O objetivo do ciclo é “apoiar a produção audiovisual independente, através do aprimoramento profissional e artístico aos técnicos e realizadores audiovisuais, estimulando o meio profissional, difundindo e utilizando, desse modo, a tecnologia audiovisual no estado da Bahia”. A criação do evento foi uma sugestão da Associação de Produtores e Cineastas da Bahia (APC).
Presente no primeiro encontro estava Roque Araújo, um dos grandes nomes do audiovisual baiano, que ficou mais conhecido pelo trabalho ao lado do também baiano Glauber Rocha. Para Roque, a iniciativa é importante, principalmente, para que os produtores do estado acompanhem o desenvolvimento tecnológico e, assim, aperfeiçoem os trabalhos.
“As técnicas mudaram. Todo o maquinário que era a ‘menina dos olhos’ dos produtores de antigamente hoje não serve mais para nada. É preciso atualização”, defendeu Roque. As oficinas oferecidas são roteiro e direção para cinema, motion design, toon boom, captação e finalização de áudio, correção de cor, entre outras.
Incentivo
Com o objetivo de fortalecer as produções locais, o 1º Ciclo Baiano de Formação em Audiovisual pretende que os trabalhos realizados na Bahia sejam contemplados, também, pela Lei 12.485, sancionada em 2011, que é o marco regulatório da TV por assinatura. A lei estabelece, entre outras coisas, que as TVs pagas destinem maior espaço para as produções audiovisuais nacionais e regionais nas programações.
“A lei do audiovisual tem como conseqüência a expansão do mercado e faz com que todos os segmentos comecem a se posicionar para que possam se inserir, produzir conteúdo. O governo recebeu essa pauta e está buscando contribuir”, disse Robinson Almeida, secretário estadual de Comunicação. A secretaria é uma das realizadoras do evento.
Críticas
Sobre as críticas que o governo baiano sofre pelos investimentos na Cultura, Robinson rebateu: “Nem sempre dá pra equacionar tudo na mesma intensidade e velocidade. Há demandas que são mais urgentes e você [o governo] vai fazendo mais pra quem mais precisa, mas sem deixar de lado esse segmento do audiovisual, que é muito importante para a formação cultural brasileira”.
A participação no Ciclo Baiano de Formação Audiovisual é gratuita. Mais informações na página da Associação de Produtores e Cineastas (www.apcbahia.blogspot.com.br).
De Salvador,
Erikson Walla
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