A mansão de Corsier-sur-Vevey onde Chaplin viveu está finalmente em obras FABRICE COFFRINI/AFP
Em 1977, quando Charlie Chaplin morreu numa manhã de Natal, a sua propriedade de Manoir de Ban, na Riviera suíça – para onde se mudara com a mulher, Oona, em Janeiro de 1953, fugindo à Caça às Bruxas do senador McCarthy –, ainda se mantinha fiel à opulência original. Entretanto, essa casa do século XVIII onde o cineasta passou os últimos 25 anos da sua vida (e onde, segundo o seu filho Mickael, “foi extraordinariamente feliz a comer os vegetais do seu próprio jardim: espargos, ervilhas, alface, mas sobretudo os morangos”) entrou num declínio que parece finalmente ter sido interrompido na última quarta-feira, quando as primeiras retroescavadoras ali entraram para iniciar as obras de instalação de um novo museu, o Chaplin’s World – The Modern Times Museum, com abertura prevista para a Primavera de 2016.
Um investimento de mais de 50 milhões de francos suíços (cerca de 41 milhões de euros) permitirá a reconversão da propriedade de 14 hectares num complexo (museu, centro de interpretação e parque temático) equipado com “as mais sofisticadas tecnologias de comunicação interactiva e virtual” – 3D e tudo.
Além do restauro da mansão onde Chaplin viveu com a família em Corsier-sur-Vevey, o projecto do arquitecto suíço Philippe Meyler inclui a construção de uma nave para exposições onde se recriarão a vida e a obra de uma das figuras mais extraordinárias do século XX.
Depois de 14 anos de estudos prévios e disputas judiciais com um vizinho, estão finalmente reunidas as condições para que o projecto de duas empresas – a suíça ARCO Architecture e a canadiana Expérience International – possa avançar, com o apoio dos herdeiros de Chaplin e o mecenato da Nestlé. “Agora está tudo pronto. Temos o financiamento, o líder do projecto, o arquitecto, o designer [François Confino, o mesmo do espectáculo Oceanos e Utopias, da Expo 98] e a luz verde da família”, disse o curador responsável pela museografia, Yves Durand, no arranque das obras, citado pela AP.
“Estamos entusiasmados com o uso de tecnologias multimédia e de realidade virtual, que acreditamos poderem criar uma forma mais mágica e imediata de levar as crianças à descoberta da interacção entre luz e sombra que é tão característica do meu pai”, declarou por sua vez Mickael Chaplin. #edisonmariotti
Fonte:http://www.publico.pt/cultura/noticia/charlie-chaplin-vai-mesmo-ter-um-museu-na-suica-com-3d-e-tudo-1635499
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