Diretora da Ancine participou de encontro em
Dubai e discutiu sobre acordo na área. Produções brasileiras como 'Tropa
de Elite' e 'Histórias que só existem quando lembradas' são conhecidas
na região.
São Paulo – O Brasil vai procurar uma aproximação maior com os Emirados
Árabes Unidos no setor audiovisual e vislumbra a possibilidade de um
acordo com o país na área no futuro. Uma primeira ação nessa direção foi
feita com a participação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) no 3º
Annual Investment Meeting, que ocorreu no mês de maio em Dubai. “Foi um
primeiro passo”, afirmou em entrevista à ANBA a diretora da Ancine,
Rosana Alcântara.
A Ancine integrou, no encontro em Dubai, estande organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com ajuda da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), para apresentar as cadeias produtivas brasileiras. A iniciativa fez parte do Plano Brasil Maior. Além de participar do 3º Annual Investment Meeting, que reúne conferência e feira, ela teve reuniões com representantes da Dubai Film and TV Commission e da Dubai Media City, nas quais foi abordada a possibilidade de acordo com o Brasil no setor audiovisual.
Ainda não há nada alinhavado, porém, e Alcântara acredita que a relação com a região na área é um processo a ser construído. A Dubai Film and TV Commission é a organização que se dedica a atrair filmagens para os Emirados e auxilia essas produções de cinema, televisão, propaganda, entre outras mídias audiovisuais. O Dubai Media City é uma espécie de condomínio destinado a empresas de mídia que oferece uma série de benefícios para quem o integra, inclusive incentivos fiscais.
Segundo Alcântara, nas conversas com essas organizações foi manifestado interesse em conhecer melhor o modelo de produção cinematográfico brasileiro, no qual os filmes são autorais e independentes e o governo participa coordenando os incentivos fiscais e estimulando a produção. “Eles têm interesse na nossa cultura e na nossa forma de organização”, afirma a diretora da Ancine. "A cultura de organização deles é diferente da nossa, eles têm muito interesse sobre o papel do estado como facilitador do processo", diz Alcântara.
Nos Emirados, relata ela, uma das referências que há da produção nacional da área é o filme “Histórias que só existem quando lembradas”, premiado como melhor filme do Festival de Abu Dhabi em 2011. O enredo se desenrola em Jutuomba, cidade do interior do Rio de Janeiro, quando uma fotógrafa mochileira passa pela cidade e se hospeda na casa de uma velha padeira que vive a lembrar do marido morto. Também são conhecidas por lá filmes de grande repercussão como Tropa de Elite, que tem como tema a violência e a atuação da polícia no Rio de Janeiro.
A relação do setor audiovisual brasileiro com a região, porém, está longe do que o país já tem com outras partes do mundo, com os quais há coproduções de filmes. Neste ano, por exemplo, já foram lançados pela Ancine editais com recursos para filmes conjuntos com Portugal, Argentina, Itália e Uruguai. Nestes casos, as produtoras de cada país recebem verbas para executar o projeto. Alcântara não descarta que isso possa ocorrer com países do Oriente no futuro, mas lembra que esse é um caminho que precisa passar primeiro por um tratado entre os países, seguido de outros trâmites legais.
Esse trabalho de produção conjunta, afirma a diretora da Ancine, é um aprendizado sobre uma cultura, uma realidade. Para que ele ocorra, lembra ela, é preciso, além dos esforços e incentivo do governo, uma proximidade entre as produções dos países envolvidos. “Temos interesse, mas é preciso caminhar”, afirma Alcântara, sobre a relação com os Emirados em audiovisual, lembrando que para que esse processo evolua é preciso também reciprocidade de interesse do país árabe.
A Ancine integrou, no encontro em Dubai, estande organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com ajuda da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), para apresentar as cadeias produtivas brasileiras. A iniciativa fez parte do Plano Brasil Maior. Além de participar do 3º Annual Investment Meeting, que reúne conferência e feira, ela teve reuniões com representantes da Dubai Film and TV Commission e da Dubai Media City, nas quais foi abordada a possibilidade de acordo com o Brasil no setor audiovisual.
Ainda não há nada alinhavado, porém, e Alcântara acredita que a relação com a região na área é um processo a ser construído. A Dubai Film and TV Commission é a organização que se dedica a atrair filmagens para os Emirados e auxilia essas produções de cinema, televisão, propaganda, entre outras mídias audiovisuais. O Dubai Media City é uma espécie de condomínio destinado a empresas de mídia que oferece uma série de benefícios para quem o integra, inclusive incentivos fiscais.
Segundo Alcântara, nas conversas com essas organizações foi manifestado interesse em conhecer melhor o modelo de produção cinematográfico brasileiro, no qual os filmes são autorais e independentes e o governo participa coordenando os incentivos fiscais e estimulando a produção. “Eles têm interesse na nossa cultura e na nossa forma de organização”, afirma a diretora da Ancine. "A cultura de organização deles é diferente da nossa, eles têm muito interesse sobre o papel do estado como facilitador do processo", diz Alcântara.
Nos Emirados, relata ela, uma das referências que há da produção nacional da área é o filme “Histórias que só existem quando lembradas”, premiado como melhor filme do Festival de Abu Dhabi em 2011. O enredo se desenrola em Jutuomba, cidade do interior do Rio de Janeiro, quando uma fotógrafa mochileira passa pela cidade e se hospeda na casa de uma velha padeira que vive a lembrar do marido morto. Também são conhecidas por lá filmes de grande repercussão como Tropa de Elite, que tem como tema a violência e a atuação da polícia no Rio de Janeiro.
A relação do setor audiovisual brasileiro com a região, porém, está longe do que o país já tem com outras partes do mundo, com os quais há coproduções de filmes. Neste ano, por exemplo, já foram lançados pela Ancine editais com recursos para filmes conjuntos com Portugal, Argentina, Itália e Uruguai. Nestes casos, as produtoras de cada país recebem verbas para executar o projeto. Alcântara não descarta que isso possa ocorrer com países do Oriente no futuro, mas lembra que esse é um caminho que precisa passar primeiro por um tratado entre os países, seguido de outros trâmites legais.
Esse trabalho de produção conjunta, afirma a diretora da Ancine, é um aprendizado sobre uma cultura, uma realidade. Para que ele ocorra, lembra ela, é preciso, além dos esforços e incentivo do governo, uma proximidade entre as produções dos países envolvidos. “Temos interesse, mas é preciso caminhar”, afirma Alcântara, sobre a relação com os Emirados em audiovisual, lembrando que para que esse processo evolua é preciso também reciprocidade de interesse do país árabe.
fonte:
http://www.anba.com.br/noticia/21149245/artes/brasil-quer-aproximacao-com-emirados-em-cinema/
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