segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O secretário de Estado, entretanto, anunciou a criação no próximo ano de “dois gabinetes de apoio à gestão cultural” uma matéria onde notou fragilidades por parte das entidades culturais.

Ministério da Economia deve partilhar cinema e património - Francisco José Viegas

Francisco José Viegas esclareceu que as áreas que podem ser “partilhadas” com o Ministério da Economia são o Fundo de Investimento no Cinema e no Audiovisual (FICA) ou fundos de internacionalização.


Refira-se que o secretário de Estado da Cultura tinha defendido que algumas áreas da Cultura podiam passar para a área da Economia.

“Referia-me aos fundos como o FICA ou para a internacionalização e aliás temos trabalhado em conjunto”, disse aos jornalistas.
“Quanto ao turismo temo-nos candidatado aos seus fundos”, acrescentou o titular da pasta da cultura.
“A cultura não é um gueto e temos de encontrar pontes com a Educação, o Turismo e a Economia”, argumentou.

O secretário de Estado, entretanto, anunciou a criação no próximo ano de “dois gabinetes de apoio à gestão cultural” uma matéria onde notou fragilidades por parte das entidades culturais.

Francisco José Viegas disse ainda que “o excesso de equipamentos culturais é porque não há públicos”.
O governante contou que no âmbito dos apoios do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) há um programa de apoio caso esses equipamentos “tenham durante um ano 1500 espectadores e 120 sessões”.
De todas os municípios do país “apenas sete” reuniam as condições necessárias e “alguns com reuniões de bombeiros e de pais” como sessões artísticas.

Neste sentido apontou o caminho: “qualquer política cultural tem que ter em atenção a educação, a criação de públicos” e referiu como exemplo a Orquestra Sinfónica Juvenil, que gostou muito de ouvir.
“Ali estava o nervo fundamental para qualquer política cultural: os jovens”, disse.
O governante afirmou que “os portugueses em geral olham para a cultura como um ornamento” quando é essencial “que reconheçam o seu valor económico que o sector cultural e artístico têm e não é uma ficção”
Para Francisco José Viegas “a crise actual vai-nos ensinar a viver de outra maneira, a escolher o essencial, a consumir menos, e que a cultura seja uma zona de conforto”.
Escritor premiado, Francisco José Viegas reconheceu que “seríamos mais insuportavelmente infelizes sem acesso aos bens culturais”.
(AC)

fonte:
http://www.hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=11160

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