O desafio de criar um polo cinematográfico no interior de Minas Gerais foi o tema da palestra de César Piva, gestor da Fábrica do Futuro – Incubadora Cultural e Residência Criativa do Audiovisual e Novas Tecnologias, com sede em Cataguases (MG). César participou da segunda edição do evento Conexões Criativas, que discutiu a transformação econômica e social de pequenas cidades através de ações culturais. O evento foi na segunda-feira (11/05) na capital paulista.
O empreendedor cultural relatou que o investimento em Cataguases tem foco nos próximos vinte anos. O início do processo foi em 2002 e a principal ferramenta para a transformação da cidade é a educação. Ele disse que existe a necessidade de mudarmos o padrão de ensino no país, cujo conceito remete a Idade Média. E que as novas cidades e cidadãos têm que encontrar uma vocação para o seu desenvolvimento econômico e humano. “Temos que encontrar uma perspectiva diferente do banco de escola e do professor. A ação tem que ser feita em rede”, afirma.
Piva relembrou a tradição de Cataguases no cinema. Um dos seus maiores nomes foi Humberto Mauro, realizador que atuou no início do século XX e é considerado o pai do cinema brasileiro. O gestor cultural também falou sobre o movimento literário na cidade mineira nos anos 20 e que os intelectuais do município tinham uma forte interlocução com modernistas paulistas, como Oswald de Andrade e Mário de Andrade. A cidade também conta com obras arquitetônicas e urbanísticas de nomes como Burle Marx e Oscar Niemeyer.
“Com todo esse contexto, a escolha pelo audiovisual e pelas novas tecnologias foi algo natural para a criação da incubadora. Queremos atuar em duas vertentes: através do desenvolvimento de políticas públicas e por meio da indução da economia”, afirma o gestor cultural. Ele disse que a cidade tem uma força econômica movida pelas indústrias da mineração, têxtil e energia, que abraçaram a causa. Outra fonte de financiamento do projeto é o governo, nas suas três esferas. E também parcerias com universidades e centros de pesquisa.
Um dos frutos do projeto é o Festival Ver e Fazer Filmes e a Rede Cineport de cooperação com núcleos no Brasil, África e Portugal. A cidade já conta com 50 produções de curta metragem e cinco longas estão sendo realizados, em fase de captação e finalização. Ao todo são 23 projetos, que envolvem não só cinema, mas também dança, teatro e gastronomia.
Outra iniciativa foi o 1° Consórcio Intermunicipal de Prefeituras, que já conta com a adesão de cinco municípios da região e pretende chegar a 10 até o final do ano. O consórcio vai permitir impulsionar a produção de audiovisual na região. O terceiro passo é a criação de um instituto, que passa a ter a função de integrar os três setores: instituições parceiras, poder público e empresas.
O evento também contou com a participação de Rachel Gadelha, diretora da Via de Comunicação e Cultura e co-idealizadora e realizadora do Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga (CE). A mediação foi da economista Ana Carla Fonseca Reis. A pauta do mês é “Pequenas Cidades Criativas – quando tamanho não é documento”.
O Conexões Criativas é uma realização do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura, por meio da organização Social de Cultura Instituto Pensarte. A iniciativa é uma série de oito encontros, que ocorre mensalmente no Theatro São Pedro.
O empreendedor cultural relatou que o investimento em Cataguases tem foco nos próximos vinte anos. O início do processo foi em 2002 e a principal ferramenta para a transformação da cidade é a educação. Ele disse que existe a necessidade de mudarmos o padrão de ensino no país, cujo conceito remete a Idade Média. E que as novas cidades e cidadãos têm que encontrar uma vocação para o seu desenvolvimento econômico e humano. “Temos que encontrar uma perspectiva diferente do banco de escola e do professor. A ação tem que ser feita em rede”, afirma.
Piva relembrou a tradição de Cataguases no cinema. Um dos seus maiores nomes foi Humberto Mauro, realizador que atuou no início do século XX e é considerado o pai do cinema brasileiro. O gestor cultural também falou sobre o movimento literário na cidade mineira nos anos 20 e que os intelectuais do município tinham uma forte interlocução com modernistas paulistas, como Oswald de Andrade e Mário de Andrade. A cidade também conta com obras arquitetônicas e urbanísticas de nomes como Burle Marx e Oscar Niemeyer.
“Com todo esse contexto, a escolha pelo audiovisual e pelas novas tecnologias foi algo natural para a criação da incubadora. Queremos atuar em duas vertentes: através do desenvolvimento de políticas públicas e por meio da indução da economia”, afirma o gestor cultural. Ele disse que a cidade tem uma força econômica movida pelas indústrias da mineração, têxtil e energia, que abraçaram a causa. Outra fonte de financiamento do projeto é o governo, nas suas três esferas. E também parcerias com universidades e centros de pesquisa.
Um dos frutos do projeto é o Festival Ver e Fazer Filmes e a Rede Cineport de cooperação com núcleos no Brasil, África e Portugal. A cidade já conta com 50 produções de curta metragem e cinco longas estão sendo realizados, em fase de captação e finalização. Ao todo são 23 projetos, que envolvem não só cinema, mas também dança, teatro e gastronomia.
Outra iniciativa foi o 1° Consórcio Intermunicipal de Prefeituras, que já conta com a adesão de cinco municípios da região e pretende chegar a 10 até o final do ano. O consórcio vai permitir impulsionar a produção de audiovisual na região. O terceiro passo é a criação de um instituto, que passa a ter a função de integrar os três setores: instituições parceiras, poder público e empresas.
O evento também contou com a participação de Rachel Gadelha, diretora da Via de Comunicação e Cultura e co-idealizadora e realizadora do Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga (CE). A mediação foi da economista Ana Carla Fonseca Reis. A pauta do mês é “Pequenas Cidades Criativas – quando tamanho não é documento”.
O Conexões Criativas é uma realização do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura, por meio da organização Social de Cultura Instituto Pensarte. A iniciativa é uma série de oito encontros, que ocorre mensalmente no Theatro São Pedro.
fonte:
http://www.criaticidades.com.br/noticias/cataguases-quer-consolidar-polo-audiovisual/
Nenhum comentário:
Postar um comentário