sexta-feira, 31 de maio de 2013

O nascimento de uma nação

No final do século XIX, a recém-criada indústria cinematográfica já se configurava como um oligopólio comandado pela chamada Edison Trust, que dominava as patentes de câmeras, projetores e detinha contrato de exclusividade com a Kodak, para utilização da película.

Para fugir do domínio e controle de Thomas Edison, produtores independentes como Carl Laemmle (Universal), William Fox (Twentieth Century Fox) e Adolfph Zukor (Paramount) cruzaram os Estados Unidos rumo à Califórnia, instalando-se num pequeno distrito de Los Angeles, hoje mundialmente conhecido como Hollywood.
O pedágio exigido pelos detentores da propriedade intelectual reduzia a liberdade de criação e as possibilidades de ganho daqueles que empreendiam um novo negócio, que ajudou a transformar a América no celeiro da criatividade e do entretenimento no início do século XX.
Compreender esse momento histórico da formação da indústria faz-se necessário, pois vivemos hoje uma situação similar. Uma nova indústria cultural (digital) baseada no fluxo da informação gerada pelos usuários, se contrapõe ao modelo proprietário tradicional (analógico).
Em Empire of Their Own, Neal Gabler aponta como judeus do leste europeu se unem para inventar o american way of life, de moral protestante e peculiar senso de superioridade. Empreendedores como os irmãos Warner, Louis B. Mayer e Walt Disney já faziam parte desse grupo.
O novo padrão comportamental dos povos oriundos da recém-constituída revolução industrial exigia lazer, distração, entretenimento. Algo que desviasse o trabalhador de sua condição de máquina. Que o fizesse sonhar, se descolar da dura realidade, como a personagem de A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen. Deslocada de sua vida cotidiana, marcada por violência doméstica e sua recém adquirida condição de desempregada, ela embarca em repetidas sessões de cinema, que a fazem embarcar em delírio esquizofrênico.
O negócio de Hollywood era simples. Baseava no aluguel de uma poltrona, dentro de uma sala escura, por algumas horas. Ali dentro, seu cérebro seria capturado pelo olhar fixo a uma tela gigante de ecrã. Os trabalhadores sucumbiam a uma hiper-realidade simulada, um feixe de luz nas trevas da cotidianidade.
Aos poucos o cidadão médio norte-americano tornava-se dependente daquele momento entorpecedor de lazer. Os nickelodeons conquistaram a América e traziam consigo um novo, e não menos rentável, negócio: o estúdio.
Enquanto as patentes de Edison foram perdendo efeito, o negócio do cinema se transformava e ganhava vulto dentro dos Estados Unidos, transformando-se em seguida, em ponta de lança para ocupação do espaço simbólico internacional, ainda no entre-guerras.
Com uma logística complexa, os estúdios fabricavam sonhos em linha de produção. Artistas assalariados gravavam até três filmes em uma única semana. Esses filmes eram logo transportados para todo o país, e depois para o mundo, em forma de rodízio. Nos anos 30, as salas de cinema já exibiam uma nova atração a cada semana. Cartazes antecipavam a atração da semana seguinte. Atores e atrizes tornavam-se estrelas.
Desejo, sensualidade, volúpia. Um mercado em ebulição forçou a prática da concorrência entre os pioneiros da sétima arte, obrigando-os a apelar para o ousado em busca de audiência. Protestantes exigiam uma nova moral para a grande tela e o governo ameaçou intervir.
A Motion Pictures Association of America surge em 1925 para exercer, entre os estúdios, uma espécie de autorregulação moral, publicada em forma do chamado “código Hayes”, com regras explícitas e pormenorizadas de como o comportamento sexual, o respeito à família e às instituições deveriam ser retratados nos milhares de ecrãs espalhados de leste a oeste do país.
Os códigos morais que forjaram a América, seu projeto nacionalista e imperialista formam-se de maneira inequívoca a partir da união da indústria cinematográfica, e desta com o Estado. Os efeitos de uma nova política de construção simbólica foram determinantes no âmbito interno dos Estados Unidos.
O Nascimento de uma nação, de D.W.Griffith, de 1915, é um épico sobre a formação do Estado norte-americano. Entre outras questões, o filme difunde o racismo de maneira plausível e explícita e está entre as primeiras colaborações da assessoria técnica do Pentágono com Hollywood.
Os Estados Unidos passaram a utilizar o cinema como meio de difusão de valores, conquista de mercado para suas indústrias e consolidação de uma supremacia cultural baseada no consumo. Firma-se no imaginário universal como nação mais forte, a partir de sua força bélica e da exaustiva autorreferência como solução para os grandes problemas da humanidade.
Em 1927 o Departamento de Defesa já contava com um escritório específico para tratar de produções hollywoodianas, e contribui com Wings, de William Wellman. “É nosso interesse participar da produção de filmes”, assume Philip Strub, assessor especial de mídia e entretenimento do Pentágono. Nessa época, o cinema de Hollywood já ocupava 95% do tempo de projeção na Inglaterra, 70% na França e 68% na Itália.
Um dispositivo do Sherman AntiTrust Act, de 1890, garantia a legalidade de cartéis norte-americanos formados além-mar. Para dar vazão ao espírito nacionalista da indústria, a palavra “Export” foi acrescentada na MPA, tornando-se, a partir de 1946, em Motion Pictures Export Association of America (MPEAA).
Comumente apelidada de “Pequeno Departamento de Estado” ou “Ministério do Exterior”, a MPEAA seguia conquistando mercados, assinando acordos e aplicando leis favoráveis à indústria, atuando como representante oficial do Estado norte-americano em outros países. Segundo Eric Johnston, o primeiro presidente da organização:
Nossos filmes representam cerca de 60% do tempo de projeção nos países estrangeiros. Se um desses países tentam nos impor restrições, procuro o Ministro da Fazenda e lhe mostro, sem ameaças, que simplesmente nossos filmes mantêm abertas mais da metade das salas. Isso proporciona empregos e, portanto, constitui um apoio considerável para a economia do país, qualquer que ele seja. Lembro também ao Ministro da Fazenda os impostos que estas salas representam. Caso o ministro não queira entender esses argumentos, ainda posso utilizar outros meios adequados. (HENNEBELLE, Guy – 1978)

Enquanto Walt Disney modificava de maneira definitiva o modelo de negócios dos grandes estúdios, a partir do licenciamento da imagem de Mickey Mouse para uma indústria de relógios, víamos a América curvar-se à televisão. A partir desse momento, cada conteúdo produzido passou a ser tratado pela própria indústria como uma franquia, a ser difundido e utilizado nos mais variados suportes: bonecos, roupas, brinquedos, acessórios. A propriedade intelectual deixou de ser o grande vilão dos estúdios para se tornar em principal aliado.
Edward Jay Epstein, em “O Grande filme”, nos conta como o a televisão passou de ameaça a grande aliada do poder concentrador dos grandes estúdios. Para ser major já não bastava ter o estúdio, as salas de exibição e o sistema de distribuição. Era preciso também ter uma grande cadeia de televisão, emissoras de rádio, jornais e revistas, além de um braço na indústria fonográfica. As franquias ganhavam força em múltiplas plataformas. Um conteúdo poderia ser vendido em salas de cinema, home-video, TV aberta, por assinatura, CDs, videogames. Tudo o que ameaçava a indústria, num primeiro momento, acabou por se transformar, logo adiante, em forte aliado. Ou simplesmente era incorporado, ampliando os tentáculos dos conglomerados.
O controle e o poder do oligopólio representado pela Motion Pictures Association passou a abarcar todo o território midiático mundial. Eram tempos de Plano Marshall, da crença no Estado mínimo, supremacia do mercado sobre os Estados nacionais, do culto à Primeira Emenda.
Legislações locais dos países sob influência desse oligopólio, a exemplo da França e Espanha e do próprio EUA, estão em pleno processo de recrudescimento da regulação interna em relação à propriedade intelectual em favor da indústria dominante. O mesmo ocorre no Brasil e vários outros países em todos os continentes. A resistência de grupos sociais, ONGs e partidos políticos tentam conter seu onipresente lobby.
No campo político, o desenfreado processo de globalização dita uma nova ordem social. A condição supranacional da indústria cultural atual amplia sua presença a outras esferas da sociedade, dialogando com os interesses do grande capital, sobretudo da indústria financeira em crise.
A convergência das mídias altera de maneira significativa a maneira como o cidadão comum lida com os conteúdos culturais. Clay Shirky, acrescenta, em seu livro “Cognitive Surplus”, sobre uma mudança de padrão de consumo cultural, criando uma nova cultura da participação. A atitude passiva diante do sofá em frente ao aparelho de TV seria abandonada.
De simples espectadores fomos alçados à condição de mídia. Gilles Lipovetsky, descreve em “A cultura-mundo” a alteração do paradigma do mass-media para o self-media. Novos players contrapõem de maneira significativa o poder da indústria cultural tradicional, inventando novas maneiras de produzir, distribuir e fruir conteúdos, ideias e criações. No documentário Ctrl-V, Lipovetsky fala de dois ambientes paralelos. Um da democratização do acesso e produção de conteúdos e outro, do mercado, cada vez mais dominado por Hollywood, e que ocupará cada vez mais as redes e teles onipresentes na sociedade contemporânea. O autor fala em uma ecanocracia, ou uma democracia do ecrã.
Assim como o oligopólio da Edison Trust sucumbiu ao novo poder do Hollywood, alterando definitivamente a feição da indústria cultural, do modelo industrial para o criativo, estamos diante de um novo processo que poderá desencadear numa mudança radical da lógica e da estrutura da indústria cultural global.
Esse fenômeno veio acompanhado de uma discussão que ganhou bastante relevância no âmbito da Unesco, organização das Nações Unidas para educação, ciências e cultura, que promulgou recentemente uma Convenção internacional sobre a Diversidade Cultural. Sob o poder de fogo dos EUA, foi aprovada por 148 votos a favor, contra apenas 2 votos (EUA e Israel). O documento apresenta mecanismos locais e internacionais para conter o preocupante domínio do espaço simbólico global, controlado pelas majors.
Infelizmente, não teve muito efeito e aplicabilidade fora da Unesco, sobretudo na Organização Mundial do Comércio, onde teria condições de estabelecer um maior equilíbrio no comércio mundial de bens de valor simbólico.
Entre os aliados desse movimento de resistência estão as empresas de Internet, como Google e Facebook, que muito se assemelham pelo espírito de aventura e frescor das ideias aos primeiros empreendedores do cinema hollywoodiano. Pela tangente, correm as empresas de telefonia, que ofertam a infraestrutura necessária para o surgimento dessa nova indústria cultural: digital, participativa e não-proprietária, apenas no sentido dos direitos autorais dos produtores de conteúdos, pois seus sistemas são muito bem protegidos.
Os movimentos de cidadania cultural organizados em torno do livre acesso ao conhecimento e da cultura participativa contrapõem de forma incisiva o poder das majors e buscam a flexibilização do copyright. Em tese, essas demandas por democracia cultural ampliariam as formas de produção e participação dos ambientes simbólicos locais, influenciando na promoção da diversidade cultural em âmbito global.
O contraponto desse movimento, que parece crescer e se consolidar, é a ampliação dos tentáculos das majors ao espaço cibernético, arquitetando novas estratégicas e produções em formatos transmídia e multiplataforma, ocupando cada uma das telas e redes presentes em nosso convívio diário e ampliando ainda mais o domínio de 86% do mercado audiovisual global com audiência (convertida em receita publicitária) ou bônus de propriedade intelectual.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um conto chinês




Salta aos olhos de qualquer cinéfilo a inabalável buena onda pela qual passa o cinema argentino desde a década de 90. Com produções sofisticadas, a despeito das constantes limitações orçamentárias que enfrentam, de modo geral, os cinemas do eixo sul do planeta, os hermanos vêm se destacando de maneira absolutamente genuína e constante na sétima arte. Fruto dessa safra, “Um conto chinês”, de Sebastián Borenzstein, mostra em seus 93 minutos como contar uma ótima história. O diretor, que também assina o roteiro, possui ampla experiência em séries televisivas e em publicidade, mas não decepciona na linguagem cinematográfica, mostrando uma direção bastante segura, desafiadora e autêntica, e que nos permite uma provocação ao lado de cá, sobre como podem os rodados “diretores de tv” experimentarem algo diferente da convencional transposição de histórias televisivas para o formato cinematográfico.
O filme trata da história do comerciante Roberto De Cesare, – interpretado pelo excelente Ricardo Darín (daqueles atores que nos oferecem uma aula de interpretação e empatia a cada novo filme) – que, obcecado por uma rigidez impreterível na rotina, cronometrada entre cuidar da loja de ferragens , visitar o túmulo dos pais e colecionar casos de mortes bizarras em jornais dos mais diferentes lugares do mundo, tem seu cotidiano absolutamente modificado quando encontra inesperadamente o chinês Jun (Ignacio Huang), que é arremessado a sua frente de um táxi e se encontra completamente perdido por Buenos Aires, sem falar uma única palavra em espanhol. Roberto passa então a auxilia-lo na busca por seu ta puo (tio), que possivelmente estaria na Argentina.
A comédia ganha força na metalinguagem proposta pelo diretor. De modo geral, o filme explora um filosófico jogo que trata da absurda contrariedade em se estabelecer algum sentido nas coisas do mundo – que é demonstrado, sobretudo, nos bizarros e tragicômicos casos de morte em jornais colecionados pelo desencantado Roberto – na mesma medida em que é a própria história bizarra vivenciada pelos protagonistas que curiosamente passará a atribuir um novo sentido à vida de ambos. Os dois personagens passaram por enormes tragédias familiares (e cada qual absurda a seu modo), e é a forma como cada um vai lidar com o luto – Jun se jogando rumo ao completamente desconhecido e Roberto se resguardando no seu peculiar conforto – que traz à tona a incrível sutileza poética dessa obra. Nesse “sentido”, o fato do filme ser “basado en hechos reales” (como somos advertidos no início da película quando uma tragédia acontece na vida de Jun), que causaria um certo espanto dada a sucessão de acontecimentos surreais, pouco importa, já que a intensidade das questões levantadas tem uma uma penetrabilidade em cotidianos diversos.
O sentido, ou ausência dele (que propriamente configura algum sentido), que se pode buscar na inevitável e risonha morte, nas insólitas tramas da vida, na tragicomédia cotidiana, nos faz rir junto com os personagens e, ainda que se trate de uma narrativa clássica, nos restam ao final do filme, mais perguntas do que respostas.
Afinal, que sentido faz a vida? E se faz algum, qual seria?

colaboração e fonte:
Caio Lazaneo (caio@artmafilmes.com)

terça-feira, 28 de maio de 2013

História, interpretação e leis do audiovisual são temas de oficinas

As oficinas dessa sexta-feira, 24 de maio, foram de extrema importância para ajudar os alunos a adquirirem conhecimentos no que se refere à história do audiovisual no Brasil, a importância de pesquisa e técnicas para dirigir o elenco de um filme, bem como o conhecimento sobre as leis que direcionam a formas corretas de gravar um vídeo, até onde vai o direito dos que gravam e dos que são gravados.


Prática de Direção de Atores
Prática de Direção de Atores
 Por Kamila Katrine


A primeira oficina do dia foi a de Noções do audiovisual brasileiro em que o oficineiro Orlando Junior explorou a história da TV no Brasil, desde sua chegada pelas mãos do empresário e jornalista Assis Chateaubriand, passando pelas produtoras que marcaram nosso país e a abordagem sobre as leis de incentivo a cultura.
Após, iniciou-se a aula prática de Direção de Atores com o ator e diretor Fernando Mercês. A partir de técnicas de como decorar um texto, o oficineiro citou os passos a se tornar um diretor de cinema, como, por exemplo, descristalizar o ator e orientá-lo para o que o roteiro quer apresentar e o uso das emoções (raiva, tristeza, felicidade) para acrescentar na caracterização de um personagem. A oficina finalizou com uma atividade prática realizada por dois alunos interpretando o trecho de uma obra, onde o oficineiro procurou mostrar a etapa para construção do personagem, obedecendo ao contexto da obra, os movimentos e as melhores formas de expressão para aquela cena.
A última oficina do dia foi Direitos Autorais, ministrada pelo advogado Rodrigo Quirino, que explicou aos alunos formas de proteção jurídica sobre o conteúdo de determinado produto (músicas, obras artísticas, videogames, livros e filmes), os direitos exclusivos de controle, envio e compartilhamento de conteúdo pela internet, como registrar os vídeos, como serão produzidos, a necessidade de investigar o desenvolvimento da produção de uma obra.
O Projeto Paraíba Cine Senhor BNB/BNDES 4 é patrocinado pelo Banco do Nordeste em parceria com o BNDES. É realizado pela Empresa de Serviços Culturais (EMSERC), pela Associação Castelo Audiovisual e pelas prefeituras das cidades de Itabaiana e Aparecida, contando com o apoio institucional do Governo do Estado através do DETRAN e da Polícia Militar, que disponibilizou para o projeto o PROERD – Programa Estadual de Resistência às Drogas. O projeto ainda conta com o apoio cultural do Projeto Cinema BR em Movimento, do Jornal da Paraíba, do ponto de cultura Cantiga de Ninar e da Acauã Produções Culturais e do Jornal A União.

Filmes produzidos na região Norte são exibidos em Roraima


IV Mostra de Cinema da Amazônia exibe 44 produções audiovisuais.
Evento ocorre no Palácio da Cultura até o próximo dia 29 de maio.


As exibições ocorrem na Videoteca do Palácio da Cultura Nenê Macaggi (Foto: Érico Veríssimo)As exibições ocorrem na Videoteca do Palácio da Cultura Nenê Macaggi (Foto: Pablo Felippe )
A produção audiovisual da região Norte é tema da IV Mostra de Cinema da Amazônia, que segue até o próximo dia 29 de maio, no Palácio da Cultura Nenê Macaggi, localizado no Centro Cívio de Boa Vista. O local está sediando a exibição de 44 filmes feitos na região amazônica, além do debate ‘Os desafios e as experiências cinematográficas do audiovisual em Roraima’, transmitido ao vivo pela internet.
Nos seus quase 10 anos de existência, a Mostra de Cinema da Amazônia já passou por 14 cidades e cinco países. Esta quarta edição acontece no Brasil e Europa, o que irá totalizar 60 dias de debates, encontros, fóruns e exibições de curtas, médias, documentários e animações.
Em Roraima, o evento teve início na segunda-feira (27), às 16h, na Videoteca do Palácio da Cultura, com a #POSTV, debate transmitido ao vivo pela internet com o tema ‘Os desafios e as experiências cinematográficas do audiovisual em Roraima’, que terá a participação de Éder Rodrigues, Márcio Sergino e Alex Pizano.
Nesta terça-feira (28) e quarta-feira (29), a Mostra continua com a exibição dos 44 filmes escolhidos para o evento. Entre as produções estão curtas e médias de ficção, documentários e animações vindos do Amazonas, Rondônia, Pará, Amapá, Acre e Roraima. As exibições irão acontecer na Videoteca do Palácio da Cultura e serão divididas em três sessões por dia, das 9h às 11h, das 15h às 17h e das 19 às 21h. Tudo com entrada franca.
Os representantes roraimenses na IV Mostra de Cinema da Amazônia são os filmes 'Mestre dos Nossos Saberes', de Cláudio Lavôr e Márcio Sergino, 'Nas Trilhas de Macunaima', de Thiago Briglia, e 'O Último Lamento', de Alex Pizano.
Serviço
IV Mostra de Cinema da Amazônia
ONDE: Videoteca do Palácio da Cultura
QUANDO: 27 a 29 de maio
SESSÕES: 9h às 11h, das 15h às 17h e das 19 às 21h
QUANTO: Entrada franca
INFORMAÇÕES: (95) 8115-4400 / endereço eletrônico


fonte:
http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2013/05/filmes-produzidos-na-regiao-norte-sao-exibidos-em-roraima.html

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Congresso de Cultura Viva pauta integração do cinema latino


“Não consumimos 98% do cinema que produzimos”, disse o boliviano Marcelo Cordeiro, da Red Microcines, durante o debate sobre o cinema latino-americano, em La Paz, Bolívia, nos marcos do 1º Congresso de Cultura Viva Comunitária. O evento ocorreu no domingo (19).

Por Carla Santos*




fotos: divulgação Congresso Latino-americano De Cultura Viva Comunitaria

Para a brasileira Rosana Alcântara, diretora da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o caminho para o fortalecimento do audiovisual passa por acordos de cooperação no continente e maior institucionalização de políticas para o setor em cada país.

Cineastas, produtores, artistas, empresários e gestores culturais de diversos países prestigiaram a mesa “Políticas continentais de cooperação e fomento da produção e exibição audiovisual: a formação de novos circuitos a partir das redes culturais independentes”. A busca por propostas concretas para impulsionar a produção e a circulação de obras pelo continente foi o centro das discussões.

A experiência da Ancine impressionou a diretora executiva da Cinemateca Boliviana, Mela Márquez. “Diferente do Brasil, nosso país ainda tem uma visão muito limitada sobre a indústria do audiovisual. Temos poucas leis que regulamentam e fomentam o setor e também pouco diálogo com o governo sobre propostas para a área. A presença da Ancine neste debate renova nosso fôlego e aponta novas possibilidades para superarmos estes obstáculos.”

O cineasta boliviano Diego Mondaca destacou que “fazer cinema na Bolívia é muito mais barato do que fazer cinema em outros países da América Latina”. No Estado Plurinacional presidido pelo indígena Evo Morales um real vale quase três bolivianos, a moeda local. “Além disso, nossas taxas e impostos são mais favoráveis para grandes produções do que as taxas e impostos de outros países.”

Diversos vídeos foram exibidos durantes o debate que abriu a Mostra de Cinema do 1º Congresso de Cultura Viva Comunitária. Trechos de documentários produzidos pelo Grupo Chaski foram comentados por Joseph Neyra Ramírez, membro da Red de Microcines do Peru. Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do rio de Janeiro), falou sobre a experiência comunitária do audiovisual e também exibiu trechos de uma série de vídeos produzidos por pontos de cultura de todo Brasil.


A programação da Mostra de Cinema contou com um panorama histórico do cinema boliviano e latino-americano, além de diversos curtas e longas metragens produzidos por redes, ações e cineastas de pontos de cultura e comunidades de diversos países.

O 1º Congresso de Cultura Viva Comunitária reuniu cerca de 1,5 mil participantes de 17 países. Inúmeros eventos culturais tomaram a cidade de La Paz ao longo do evento realizado de 17 a 22 de maio. Além da Mostra de Cinema, foram realizados um encontro de gestores públicos e outro de universidades. Entre as ações do congresso esteve a criação de um Parlamento Latino-Americana de Cultura Viva Comunitária. A deputada federal brasileira Jandira Feghali (PCdoB/RJ) coordena o processo de articulação do parlamento.

* Carla Santos é jornalista, formada em Letras na Usp e trabalha na Ancine. Texto produzido pela Comunicação Compartilhada do 1º Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária

fonte:
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=7&id_noticia=214339

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Moda brasileira no Festival de Cinema de Cannes


Na última sexta-feira (17/05), marcas brasileiras desfilaram suas coleções de moda praia durante o Movimento Brasil, evento paralelo realizado pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e o Siaesp (Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo) no Festival de Cinema de Cannes. A ação busca levar a cultura e os produtos brasileiros ao evento, desfrutando da visibilidade e dos holofotes que estarão na cidade francesa.

Realizado pelo Texbrasil – (Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira), desenvolvido pela Abit em parceria com a Agência – e pela Abest (Associação Brasileira de Estilistas), o desfile contou com a participação de 15 marcas: Alessa, Limonada, Blue Man, Lybethras, Victor Dzenk, Água de Coco, Alór, Brigitte, Cecilia Prado Mare, Ellis beachwear, Iodice, Jo de Mer, Lenny, Loér, Melt Swim, Remalola, Sinesia Karol e Triya. As entidades fazem parte do grupo de instituições que compõem a marca de internacionalização da moda brasileira, Brasil Fashion System.

FESTIVAL




As empresas selecionadas pelo Programa e que desfilaram na ocasião, fazem parte do grupo premium Texbrasil Design. “Moda e cinema representam o estilo de um país com a mesma propriedade. Desta forma, faz sentido promovermos os dois universos em conjunto, um potencializando o outro”, comenta Evilásio Miranda, gerente do núcleo de moda e design do Texbrasil.

Fonte: TexBrasil

terça-feira, 21 de maio de 2013

Kiseki Japão, 2011, cor, digital, 128’ direção: Hirokazu Kore-Eda elenco: Koki Maeda, Ohshirô Maeda, Ryôga Hayashi, Cara Uchida, Kanna Hashimoto sinopse: No Japão, na ilha de Kyushu, dois irmãos vivem separados após o...

sessão-debate: Corpo e Infância
com Julio Roberto Groppa Aquino (FE-USP)
quarta-feira, 22 de maio, 19h00, no CINUSP

Realizado em parceria com o Centro de Estudos Socioculturais do Departamento de Pedagogia do Movimento Humano da EEFE-USP, o projeto permanente CINEMA E CORPO apresenta nesta quarta-feira sessão seguida de debate do filme:

O QUE EU MAIS DESEJO
Kiseki
Japão, 2011, cor, digital, 128’
direção:  Hirokazu Kore-Eda
elenco: Koki Maeda, Ohshirô Maeda, Ryôga Hayashi, Cara Uchida, Kanna Hashimoto
sinopse: No Japão, na ilha de Kyushu, dois irmãos vivem separados após o divórcio de seus pais. Koichi, o mais velho, de 12 anos, mora com sua mãe no sul da ilha e seu irmão mais novo, Ryunosuke, com o pai no norte da ilha. O que o irmão mais velho deseja, acima de tudo, é que sua família viva junta novamente. Por isso, quando escuta de um amigo da escola a história de que um desejo pode ser realizado se feito no momento em que dois trens-bala se cruzam, ele decide organizar uma viagem secreta até o ponto de intersecção dos trens, onde o milagre poderá acontecer.
classificação indicativa: Livre
22.05 qua 19h00 | sessão seguida de debate
 
palestrante: JULIO ROBERTO GROPPA AQUINO
Professor Livre-docente da Faculdade de Educação da USP, Doutor em Psicologia Escolar pelo Instituto de Psicologia da USP e Pós-doutor pela Universidade de Barcelona.

acompanhe a programação do Cinema & Corpo: http://cinemacorpo.blogspot.com.br
 
 
 
CINUSP Paulo Emílio
Rua do Anfiteatro, 181 – Colmeia, Favo 04
Cidade Universitária – São Paulo – SP
Entrada Franca
100 lugares
Fone: 11-3091-3540
Fax: 11-3091-3364
cinusp@usp.br

Museu Alemão do Cinema: história, festivais e mostras

Retrospectivas de nomes importantes do cinema, exposições para o público infantil e mostras históricas permanentes são pilares do Museu Alemão do Cinema. Em outubro, mostra Kubrick, concebida pelo Museu, chega ao Brasil.
O Instituto Alemão do Cinema foi fundado no pós-guerra, mais precisamente em 1949, sendo a instituição de pesquisa voltada para o cinema mais antiga do país. Ao lado do Arquivo Nacional/Arquivo do Cinema e da Fundação Cinemateca Alemã, ambos sediados em Berlim, o Instituto Alemão do Cinema, localizado em Frankfurt e Wiesbaden, desempenha a função equivalente a uma cinemateca central na Alemanha.
Além de manter um grande arquivo e uma biblioteca e ser responsável por dois festivais já tradicionais – um de filmes infantis (Lucas) e outro dedicado à cinematografia do Leste Europeu (goEast) – o Instituto Alemão do Cinema é desde 2006 a instituição responsável por gerenciar o Museu Alemão do Cinema, em Frankfurt.
Em dois andares e aproximadamente 800 metros quadrados, o museu expõe peças históricas relacionadas à história do cinema, com seções que destacam aspectos como o voyeurismo, o movimento, a gravação e a projeção. A ideia é explicar aos visitantes, muitos deles em idade escolar, como as imagens foram construídas através da luz desde os séculos 18 e 19.
Fascínio em reproduzir a realidade
A história da imagem em movimento, que já existia muito antes do advento do cinema através do zootrópio ou do flip book (o livro animado), por exemplo, é recontada no museu através de objetos antigos. O fascínio que a reprodução da realidade exerce é outro aspecto lembrado pelo museu, que remete aqui à história da fotografia. Mais adiante, a mostra histórica resgata os nomes dos precursores da sétima arte, como Etienne-Jules Marey e os Irmãos Lumière.
Museu Alemão do Cinema, em Frankfurt
A exposição contém uma réplica do cinematógrafo dos Lumière. E para encerrar a seção dedicada à origem do cinema, o museu exibe películas antigas e raras, bem como curiosidades encontradas em arquivos – não apenas assinadas por precursores conhecidos, mas também por autores anônimos, como é o caso, por exemplo, do primeiro filme rodado em Frankfurt.
Narrativa, som e montagem
Outra grande seção é dedicada à narrativa cinematográfica, com o intuito de mostrar que "o efeito de um filme não depende do que ele mostra, mas sim de como ele mostra". Uma instalação projetada em quatro grandes telas apresenta ao visitante trechos de filmes importantes da história do cinema.
No espaço voltado para o som, o observador pode mudar a trilha sonora de determinadas trechos de filmes, a fim de experimentar diretamente como a música influencia na construção narrativa da cena. Já o capítulo "montagem" é ilustrado, entre outros, com o storyboard original da famosa cena do chuveiro de Psicose, de Alfred Hitchcock, a fim de salientar como, através da junção de diversas tomadas, é possível contar uma história que não é mostrada explicitamente.
Proposta pedagógica
Uma das singularidades do Museu Alemão do Cinema está em suas atividades voltadas para o público infantil, bem como para jovens e professores. A proposta pedagógica inclui mostras de filmes no cinema anexo ao museu, com sessões comentadas e análise de filmes. Tais seminários de discussão são abertos a interessados de qualquer idade.
Adultos e criancas aprendem com sessões comentadas e análise de filmes
Coleções e acervos
Para além do museu em si, o Instituto Alemão do Cinema mantém, tanto no prédio que abriga o Museu do Cinema, quanto no Arquivo na cidade vizinha de Wiesbaden, acervos de filmes, fotografias, objetos, cartazes e textos escritos, além de um arquivo musical e uma biblioteca. Só de filmes são mais de 20 mil películas de ficção e documentário, entre curtas e longas.
Parte deste material é sempre reutilizado nas mostras do Museu do Cinema, tornando-se assim acessível a um público amplo. Responsável por administrar acervos importantes, como por exemplo os dos cineastas Volker Schlöndorff e Romuald Karmakar, o museu tem em suas coleções alguns pontos fortes: o filme de vanguarda, animações e obras do Novo Cinema Alemão, bem como filmes alemães anteriores a 1945.
Seção dedicada à narrativa cinematográfica: compreendendo como se conta uma história
"Os filmes de vanguarda e animação sempre foram para nós um fundo central da coleção. De forma que estão no arquivo diversas obras de Lotte Reininger e de Oskar Fischinger, por exemplo", afirmam os responsáveis pelo arquivo. Os trabalhos de restauração, assumidos pelo próprio Instituto, são neste contexto de extrema relevância. "Do longa de animação A aventura do príncipe Achmed (1924-26), de Lotte Reininger, ou de Hamlet, de Sven Gade (1920), foram feitas várias cópias para empréstimo após a restauração", salientam os responsáveis.
Da cinematografia brasileira, o museu guarda pouca coisa em seus acervos. São apenas cinco longas de ficção (entre eles O cangaceiro, de Lima Barreto; O pagador de promessas, de Anselmo Duarte, e Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos), algumas poucas coproduções e um número mínimo de documentários sobre o país.
Kubrik a caminho do Brasil
Em 2004, o Museu Alemão do Cinema criou uma mostra especial sobre o cineasta Stanley Kubrick (1928-1999), que foi exibida em Frankfurt e um ano depois em Berlim. Desde então a exposição passou pela Austrália, Bélgica, Itália, França, Holanda e encontra-se atualmente nos EUA. Em outubro próximo, ela chegará ao Brasil, quando poderá ser vista no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.
Para desenvolver o conceito da mostra, os funcionários do Arquivo do Museu do Cinema passaram oito meses analisando o acervo do cineasta norte-americano em St. Albans, perto de Londres, em cooperação com a viúva do diretor, a alemã Christiane Kubrick.
O diretor Stanley Kubrick: obra revisitada em mostra do Museu Alemão do Cinema
Em espaços guiados por citações do cineasta, a mostra inclui estações de áudio e vídeo, com instalações, depoimentos de pessoas ligadas ao diretor, fotografias e filmes. Os pilares da mostra seguem os temas centrais da obra de Kubrick. Sua ligação intensa com a arquitetura, o design e as artes plásticas é ressaltada sobretudo nas seções da exposição dedicadas a Laranja Mecânica e 2001 – uma Odisseia no Espaço.

fonte:

DW.DE

segunda-feira, 20 de maio de 2013

“SP Cine” deve sair do papel





Nas últimas semanas, toda imprensa paulista repercutiu a notícia de que deve ser aprovada até o próximo ano uma agência de fomento a filmes em São Paulo batizada de SP Cine. Apesar do destaque que vem recebendo agora, o projeto foi sugerido há quase 14 anos, pelo então vereador Vicente Cândido.

Após um período de hibernação, a ideia do projeto voltou com força na campanha do atual prefeito, Fernando Haddad. A classe cinematográfica agora se mobiliza para discutir a implementação e futuro da SP Cine. Um dos líderes da movimentação entre o meio audiovisual é Toni Venturi, diretor de filmes como Cabra Cega e Estamos Juntos. Ele espera que a agência de fomento comece seus trabalhos já no segundo semestre de 2014.

Desde que voltou à mídia, a SP Cine é constantemente comparada a Rio Filme que fomenta a produção cinematográfica na capital fluminense. Alguns produtores independentes olham o modelo carioca com desconfiança, pois acreditam que há privilégio de grandes produções em busca de bilheteria. A classe cinematográfica questiona se essa preferência se repetiria em São Paulo. Toni discorda da comparação nesses termos: “A Rio Filme é um modelo para a sociedade imaginar qual é a proposta da SP Cine. Mas é importante lembrar que estamos trabalhando em uma proposta que seja condizente com as demandas do nosso município. Nós não queremos privilegiar ninguém, nós queremos privilegiar e contemplar toda a cadeia do audiovisual” diz.

As possíveis políticas públicas que podem ser atreladas à criação da agência foram discutidas em reunião entre nomes importantes do meio audiovisual com o Prefeito. Estão sendo estudadas propostas para definir como o Cinema será atuante nas periferias, atendendo às necessidades locais. A polêmica questão da distribuição cinematográfica também está na pauta e, segundo Toni Venturi, projetos especiais que tratem do tema estão sendo desenvolvidos. Todas essas ações objetivam o fortalecimento do setor para que no futuro seja possível o desenvolvimento de uma indústria cinematográfica em São Paulo. “Nós queremos conquistar o coração do público com filmes paulistanos. Não queremos ter uma produção voltada apenas para um nicho. Nós queremos ter uma produção condizente com o tamanho da cidade de São Paulo. Contemplar o audiovisual paulistano. Essa é a base de uma futura indústria”, explica Toni.
 
fonte:
http://www.telabr.com.br/noticias/2013/05/16/sp-cine-deve-sair-do-papel/

sábado, 18 de maio de 2013

Prefeitura de Maceió lança edital de apoio à produção audiovisual



A iniciativa investirá R$ 150 mil na produção de curtas de realizadores residentes ou domiciliados na cidade. As inscrições vão até 21 de junho


Prefeitura de Maceió, por meio daFundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), lançou no último dia 10 o edital de incentivo à produção audiovisual. A ação tem o objetivo de estimular a atividade audiovisual na capital alagoana e possibilitar a produção de conteúdo para Mostra Sururu 2013, evento que visa promover o cinema produzido no estado. As inscrições podem ser efetuadas até o dia 21 de junho, na sede da FMAC.

Até cinco projetos de realização de filmes em curta-metragem serão contemplados pelo edital com o Prêmio Guilherme Rogato, no valor total de R$ 150 mil, destinado à produção de cinco curtas-metragens com duração entre 10 e 25 minutos, realizados por produtores residentes ou domiciliados em Maceió. O documento prevê a realização de obras de ficção, documentário, animação e linguagem híbrida (experimental, vídeoarte, filme-ensaio e novas mídias). O nome do prêmio presta homenagem ao precursor do cinema em Alagoas, Guilherme Rogato, imigrante italiano responsável pelas primeiras filmagens no estado, em 1921.

Os interessados em participar devem baixar o edital e os formulários de inscrição relativos ao concurso no site da prefeitura de Maceió até 20 de junho, e enviá-los preenchidos, juntamente com os documentos solicitados, para a sede da FMAC.

O processo seletivo terá duas etapas: a primeira, eliminatória, consiste na submissão das propostas; a segunda, classificatória, acontece após a verificação de conformidade com os critérios estipulados no edital. Para maiores informações, acesse o site da Prefeitura de Maceió.


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oficina de audiovisual ministrada pelo cineasta Victor Lopes no Instituto de Artes do Pará



A Doze projetos foram selecionados e submetidos à avaliação para uma formada por profissionais da área, como o diretor Roberto Ribeiros

Após uma semana intensa de conversas, debates, ensinos e trocas de experiências, a oficina de audiovisual ministrada pelo cineasta Victor Lopes no Instituto de Artes do Pará (IAP) foi encerrada nesta sexta-feira (17), com a simulação real de um pitching, momento de convencimento sobre um determinado projeto. Na banca de avaliação estavam realizadores paraenses e representantes de televisões abertas, reunidos com a intenção de absorver as produções audiovisuais apresentadas. Ao todo, doze projetos foram defendidos.
A primeira seleção para defesa ocorreu durante a própria oficina. Dos 30 realizadores inscritos, doze tiveram projetos aprovados para serem trabalhados e defendidos no processo. Ministrada pelo cineasta moçambicano Victor Lopes, a oficina teve como objetivo preparar os profissionais para as várias plataformas de mercado.
Dono de uma consistente carreira no cinema e audiovisual no Brasil desde a década de 1990, Victor visita Belém desde 2006, quando apresentou seu primeiro longa-metragem, “Língua” – vencedor de diversos prêmios internacionais e exibido para mais de 40 países pela TV SIC de Portugal –, além de ministrar oficinas de roteiro e direção. Desta vez, a convite do IAP, o cineasta trouxe a oficina de pitching direcionada especificamente ao profissional atuante no mercado audiovisual paraense.
“Fico sempre honrando por estar somando a esses trabalhos dos profissionais aqui de Belém. Voltar aqui e ver ex-alunos meus, de outras oficinas, já com carreiras consolidadas, é uma imensa alegria”, disse. No processo de construção para a defesa dos projetos, Victor trabalhou em cima de projetos já montados, trazidos pelos participantes. Em uma semana, os realizadores puderam esclarecer melhor cada etapa necessária para a comercialização das ideias.
Como resultado, o IAP montou uma banda examinadora real, que ouviu e debateu os projetos apresentados. Para a presidente da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), Adelaide Oliveira, estar na banca é um momento de grande troca de experiências, “porque a gente consegue ver a capacidade de realização desses produtores, saber o que eles estão pensando e ver o que realmente tem potencial de mercado. Não vamos ‘comprar’ esses produtos, mas sem dúvida a janela de exibição está garantida”, afirmou.
Para o diretor comercial do SBT Pará, Apoena Augusto, o convite veio como “um susto. Nunca tinha sido convidado para um trabalho como este e é muito bom ver que o mercado está maduro, e vejo nisso um momento muito feliz para todos nós”. Apoena afirmou ainda que existe um interesse grande da empresa em absorver os produtos audiovisuais.
Embora a mesa tenha sido uma simulação de pitching, o IAP teve o cuidado de convidar pessoas que realmente são os agentes decisivos nos processos de mercado e exibição audiovisual, propiciando o contato entre o artista e o mercado. Entre os realizadores participantes do pitching, estavam os premiados diretores Roger Elarrat e Roberto Ribeiro, além da produtora executiva Renée Chalu (da Se Rasgum Produções), entre outros.
Também estiveram presentes estudantes do curso de cinema da Universidade Federal do Pará (UFPA) e colaboradores do Museu da Imagem e do Som (MIS). Além da oficina de pitching, Victor Lopes também apresentou seus onze mais representativos trabalhos, com uma mostra cinematográfica no Museu de Arte Sacra (MAS) durante toda a semana. A oficina foi promovida pelo IAP com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

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terça-feira, 14 de maio de 2013

Olhar de Cinema 2013 abre inscrições para as oficinas de audiovisual



O Olhar de Cinema 2013 – Festival Internacional de Curitiba está com inscrições abertas para as oficinas gratuitas. Com o objetivo de expandir e aguçar os sentidos de seus participantes para as mais variadas facetas do cinema e proporcionar uma experiência a mais durante os dias do evento, os interessados devem se inscrever até o dia 24 de maio no site oficial. Programadas para acontecer em paralelo ao Festival, as oficinas este ano serão ministradas no Memorial de Curitiba, região central da cidade.

Oficina de Produção Executiva, com Cláudia da Natividade (“Estômago”, “Corpos Celestes”). A oficina vai abordar todos os aspectos que envolvem a produção de um filme e será dividida em 3 partes: Desenvolvimento, Realização e Comercialização. Dias 07 e 08 de junho (sexta e sábado), das 9h às 12h e 13h às 16h. 50 vagas.

Oficina de Crítica Cinematográfica, com Fábio Andrade, editor da Revista Cinética. Oficina de introdução ao pensamento crítico e à produção de textos a partir de obras cinematográficas, dentro de uma perspectiva histórica da crítica de cinema como crítica de arte. De 10 de junho a 13 de junho (segunda a quinta), das 9h às 12h. 30 vagas.

Assistência de Direção e Produção Colaborativa, com Marcelo Caetano (“Na Sua Companhia”). De 10 de junho a 13 de junho (segunda a quinta), das 13h às 16h. 25 vagas.
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http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/299255/olhar-de-cinema-2013-abre-inscricoes-para-as-oficinas-de-audiovisual/

O ANIMA MULTI 2013 chegou!


O ANIMA MULTI é a nossa tradicional competição online de animações! As inscrições são gratuitas e vão de 7 de maio a 10 de junho.
O objetivo é promover as melhores animações (entre 30s e 10min) produzidas sob o conceito multiplataforma. Procuramos trabalhos em que a mensagem transcenda os limites de formatos ou variações de tela.

Mas o que vale na prática? Filmes interativos, introduções de videogames, teasers, episódios ou pilotos de séries e até mesmo curtas de animação tradicional. Vale o que você puder imaginar. Só não vale esquecer que o trabalho precisa ser capaz de estabelecer, com a linguagem da animação, uma comunicação consistente e atraente em todos os tipos de mídia.
Vinte vídeos serão pré selecionados e é a partir daí que a competição começa a esquentar. Os finalistas serão exibidos no website do concurso para julgamento do público e do júri profissional. No dia 11 de agosto conheceremos os dois vencedores que receberão o prêmio de R$2.000 cada, além de ver seus filmes na telona - no encerramento do ANIMA MUNDI 2013.
Contamos com a sua ajuda para espalhar esta mensagem e fazer com que esta oportunidade chegue ao maior número possível de pessoas. Tem algum filme para inscrever? Conhece alguém que possa ter? Publicações em blogs, sites, fóruns e redes sociais (#animamulti2013) também são muito bem-vindas! E, claro, estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas pelo email animamulti@animamundi.com.br.


Inscreva seu filme aqui!
E para mais informações, visite nossa página

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Museu em Düsseldorf reúne raridades da história do cinema



Com mostras permanentes e temporárias, biblioteca, arquivo e coleções especiais, Museu do Cinema de Düsseldorf tem proposta pedagógica: funcionar como "escola do olhar" e propor a formação interdisciplinar do visitante.
Uma das citações incluídas no site do Museu do Cinema de Düsseldorf é do escritor e dramaturgo francês Jean Anouilh: "A vida é composta de muitas moedas pequenas e quem souber guardá-las terá uma fortuna". A frase é emblemática, já que o museu em questão é dedicado à história da sétima arte, em seus incontáveis detalhes, desde o século 19 até os dias de hoje.
No local, o visitante tem acesso a um arquivo, à biblioteca e até mesmo à programação do cinema em anexo de nome Black Box. "O cinema exibe em espaços de tempo irregulares também mostras de filmes brasileiros. Em 2011, por exemplo, tivemos um ciclo com filmes de Eryk e Glauber Rocha", conta Michael Bergann, funcionário do museu. "E em 2010 aconteceu aqui uma noite brasileira com MIka Kaurismäki, diretor finlandês que vive no Brasil", completa.
Exposição "Glauber Rocha"
Objetos raros
Localizado no centro histórico de Düsseldorf, o Museu do Cinema foi fundado em 1993 e desde então oferece ao público interessado em cinema exposições permanentes de seus acervos e mostras temporárias, bem como aparelhagens antigas e raras usadas nos primórdios da cinematografia. Tudo numa área de 2.200 metros quadrados.
Há seções dedicadas a dispositivos antigos como o fonógrafo, o gramofone e a lanterna mágica. E diversas câmeras escuras dos anos 1880, bem como projetores de cinema e câmeras, desde aqueles usados nas primeiras décadas do século 20 até os atuais. Maquetes de sets de filmagem, cenários, figurinos e diversos objetos afins fazem também parte das exposições, além de um estúdio e de uma seção totalmente dedicada à técnica de animação.
As coleções do acervo contêm aproximadamente 500 mil fotos e mais de 25 mil pôsteres, além de artigos de jornal, críticas de filmes, programação de festivais, roteiros e dados sobre produções alemãs e de fora do país. Uma singularidade do museu é, ainda, a coleção dedicada ao teatro de sombras, com aproximadamente 500 figuras usadas em encenações entre os séculos 13 a 19.
Quatro andares de exposição permanente
Dividida em quatro andares, a exposição permanente do museu é dedicada em sua primeira parte a cineastas e a atores famosos. O cinema como "espaço mágico, onde se vendem sonhos" é também abordado ali.
O segundo andar é inteiramente voltado para o desenvolvimento da cinematografia antes do início do cinema propriamente dito, com abordagens sobre jogos de luz e sombras, a ilusão do espaço e do tempo, movimento e cor, teatro de sombras, histórias ilustradas, câmeras escuras e lanternas mágicas, entre outros. A fotografia como técnica recente também faz parte do percurso, com diversas câmeras e projetores, usados no decorrer dos 120 anos de história da sétima arte.
O terceiro andar reconstrói sets de filmagem e aborda a relação entre cinema e política, enquanto o quarto e último fecha o percurso do visitante com informações sobre a produção de filmes, incluindo roteiros originais, planos de filmagem, esboços de figurinos e objetos diversos. Nesse mesmo andar, o visitante obtém também informações a respeito da tecnologia das cores e da tridimensionalidade.
Proposta pedagógica
O arquivo do Museu do Cinema de Düsseldorf armazena cerca de 6 mil cópias de filmes, bem como 14 mil vídeos e DVDs. A biblioteca dispõe de mais de 30 mil títulos sobre cinema e áreas afins. Programações voltadas para escolas, bem como seminários especiais, fazem parte das atividades pedagógicas do museu.
Além do conceito de mostras interativas, nas quais o visitante pode tocar os objetos e experimentá-los ludicamente, o museu se entende como uma "escola do olhar", oferecendo visitas guiadas e workshops. Uma das premissas da casa é, inclusive, a formação interdisciplinar, que insere o cinema no contexto das artes plásticas, literatura, teatro e música.
Mostras especiais
Mostra "Roman Polanski"
Em parceria com outras instituições, são organizadas regularmente exposições temporárias. Até janeiro último, por exemplo, o visitante teve acesso a uma mostra sobre A magia da luz e da sombra no cinema. Anteriormente, alguns dos destaques foram uma mostra especial sobre Roman Polanski, bem como outras sobre Klaus Kinski, Christoph Schlingensief, Serguei Eisenstein e até mesmo uma intitulada Os Beatles na tela do cinema.
O Museu do Cinema de Düsseldorf dispõe de dois depósitos externos. Num deles são armazenadas cópias de filmes em temperatura constante e umidade do ar adequada à conservação. O museu concede, ainda, o Prêmio Helmut Käutner, voltado para "personalidades cuja obra tenha contribuído expressamente para o desenvolvimento da cultura cinematográfica alemã". Em 2013, ele foi para o conceituado diretor Christian Petzold (BárbaraJerichowYella).
Visitado não apenas pelos amantes da sétima arte, mas também por interessados em obter conhecimento sobre mídias audiovisuais ou por pesquisadores em busca de raridades dos primórdios do cinema, o museu em Düsseldorf confirma, com tantas informações valiosas, outra citação incluída em seu site, desta vez do diretor norte-americano Quentin Tarantino: "Quando as pessoas me perguntam se frequentei uma escola de cinema, digo: 'Não, fui ao cinema'".

fonte: DW.DE

Lei impulsiona o cinema e a produção audiovisual brasileira




No segundo semestre de 2011, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.485 que abriu o mercado de TV a cabo para as empresas de telecomunicações nacionais e estrangeiras, além de definir cotas nacionais de programação. “As cotas de conteúdo nacional criam uma extraordinária oportunidade para que o Brasil produza mais obras audiovisuais e o cidadão brasileiro veja mais Brasil em todas as telas”, afirma o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel.
A ratificação dessa lei só foi possível graças a Frente ‘Parlamentar de Defesa do Audiovisual’, iniciativa da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro). “Representamos um setor de grande visibilidade e esperamos mais agilidade nos trâmites burocráticos”, afirmou Sônia Piassa, diretora executiva da Apro. Para Sônia Piassa, o maior objetivo da iniciativa é fortalecer e acelerar o desenvolvimento da produção audiovisual no Brasil. De acordo com números de uma pesquisa feita pela entidade, a soma mundial das produções publicitárias chega a US$ 11 bilhões, dos quais a África do Sul retém US$ 4 bilhões. “A participação brasileira não chega a 0,1% desse montante”, ressalta a diretora executiva da Apro.

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