publicou o livro ABD 30 Anos, um trabalho de pesquisa e organização de um material histórico que comemorou os 30 anos da Associação Brasileira de Documentaristas.
Há oito anos desenvolve o projeto Difusão do Cinema Brasileiro, realizado com apoio do Fundo Nacional de Cultura da Secretaria do Audiovisual, que percorre diversos festivais e mostras de cinema pelo país fomentando o cinema brasileiro através da Revista de CINEMA.
Em 2011, publicará, também em parceria com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, o livroDOCTV – Operação de Rede, sobre o programa da Secretaria do Audiovisual de maior êxito na televisão pública.

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estreia - O problema da distribuição no país


Cinema em Cena estreia hoje a coluna Que Cinema é Esse?, que busca discutir quinzenalmente a produção cinematográfica brasileira, incluindo todos os seus processos. Neste espaço, iremos abordar alguns dos principais problemas enfrentados pelos cineastas nacionais, o funcionamento das leis de incentivo, explicar as etapas, discutir o cinema independente, comentar as mudanças no cenário nacional, e muito mais.
Para iniciar, apontaremos, a partir de uma entrevista com o diretor Jorge Furtado (foto), alguns pontos importantes sobre a distribuição de filmes no país.
O cineasta (Ilha das Flores, O Homem que Copiava) veio a Belo Horizonte na última semana para o Projeto Cine Aberto, no Cine Humberto Mauro, no qual discutiu o cinema e a política. Tanto na entrevista exclusiva que ele nos concedeu, quanto no debate - ocorrido após a exibição dos filmes Ilha das Flores e Saneamento Básico - Furtado comentou, além da distribuição de filmes nas salas de cinema do país, sobre a importância da diversidade, o circuito de festivais e o download de filmes.
Na semana passada, nós divulgamos a entrevista editada. Dessa vez, ao final desta coluna, você poderá ler a entrevista com Furtado na íntegra.
O problema da distribuição
Quando perguntado sobre os principais problemas que os cineastas enfrentam no país, uma das questões abordadas por Furtado foi a má distribuição de longas nas salas de cinema: "Tem os velhos problemas de sempre, o principal deles é dinheiro. Dinheiro pra fazer os filmes, que continua sendo um problema, sempre foi, e continua sendo, de alguma maneira. Tem hoje uma produção boa de quantidade, tipo, uma média de 90 filmes, acho que foi 88 no ano passado, mas acho que está em torno de quase 100 filmes brasileiros por ano. Mas nós estamos em um país com 2000 salas, onde três lançamentos com 500 cópias ocupam 3/4 das salas, então ficam sobrando 500 salas para toda a filmografia mundial, brasileira, e que mais, né? Então, conseguir espaço em uma sala de cinema para exibir o teu filme é uma briga terrível, sempre foi e está cada vez pior, eu acho. Então, esses filmes, esses 100 filmes brasileiros, é interessante fazer uma pesquisa, não sei bem de cabeça assim, mas imagino que pelo menos 80 deles não consigam nem 50 mil espectadores. A imensa maioria é vista por muito pouca gente, porque passam em umas salas alternativas, bem pouco tempo e tal".
Para exemplificar e explicar alguns números citados pelo cineasta, utilizaremos o Informe Anual de 2010, da Ancine - Agência Nacional de Cinema, responsável pela regulação audiovisual do país - e mais alguns dados do site. Consideramos que 2010 foi um bom ano para o mercado brasileiro, graças, principalmente, ao sucesso do filme Tropa de Elite 2, que se tornou a maior das bilheterias brasileiras até hoje, levando mais de 11 milhões de pessoas ao cinema.
No Brasil, foram contabilizadas 2206 salas de cinema em 2010 (Fonte: ANCINE). No relatório anual, constam que das 20 maiores bilheterias do ano no país, 17 são dos EUA e apenas três são nacionais. Todos esses filmes ocuparam mais de 10% das salas disponíveis no país, normalmente por períodos maior que um mês.
Do total dos 303 filmes lançados no circuito de cinemas no país no ano passado, 75 são brasileiros, ou seja, quase 25% das telas foram ocupadas pelo cinema nacional. Na distribuição de público, quase 19% foi para filmes brasileiros, com pouco mais de 25 milhões de pessoas para assistir às produções do país.
Mas dessas 25 milhões de pessoas, 43% foram assistir a Tropa de Elite 2 (Zazen). Outros 30% da fatia foram o público de Nosso Lar (Fox) e Chico Xavier (Sony), somados. Isso significa que quase 3/4 do público dos filmes nacionais deste ano foram destinados a apenas três dos 75 filmes nacionais lançados em grande circuito em 2010.
Os três filmes citados foram os únicos a figurarem entre as 20 maiores bilheterias de 2010 no Brasil (considerando o grande mérito de ter um nacional como nº 1). Somados a Muita Calma Nessa Hora (Europa), foram os únicos quatro longas a levarem mais de 1 milhão de pessoas aos cinemas.
Ao todo, 17 filmes nacionais alcançaram um público maior que 50 mil pessoas. Isso significa que outros 58 filmes nacionais lançados no circuito em 2010 receberam em torno de 528 mil espectadores, isso somando todas as pessoas que assistiram a algum desses títulos. Ou seja, 77% de todos os filmes nacionais lançados em circuito tiveram 2% de todo o público que foi ao cinema prestigiar a produção local - 0,19% do público  total do ano.
Com isso não estamos considerando os filmes que não foram para o circuito de salas de cinema (estrearam apenas em festivais, pequenas exibições etc). De acordo com os números da Revista Cinética, em 2010 foram finalizados e exibidos quase 120 filmes nacionais.
Os problemas da distribuição não estão apenas nas salas de cinema. O mesmo relatório anual da Ancine também mostra que das 52 distribuidoras brasileiras que lançaram algum filme em 2010, oito delas foram responsáveis por 40% dos lançamentos.
Com o objetivo de estimular a produção nacional, o governo mantém atualizado anualmente o Decreto 7.061, mais conhecido como  Cota de Tela. Esse decreto prevê o número de dias que um complexo de cinema deve reservar para exibição de filmes nacionais, além da diversidade de títulos - você pode conferir o quadro de exigências aqui. Mas há muita discussão sobre a lei. Muitas pessoas argumentam que os números destinados não são o suficiente. Os exibidores reclamam o oposto, que a lei traz prejuízos, pois não existe nenhum subsídio por parte do governo, apenas a exigência de que os filmes sejam exibidos, o que não garante que eles terão público (e segundo os exibidores, muitas vezes, não têm).
Além disso, menos de 10% dos municípios brasileiros possuem salas de cinema. De todas as 2206 salas do país, 1640 estão na região Sul-Sudeste (74%), 770 apenas no estado de São Paulo (34%).
Talvez seja por esse motivo que o próprio Furtado, quando perguntado durante o debate se já utilizou o dinheiro das campanhas políticas que sua produtora fez na realização de um filme, disse: "Eu não boto meu dinheiro pra fazer cinema, porque eu não sou maluco (risos)".
As Leis de incentivo resolvem o problema?
A Lei do Audiovisual  (por possibilitar mais produções e por isso ter mais material disponível para ir para as salas) e até mesmo o Decreto da Cota de Tela podem incentivar maior exibição dos filmes nacionais nos cinemas?
Mas ao mesmo tempo, passar mais filmes nacionais no cinema garantiria por si só o público? Os exibidores não teriam prejuízo, e com isso teríamos menos salas, ou ingressos mais caros?
Furtado fala um pouco sobre essa questão:
"Eu acho que a lei tem que contemplar essas questões importantes que tu tá levantando aqui. Vamos pensar em voz alta. Digamos que tu diga assim: "Não, esquece lei de incentivo, o mercado se auto-regula", esse é o sonho do mercado, o "deus mercado", se o filme se pagar, tem que dar público e etc... A impressão que dá é que vai virar só blockbuster, comédias ligeiras, porno-soft, auto-ajuda, coisas desse tipo... Para o mercado, esses são os grandes sucessos, então isso é perigoso... Então não, não, vamos fazer assim: "não tem lei de incentivo, o governo arrecada todo o imposto, cria um fundo, fundo pra arte, pra prefeitura, capta esse dinheiro, e um júri escolhe os projetos culturalmente significativos e etc..." Isso faz com que o dono da sala de cinema, que precisa vender pipoca fale: "Por favor não façam isso, senão vamos esvaziar as salas".
Então, o mercado existe, o mercado de exibição é um mercado real. O exibidor se queixa muito dos diretores, às vezes, dizendo: "Vocês já fizeram os filmes, vocês estão pouco se lixando se o filme vai dar público ou não, mas eu não, eu vivo de sala cheia, e é meu negócio, o governo não está me pagando nada, então porque eu tenho que exibir?". Então, não é uma questão simples, ela é complicada, tanto que cada país tem uma: a França tem uma lei, a Espanha tem outra, os Estados Unidos tem outra, cada país tem a sua, a Argentina acabou de fazer uma lei nova exigindo janela pro cinema argentino, enfim... Isso aí é uma coisa dialética, que vai mexendo a cada momento, cada ano muda um pouco, e tem que ter espaço. Tem que ter concursos que garantam estreantes, por exemplo. Essas verbas públicas pro cinema, que vem da Petrobras, Caixa, BNDES, enfim, os grandes financiadores do cinema na verdade têm que contemplar, e já fazem isso que eu saiba, assim, regionalmente, porque são empresas públicas, naturalmente: dar cota pra estreante, garantir espaço para exibição, parte da verba ser destinada à exibição. Porque às vezes o cara gasta todo o dinheiro que tem pra fazer um filme, terminou o filme e não tem dinheiro nem pra fazer o cartaz do filme, que dirá fazer as cópias de lançamento. No cinema americano, hoje o custo de lançamento do filme já é maior que a própria produção, a mídia de lançamento do filme já ultrapassou o custo de produção. Eles lançam marcas em copos do McDonalds pelo mundo inteiro, enfim, isso é um negócio, um grande negócio... Não estou falando que a gente tem que fazer isso, mas a gente tem que garantir que o filme na lata não existe, o filme existe é na tela".
Necessidade da diversidade e das mídias alternativas
Algumas das alternativas que surgem para essa falta (ou má-apropriação) de espaço nas salas de cinema são os festivais - que servem para  muitos artistas lançarem seus filmes, muitas vezes como uma vitrine na busca por distribuição -  e a distribuição em outras mídias.
Para o diretor, é importante é que haja todos esses tipos de filme:
"Existe um cinema que tem mercado, e que é lucrativo, e que leva muita gente pra sala, esses filmes são quase a maioria deles da Globo Filmes, mas não todos. Tem algumas exceções, de grande sucesso, fora da Globo Filmes. Não acho ruim que isso exista, que exista esse tipo de filme, que lote as salas, faz 3 milhões de espectadores, movimenta a indústria toda, emprega gente, laboratórios, lota salas e tudo mais... Tem que ter isso, e é melhor que seja com filmes brasileiros do que com filmes estrangeiros, eu acho. Drama ou comédia ligeira facilzinha brasileira não é a mesma coisa da americana, pelo menos a brasileira tem mais a ver com a nossa vida. A gente é soterrado por toneladas de bobagens hollywoodianas e as pessoas não se queixam muito porque são meio colonizadas com aquela ideia de que aquela loirinha que é a líder do time de basquete faça sentido... Então é bom que tenha esses filmes, mas é importante que tenha um espaço pra produção de filmes... Não sei se autorais, porque eu acho que esses filmes são autorais, todos eles de alguma maneira têm um autor... Mas filmes de um público menor mesmo. Pra falar de uma obra-prima, como Santiago, de João Moreira Salles. Não estou achando que Santiago vai fazer 6 milhões de espectadores, nem acho que vai acontecer isso, infelizmente, mas o fato de ser visto por 50 mil pessoas, que seja, é importante, porque é um filme importante, um filme que influencia as pessoas, transforma o espectador de alguma maneira, e são filmes que têm que ser feitos. Agora, os cineastas, acho que eles também têm que se profissionalizar, ninguém é autor por um vírus, por alguém dizer, "Agora tu pode fazer o que quiser, tá aqui o dinheiro, vai lá e faz, se vira à vontade". Aquilo tem que ter uma grana, grande parte dinheiro público, tem que ser pensado, tem que ser planejado, acho que é um momento de profissionalização, não é mais um momento para amadores, nesse mercado das telas das salas, eu estou falando. É tempo total para os amadores na internet, em outras mídias... Quanto mais fizerem, melhor".
Furtado no set de Saneamento Básico

fonte:
http://www.cinemaemcena.com.br/Coluna_Detalhe.aspx?ID_COLUNA=379

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pós-produção Audiovisual é um dos cursos da Escola de Criação da ESPM-Sul


O curso de Pós-produção Audiovisual: Módulo Avançado da Escola de Criação da ESPM-Sul, tem início no sábado, (24/09).

O objetivo é apresentar um panorama das principais técnicas, conceitos e habilidades necessárias para o desenvolvimento de atividades relacionadas à finalização de imagem, criação de vinhetas, efeitos especiais e animações voltadas para a linguagem audiovisual em publicidade, cinema, televisão, vídeo e internet.

A coordenação é do professor Alfredo Barros, e as aulas acontecerão em sete encontros, e serão conduzidas por cinco professores, José Augusto de Blasiis, Anderson Bontempos, Carlos Kulpa, Kiko Ferraz e Luiz Otávio Feldens.

Bacharel em História pela PUC-SP, José Augusto de Blasiis, tem 26 anos de experiência no mercado de cinema e vídeo. 

Trabalhou durante mais de vinte anos no mercado de produção e pós-produção publicitária, tendo atuado nas principais produtoras deste segmento em São Paulo. Nos últimos anos, esteve na pós-produção dos mais importantes projetos de longa metragem do país, filmes como Cidade de Deus, Carandiru, Cidade Baixa, A Dona da História, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, entre outros.

Conhecimento básico de edição e tratamento de imagem, gerenciamento de mídia, codecs, finalização audiovisual, e conhecer basicamente os equipamentos de captação de imagens ou ter cursado Pós-produção Audiovisual: módulo básico, são pré-requisitos obrigatórios para frequentar o curso.

SERVIÇO: 
O quê? Pós-produção Audiovisual: Módulo Avançado
Quando? 24/09, sábado, das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h
Duração: 7 Encontros - Carga Horária: 42 horas/aula
Onde? Rua Guilherme Schell, 268 (próximo à Av. Prof. Oscar Pereira)
Bairro Santo Antônio - Porto Alegre – RS

Para quem? Estudantes e profissionais de comunicação e áreas afins.

Informações e Inscrições: (51) 3218.1400 ou pelo e-mail centralinfo-rs@espm.br ou pelo site www.espm.br

Cineport: festival de cinema em J. Pessoa-PB



Amanhã começa na capital paraibana Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa – Cineport.
Este ano, em sua 5ª edição, o evento homenageia Cabo Verde, país africano que já foi colônia portuguesa, assim como o Brasil.
Usina Cultural Energisa é sede do Festival de Cinema - Cineport realizado em João Pessoa, de 19 a 25 de setembro.
O festival premia longas, curtas e animações. A seleção é feita por críticos de cinema do Brasil, Portugal e África. Além das sessões competitivas, o Festival promove encontros, exposições, lançamento de livros e espetáculos musicais. Este ano, uma show esperado é o da cantora Sara Tavares, de Cabo Verde.
Há também, a cada edição, honras e troféus para alguns cineastas. Este ano os homenageados são Inês de Medeiros, de Portugal; Leão Lopes, de Cabo Verde; Joel Zito, do Brasil; e também para a atriz paraibana Marcélia Cartaxo.
Durante a realização do Festival Cineport, não deixe de ver a mostra Divortium Aquarum do paraibano José Rufino, um dos expoentes das artes visuais do Brasil e também uma exposição fotográfica de Cabo Verde do fotógrafo Nuno Pina.
Veja programação completa do Cineport no site do evento.

Cineport – de 19 e 25 de setembro de 2011 

Usina Cultual Energisa
Av. Juarez Távora, 243, Torre
João Pessoa – PB – (83) 3221 4985

fonte:
Babel das Artes

 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Audiovisual cresce com internet e celular


O cinema brasileiro está em expansão. A qualidade das propagandas produzidas em território nacional está cada vez melhor. E as produções via internet e telefone celular estão em alta. Tudo isso aponta para o crescimento da demanda pelo profissional da área de audiovisual. Porém, a maioria deles ainda atua como freelancer, ou seja, é autônomo.
O superior de audiovisual oferecido pela Universidade de São Paulo é um dos cursos mais concorridos, com 31 candidatos por vaga no último vestibular. Mas não é a única opção. É possível fazer também graduação em Rádio e TV, Midialogia, Multimeios e Publicidade e Propaganda.
Porém, a graduação não basta para quem quer atuar com audiovisual. O produtor Márcio Paraíso, 30 anos, é exemplo do quanto é preciso estudar. "Fiz vários cursos para me especializar e hoje não perco mais trabalho. Sou um videomaker completo, pois filmo, edito, dirijo, faço a parte de fotografia, correção de cor e finalização."
Esta foi a forma que Paraíso encontrou de se manter em um mercado ainda com poucas oportunidades com carteira assinada, mas com muito trabalho. Ele é freelancer e já fez trabalhos para a Rede TV, produtora O2 e o site Youtube.
Paraíso cursou Publicidade e Propaganda na sua cidade natal: Salvador (BA). "Na época queria trabalhar com criação, mas quando descobri a ilha de edição, ainda na faculdade, sabia que era aquilo que queria fazer." O caminho não foi fácil. Após três anos de formado, ele resolveu se aventurar: veio para São Paulo para fazer cursos na área. Não se arrependeu. "É preciso ousar. No meu caso, deu certo." 
SALÁRIO
Para aqueles que querem embarcar nessa ideia, a remuneração inicial de um diretor de filme publicitário é de cerca de R$ 3.000. Um assistente de direção ganha R$ 680 por semana, em média.
Há diversos campos de atuação, tais como: edição, sonorização e fotografia de filmes ficcionais, documentários ou publicitários, criação de programas e planejamento de grades televisas ou radiofônicas, redação de roteiros, operação de equipamentos ligados à produção de filmes ou programas de rádio, desenvolvimento de filmes com técnicas de animação, entre outros.

Para estudantes, salário não pode influenciar na escolha 
Para o estudante do 7º ano do Ensino Fundamental Renato de Moraes Marques, da EE Maria Regina Demarchi Fanani, em São Bernardo, o salário mensal deve ser conquistado com muito trabalho e suor. "Já pensei em ser jogador de futebol. Ia ganhar dinheiro piscando, mas isso não é certo", disse o garoto, que pretende ser engenheiro civil.
Ele participou ontem do Desafio de Redação, concurso literário promovido pelo Diário. "Não participamos apenas para ganhar. Fazemos (a redação) para aprender como arranjar algo bom e de que gostamos, não apenas que dê dinheiro", afirmou o estudante.
Nesta 5ª edição, dois temas foram propostos. Os alunos que cursam até o 2º ano do Ensino Médio devem escrever sobre as Profissões do Futuro. Para aqueles que estão no 3º ano do Médio, na preparação para o vestibular, o assunto proposto é Profissões do Pré-sal, Indústria do Petróleo e Gás.
O Colégio Singular, no bairro Baeta Neves, também recebeu o concurso literário. A estudante do 2º ano Caterine Zapata, 15, disse que muitas pessoas, para atender à demanda imposta pelo mercado de trabalho, escolhem profissão da qual não gostam. Ela, por enquanto, pensa diferente. Mesmo que o mercado de trabalho já esteja saturado nessa área, a adolescente deseja cursar jornalismo. "Gosto de escrever e de ter visão crítica sobre o mundo", contou. Antes, porém, pretende cursar Economia.
Giovanna Tedesco, 14, fez a redação com tranquilidade na EE Professor Antonio Nascimento, pois diz que adora escrever. Tanto que a profissão de jornalista é a que mais chama sua atenção. "Mas pensar no vestibular me dá mais medo do que escolher profissão."
O processo seletivo já é realidade para Leonardo Matos, 17, que também participou da prova. Apesar da proximidade com o exame, Leonardo afirma se sentir mais ansioso em relação ao futuro profissional do que apenas o vestibular. O aluno pretende atuar na área de tecnologia da informação, decisão tomada com a ajuda de um teste vocacional.
A preocupação com a carreira foi resumida por Beatriz Marinho, 15, outra participante do concurso: "Só quero ter um emprego digno, ganhar dinheiro para viver e fazer algo de que goste." Beatriz também está interessada em seguir na área de tecnologia da informação. (Bruno Martins e Luana Arrais)

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