segunda-feira, 20 de maio de 2013

“SP Cine” deve sair do papel





Nas últimas semanas, toda imprensa paulista repercutiu a notícia de que deve ser aprovada até o próximo ano uma agência de fomento a filmes em São Paulo batizada de SP Cine. Apesar do destaque que vem recebendo agora, o projeto foi sugerido há quase 14 anos, pelo então vereador Vicente Cândido.

Após um período de hibernação, a ideia do projeto voltou com força na campanha do atual prefeito, Fernando Haddad. A classe cinematográfica agora se mobiliza para discutir a implementação e futuro da SP Cine. Um dos líderes da movimentação entre o meio audiovisual é Toni Venturi, diretor de filmes como Cabra Cega e Estamos Juntos. Ele espera que a agência de fomento comece seus trabalhos já no segundo semestre de 2014.

Desde que voltou à mídia, a SP Cine é constantemente comparada a Rio Filme que fomenta a produção cinematográfica na capital fluminense. Alguns produtores independentes olham o modelo carioca com desconfiança, pois acreditam que há privilégio de grandes produções em busca de bilheteria. A classe cinematográfica questiona se essa preferência se repetiria em São Paulo. Toni discorda da comparação nesses termos: “A Rio Filme é um modelo para a sociedade imaginar qual é a proposta da SP Cine. Mas é importante lembrar que estamos trabalhando em uma proposta que seja condizente com as demandas do nosso município. Nós não queremos privilegiar ninguém, nós queremos privilegiar e contemplar toda a cadeia do audiovisual” diz.

As possíveis políticas públicas que podem ser atreladas à criação da agência foram discutidas em reunião entre nomes importantes do meio audiovisual com o Prefeito. Estão sendo estudadas propostas para definir como o Cinema será atuante nas periferias, atendendo às necessidades locais. A polêmica questão da distribuição cinematográfica também está na pauta e, segundo Toni Venturi, projetos especiais que tratem do tema estão sendo desenvolvidos. Todas essas ações objetivam o fortalecimento do setor para que no futuro seja possível o desenvolvimento de uma indústria cinematográfica em São Paulo. “Nós queremos conquistar o coração do público com filmes paulistanos. Não queremos ter uma produção voltada apenas para um nicho. Nós queremos ter uma produção condizente com o tamanho da cidade de São Paulo. Contemplar o audiovisual paulistano. Essa é a base de uma futura indústria”, explica Toni.
 
fonte:
http://www.telabr.com.br/noticias/2013/05/16/sp-cine-deve-sair-do-papel/

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