sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cinema equatoriano em Foz

Mostra na UNILA contará com quatro obras contemporâneas equatorianas. Para marcar o encerramento cinematográfico das atividades de 2013, o Programa Cinedebate da UNILA, a Embaixada do Equador no Brasil e a Fundação Cultural de Foz do Iguaçu apresentam “Olhares do Cinema Equatoriano”. A Mostra compreende a exibição e o debate de filmes equatorianos contemporâneos e será realizada de 16 a 18 de dezembro, na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, com início sempre às 18h. A entrada é gratuita e as sessões são abertas a toda a comunidade. Haverá certificação aos participantes.





“O Programa Cinedebate propõe-se a abrir espaços para a exibição de significativas obras de cinema, assim como ao fomento da cultura audiovisual e cinematográfica, por meio da articulação dos princípios da UNILA. Na ocasião, graças à Embaixada do Equador no Brasil, queremos compartilhar variadas expressões cinematográficas do Equador. No futuro, pensamos visitar com o cinema vários outros países e conhecer mais a fundo o trabalho e, sobretudo, as perspectivas dos cineastas”, explica o professor do curso de Cinema e Audiovisual, Bruno López Petzoldt, coordenador do Programa Cinedebate.





Prometeo Deportado abre a MostraA cerimônia de abertura contará com a presença de membros da Embaixada do Equador no Brasil e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Após a sessão, será exibida e discutida a primeira das quatro obras selecionadas: Prometeo Deportado (2010, 111′), de Fernando Mieles. A narrativa se passa em algum aeroporto europeu. Em meio a queixas e reclamações, um grupo de equatorianos é detido. Todos ocultam algo, como Prometeo, um jovem acorrentado como delinquente e que carrega um baú de magia na sua bagagem. Ele está com Afrodita, uma jovem que esconde a sua verdadeira identidade.





Na terça-feira (17) será exibido o documentário Baltazar Ushka, o Tempo Congelado (2008, 22’), de Igor y José Antonio Guayasamín. A história se passa a 6.267 metros de altura, no vulcão mais alto do mundo em relação ao centro da terra, onde trabalha, há mais de trinta anos, Baltazar Ushka. Sua tarefa consiste em tirar gelo do vulcão, depois transportá-lo e vendê-lo. Antigamente essa prática era realizada por toda a comunidade, mas agora só resta Baltazar. O filme viaja no tempo de maneira circular, coerente com a cosmovisão indígena.





En el nombre de la hija será exibido no segundo dia da MostraNa sequência, será exibida a obra de ficção Em nome da filha (2011, 103’), de Tania Hermida, que conta, com humor e ironia, a história de uma menina de nove anos que se vê confrontada com os ideais comunistas de seu pai e os dogmas católicos da sua avó conservadora. O encontro com o “tio louco”, escondido na biblioteca, vai fazer com que a menina resolva seus dilemas, mudando sua relação com a linguagem e com o próprio nome.





O encerramento da Mostra será na quarta-feira (18) com a projeção e debate de Com meu coração em Yambo (2011, 137’), documentário de María Fernanda Restrepo, que aborda a história de sua família cujos pais foram assassinados e torturados pela polícia equatoriana sem qualquer motivo em 1988, no governo de León Febres Cordero.






Mostra




As películas, entre obras de ficção, curtas e documentários, que também já foram exibidas em Brasília, fazem parte da Mostra Doce miradas del cine ecuatoriano, organizada pela Embaixada do Equador no Brasil e que reúne 12 olhares que expressam a contemporaneidade do equatoriana manifestada por estilos e histórias de realizadores no país. A Mostra visa chamar atenção para a grande fase que passa a produção audiovisual no Equador, devido ao apoio do governo nacional.

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