A Doze projetos foram selecionados e submetidos à avaliação para uma formada por profissionais da área, como o diretor Roberto Ribeiros
Após uma semana intensa de conversas, debates, ensinos e trocas de experiências, a oficina de audiovisual ministrada pelo cineasta Victor Lopes no Instituto de Artes do Pará (IAP) foi encerrada nesta sexta-feira (17), com a simulação real de um pitching, momento de convencimento sobre um determinado projeto. Na banca de avaliação estavam realizadores paraenses e representantes de televisões abertas, reunidos com a intenção de absorver as produções audiovisuais apresentadas. Ao todo, doze projetos foram defendidos.
A primeira seleção para defesa ocorreu durante a própria oficina. Dos 30 realizadores inscritos, doze tiveram projetos aprovados para serem trabalhados e defendidos no processo. Ministrada pelo cineasta moçambicano Victor Lopes, a oficina teve como objetivo preparar os profissionais para as várias plataformas de mercado.
Dono de uma consistente carreira no cinema e audiovisual no Brasil desde a década de 1990, Victor visita Belém desde 2006, quando apresentou seu primeiro longa-metragem, “Língua” – vencedor de diversos prêmios internacionais e exibido para mais de 40 países pela TV SIC de Portugal –, além de ministrar oficinas de roteiro e direção. Desta vez, a convite do IAP, o cineasta trouxe a oficina de pitching direcionada especificamente ao profissional atuante no mercado audiovisual paraense.
“Fico sempre honrando por estar somando a esses trabalhos dos profissionais aqui de Belém. Voltar aqui e ver ex-alunos meus, de outras oficinas, já com carreiras consolidadas, é uma imensa alegria”, disse. No processo de construção para a defesa dos projetos, Victor trabalhou em cima de projetos já montados, trazidos pelos participantes. Em uma semana, os realizadores puderam esclarecer melhor cada etapa necessária para a comercialização das ideias.
Como resultado, o IAP montou uma banda examinadora real, que ouviu e debateu os projetos apresentados. Para a presidente da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), Adelaide Oliveira, estar na banca é um momento de grande troca de experiências, “porque a gente consegue ver a capacidade de realização desses produtores, saber o que eles estão pensando e ver o que realmente tem potencial de mercado. Não vamos ‘comprar’ esses produtos, mas sem dúvida a janela de exibição está garantida”, afirmou.
Para o diretor comercial do SBT Pará, Apoena Augusto, o convite veio como “um susto. Nunca tinha sido convidado para um trabalho como este e é muito bom ver que o mercado está maduro, e vejo nisso um momento muito feliz para todos nós”. Apoena afirmou ainda que existe um interesse grande da empresa em absorver os produtos audiovisuais.
Embora a mesa tenha sido uma simulação de pitching, o IAP teve o cuidado de convidar pessoas que realmente são os agentes decisivos nos processos de mercado e exibição audiovisual, propiciando o contato entre o artista e o mercado. Entre os realizadores participantes do pitching, estavam os premiados diretores Roger Elarrat e Roberto Ribeiro, além da produtora executiva Renée Chalu (da Se Rasgum Produções), entre outros.
Também estiveram presentes estudantes do curso de cinema da Universidade Federal do Pará (UFPA) e colaboradores do Museu da Imagem e do Som (MIS). Além da oficina de pitching, Victor Lopes também apresentou seus onze mais representativos trabalhos, com uma mostra cinematográfica no Museu de Arte Sacra (MAS) durante toda a semana. A oficina foi promovida pelo IAP com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
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