Nos últimos anos, no Brasil, o Ministério da Cultura, por meio do Programa Cine Mais Cultura, promoveu uma imensa expansão dos chamados espaços alternativos de exibição em todo o país. Em Santa Catarina, por exemplo, há cerca de 60 cineclubes em todo o Estado. A maioria deles surgiu com o compromisso de projetar e debater filmes e, aos poucos, adquiriu equipamentos, espaços adequados, catálogos de filmes e, consequentemente, público.
De acordo com a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana, o fortalecimento do cineclubismo é uma das prioridades da secretaria. “Nós dispomos de um circuito de cineclubes que conta com 1500 espaços alternativos de exibição. Nossa meta é chegar aos 2500 lugares, mas com a qualidade devida e não só para fazer números”, explica.
O próximo passo será contabilizar o público nesses espaços alternativos. Hoje, os números de espectadores do cinema brasileiro não levam em conta informações dos cineclubes. O filme “Terra Deu Terra Come”, vencedor do festival de documentários “É Tudo Verdade” em 2010, somou 2.389 espectadores no circuito de exibição comercial. Quando contabilizado o número de espectadores apenas nos cineclubes que fazem o registro, o longa-metragem alcançou a marca de 14.116 pessoas.
“Há uma demanda por assistir e debater cinema que vai além das grandes salas, principalmente no que se refere à produção independente. Nesses casos, a janela disponível para passar esses filmes é o espaço dos cineclubes”, avalia Reno Caramori Filho, representante catarinense do Conselho Nacional dos Cineclubes.
Texto: Débora Palmeira, Ascom SA
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