segunda-feira, 31 de março de 2014
Lançamento do curta ( filme ) - CAFÉ AMARGO
Lançamento do curta ( filme ) - CAFÉ AMARGO
A estreia do filme em Abril 2014.
fonte:
Edison Mariotti
domingo, 30 de março de 2014
Produções regionais do audiovisual terão R$ 50 mi da Ancine
Edital abrange estados e municípios que, segundo a Ancine, fazem apenas investimentos esporádicos em produção de filmes e obras seriadas de televisão
Claquete: “intenção do Ministério da Cultura e da Ancine, com o novo edital, é estimular a inclusão de novos atores neste cenário, diversificando e descentralizando a produção nacional", diz Ancine
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Cinema (Ancine) abre na segunda-feira (31) as inscrições para uma nova chamada pública do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que desta vez investirá R$ 50 milhões em projetos de produção independente, selecionados por editais de governos estaduais e municipais. A iniciativa tem como objetivo estimular as políticas públicas locais para o desenvolvimento do setor audiovisual.
A chamada é dirigida aos governos estaduais e às prefeituras das capitais, com exceção do Rio de Janeiro e de São Paulo. São estados e municípios que, segundo a Ancine, fazem apenas investimentos esporádicos em produção de filmes e obras seriadas de televisão.
“A intenção do Ministério da Cultura e da Ancine, com o novo edital, é estimular a inclusão de novos atores neste cenário, diversificando e descentralizando a produção nacional, sempre procurado fortalecer a produção independente”, diz o diretor-presidente da agência, Manoel Rangel. Segundo ele, os efeitos de mais cinco anos de existência do FSA “são bastante perceptíveis e o setor audiovisual brasileiro vive um excelente momento”.
Desde 2008, o fundo do audiovisual contemplou cerca de 400 projetos de produção e distribuição para cinema e TV. Em dezembro do ano passado, a Ancine anunciou investimentos de R$ 400 milhões para todas as etapas da produção audiovisual, desde o desenvolvimento de projetos à comercialização. Filmes lançados com recursos do FSA foram responsáveis por 70% da bilheteria nacional em 2013.
No novo edital, os recursos oferecidos pelo fundo serão suplementares e proporcionais ao aporte dos órgãos e entidades locais. A distribuição se dará da seguinte forma: até duas vezes os valores aportados pelos órgãos e entidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e até uma vez e meia os valores aportados pelos órgãos e entidades da Região Sul e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste.
Os interessados devem enviar suas propostas entre 31 de março e 25 de abril. As informações sobre as regras da chamada pública e a documentação exigidas estão disponíveis no site.
fonte:
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/producoes-regionais-do-audiovisual-terao-r-50-mi-da-ancine--2
Claquete: “intenção do Ministério da Cultura e da Ancine, com o novo edital, é estimular a inclusão de novos atores neste cenário, diversificando e descentralizando a produção nacional", diz Ancine
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Cinema (Ancine) abre na segunda-feira (31) as inscrições para uma nova chamada pública do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que desta vez investirá R$ 50 milhões em projetos de produção independente, selecionados por editais de governos estaduais e municipais. A iniciativa tem como objetivo estimular as políticas públicas locais para o desenvolvimento do setor audiovisual.
A chamada é dirigida aos governos estaduais e às prefeituras das capitais, com exceção do Rio de Janeiro e de São Paulo. São estados e municípios que, segundo a Ancine, fazem apenas investimentos esporádicos em produção de filmes e obras seriadas de televisão.
“A intenção do Ministério da Cultura e da Ancine, com o novo edital, é estimular a inclusão de novos atores neste cenário, diversificando e descentralizando a produção nacional, sempre procurado fortalecer a produção independente”, diz o diretor-presidente da agência, Manoel Rangel. Segundo ele, os efeitos de mais cinco anos de existência do FSA “são bastante perceptíveis e o setor audiovisual brasileiro vive um excelente momento”.
Desde 2008, o fundo do audiovisual contemplou cerca de 400 projetos de produção e distribuição para cinema e TV. Em dezembro do ano passado, a Ancine anunciou investimentos de R$ 400 milhões para todas as etapas da produção audiovisual, desde o desenvolvimento de projetos à comercialização. Filmes lançados com recursos do FSA foram responsáveis por 70% da bilheteria nacional em 2013.
No novo edital, os recursos oferecidos pelo fundo serão suplementares e proporcionais ao aporte dos órgãos e entidades locais. A distribuição se dará da seguinte forma: até duas vezes os valores aportados pelos órgãos e entidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e até uma vez e meia os valores aportados pelos órgãos e entidades da Região Sul e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste.
Os interessados devem enviar suas propostas entre 31 de março e 25 de abril. As informações sobre as regras da chamada pública e a documentação exigidas estão disponíveis no site.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/producoes-regionais-do-audiovisual-terao-r-50-mi-da-ancine--2
sexta-feira, 28 de março de 2014
Museu da República inicia projeto audiovisual no RJ
Exibições acontecerão duas vezes por mês, com convidados especiais para conversas sobre os temas dos filmes exibidos.
No dia 1º de Abril, às 20h, o Museu da República (MR/Ibram), no Rio de Janeiro (RJ), inaugura seu novo espaço para cinema e debates com o lançamento do documentário "Os militares que disseram não", de Sílvio Tendler, e mais quatro dias com exibição de títulos de diferentes diretores. A sessão de abertura será em uma tenda montada no jardim do MR, com participação do diretor Sílvio Tendler e convidados. A entrada é franca.
Com apoio da Mostra de Cinema Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, O Cineclube Cinema e História Sílvio Tendler será um espaço para exibição de documentários e debates.
As exibições, sempre gratuitas, acontecerão duas vezes por mês no Museu da República, com convidados especiais para conversarem sobre os temas dos filmes exibidos.
Contra a ditadura
Realizado em 2013, o filme de "Tendler", que abre o projeto audiovisual, é sobre os militares que lutaram pela constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, e que até hoje buscam reconhecimento na história, pois a sociedade pouco ou nada sabe a respeito de militares perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática. Confira o trailer do filme.
Já no dia 2 de abril será exibido outro título de "Tendler". "Advogados contra a ditadura" trata do papel dos advogados na defesa dos direitos e garantias dos cidadãos durante a ditadura militar.
No dia 3, o público poderá assistir ao filme "Repare bem", da atriz e cineasta portuguesa Maria de Medeiros. Vencedor do Kikito de Melhor Filme no festival de Gramado de 2013, conta a história de três gerações de mulheres envolvidas na luta contra a ditadura militar.
"Eu me lembro", de Luiz Fernando Lobo, é documentário que tem exibição no dia 4. O tema são os cinco anos das Caravanas da Anistia e reconstrói a luta dos perseguidos por reparação, memória, verdade e justiça.
A programação especial encerra-se no dia 5 com a exibição de "Duas Histórias", com direção de Ângela Zoé. O filme mostra a trajetória de dois militantes socialistas, com experiências diferentes, na luta contra a ditadura militar brasileira.
As sessões entre os dias 2 e 5 de abril acontecem no auditório do Museu da República, sempre às 20h. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelos telefones (21) 2127-0333/0328 ou pelo endereço eletrônico mr.imprensa@museus.gov.br
No dia 1º de Abril, às 20h, o Museu da República (MR/Ibram), no Rio de Janeiro (RJ), inaugura seu novo espaço para cinema e debates com o lançamento do documentário "Os militares que disseram não", de Sílvio Tendler, e mais quatro dias com exibição de títulos de diferentes diretores. A sessão de abertura será em uma tenda montada no jardim do MR, com participação do diretor Sílvio Tendler e convidados. A entrada é franca.
Com apoio da Mostra de Cinema Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, O Cineclube Cinema e História Sílvio Tendler será um espaço para exibição de documentários e debates.
As exibições, sempre gratuitas, acontecerão duas vezes por mês no Museu da República, com convidados especiais para conversarem sobre os temas dos filmes exibidos.
Contra a ditadura
Realizado em 2013, o filme de "Tendler", que abre o projeto audiovisual, é sobre os militares que lutaram pela constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, e que até hoje buscam reconhecimento na história, pois a sociedade pouco ou nada sabe a respeito de militares perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática. Confira o trailer do filme.
Já no dia 2 de abril será exibido outro título de "Tendler". "Advogados contra a ditadura" trata do papel dos advogados na defesa dos direitos e garantias dos cidadãos durante a ditadura militar.
No dia 3, o público poderá assistir ao filme "Repare bem", da atriz e cineasta portuguesa Maria de Medeiros. Vencedor do Kikito de Melhor Filme no festival de Gramado de 2013, conta a história de três gerações de mulheres envolvidas na luta contra a ditadura militar.
"Eu me lembro", de Luiz Fernando Lobo, é documentário que tem exibição no dia 4. O tema são os cinco anos das Caravanas da Anistia e reconstrói a luta dos perseguidos por reparação, memória, verdade e justiça.
A programação especial encerra-se no dia 5 com a exibição de "Duas Histórias", com direção de Ângela Zoé. O filme mostra a trajetória de dois militantes socialistas, com experiências diferentes, na luta contra a ditadura militar brasileira.
As sessões entre os dias 2 e 5 de abril acontecem no auditório do Museu da República, sempre às 20h. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelos telefones (21) 2127-0333/0328 ou pelo endereço eletrônico mr.imprensa@museus.gov.br
fonte:
http://www.brasil.gov.br/cultura/2014/03/museu-da-republica-inicia-projeto-audiovisual-no-rj
sexta-feira, 21 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
Rangel fala sobre ganhos na cena audiovisual brasileira
Embora ainda distante das metas fixadas pelo governo, o setor audiovisual brasileiro vive o boom propiciado pela Lei nº 12.485, que estabeleceu cotas obrigatórias de conteúdo nacional na TV paga. A demanda explodiu em 2013, revelando uma oferta de mão de obra ainda insuficiente. Para responder a esse cenário, Manoel Rangel foi reconduzido ao terceiro mandato como diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), até 2017.
Por meio dos cerca de R$ 400 milhões de orçamento do Fundo Setorial do Audiovisual, Rangel esperaresponder com um novo salto no volume de produção e fortalecer ainda mais as distribuidoras brasileiras. O foco não é investir em cineastas ou criadores, mas em processos coletivos e empresas: “Essa mistificação do autor leva muitas vezes a obras completamente irrelevantes e desconectadas da sociedade”.
Valor Econômico: Qual é a avaliação do impacto da Lei da TV Paga?
Manoel Rangel: Trata-se de uma revolução. Pela primeira vez, um conjunto de filmes foi veiculado na TV, onde sempre deviam estar. Esse quadro exige transformações da indústria, houve uma demanda repentina, revelando limites: mão de obra escassa. Faremos um sistema de monitoramento da programação e também um balanço. Haverá, eventualmente, ajustes no regulamento. Precisamos examinar questões como a ausência de limite para reprises, o que gerou excessos.
Se deu certo na TV, a cota nos cinemas pode ser mais ostensiva?
A cota da TV paga estabelece 3h30 em 42 horas de programação em horário nobre por semana. É relativamente pequena. Nos cinemas, é ainda maior, pois corresponde a 13,8% da disponibilidade das salas. Por que temos a sensação contrária? Porque são mais de 80 canais, em horário nobre, de obras que nunca tinham chegado à televisão. A simples presença de uma produção nacional no cinema não lhe garante visibilidade, pois não fará que o cidadão saia de casa para assistir a ela.
Como pretende atingir metas estabelecidas pelo governo para o cinema nacional até 2015, como 42 milhões de ingressos vendidos, renda bruta de R$ 465 milhões e participação de mercado de 24%, se, no ano passado, foram 27,8 milhões de espectadores, receita de R$ 296 milhões e market share de 18,6%?
A cota de tela não é capaz de dar conta de todos os fatores nem é o nosso principal instrumento. Em países como Alemanha, Reino Unido e França, onde o cinema local possui forte participação, não há cota. Desde 2005, nos dedicamos a fortalecer as distribuidoras brasileiras independentes, que passaram a responder por 80% do cinema nacional. Parece uma obviedade, mas até 2009 as “majors” controlavam o cinema estrangeiro e o brasileiro. Outros vetores importantes são a expansão do mercado de salas e o contínuo estímulo à produção.
Qual é o objetivo das novas linhas do Fundo Setorial do Audiovisual, como desenvolvimento e financiamento automático?
Com orçamento de R$ 40 milhões, o suporte automático vai encurtar os tempos do processo de produção. Os investimentos em desenvolvimento, que totalizam R$ 33 milhões, vão viabilizar entre 200 e 250 roteiros. Desses, serão investidos R$ 18 milhões em núcleos criativos, R$ 10 milhões em laboratórios e R$ 5 milhões em roteiristas. É a base para um salto no volume de produção.
Cineastas reclamam que se um recente edital de roteiro da Prefeitura de São Paulo no valor de R$ 3,9 milhões nem sequer abarcou os paulistanos, R$ 5 milhões são insuficientes para atender ao Brasil.
Não discuto o choro, porque é livre. Não é relevante investir dinheiro em uma pessoa, mas em processos de criação. Não existe este criador, isolado do mundo, sem processo de reflexão, que não submete seu projeto ao debate antes de sua realização. Essa mistificação do autor leva muitas vezes a obras completamente irrelevantes e desconectadas da sociedade. O melhor da produção autoral na história do cinema mundial foi feito em ambientes coletivos, como o Cinema Novo e a “nouvelle vague”.
A pedido da ministra da Cultura, o senhor foi reconduzido ao terceiro mandato, enquanto o sindicato de servidores da Ancine fez campanha pela alternância. Houve desconforto?
Encaro o convite como uma preocupação com este momento estratégico de implementação da nova lei. As críticas pontuais são normais em uma democracia. Nestes nove anos que completo em maio à frente da Ancine, não houve um único momento de paz de cemitério. Ainda bem. Não é o tipo de ambiente propício para construção de política pública.
Não é muito tempo sem renovação?
Temos uma diretoria completa e renovada. Estamos aprovando uma reestruturação que vai dinamizar um conjunto de áreas internas, buscando aprimorar os processos da agência. Procuro ouvir o setor, ler os dados da economia e as tendências internacionais. O esforço tem sido sistemático de renovação. São muitos os desafios, como as questões regulatórias do vídeo por demanda, da distribuição e da exibição cinematográfica, o monitoramento da televisão e dos cinemas e a capacitação profissional. Vivemos um momento-chave na história do país, no limiar de um salto. O Brasil terá uma presença expressiva na cena internacional e o audiovisual terá papel preponderante. Sou feliz por seguir nessa missão.
A meta do governo é consolidar um parque exibidor de 3.250 salas até 2015, distribuídas em 565 municípios. Em 2013, o total de salas foi de 2.679 e o número de municípios com cinemas passou para 392, ante 391 no ano anterior. Faltam investidores para o Programa Cinema Perto de Você deslanchar?
É um problema que a gente já conhecia. Nenhuma dessas metas pode ser executada sem o empreendedor privado. Na Ancine não fazemos os filmes nem dizemos quais devem ser feitos. O papel do Estado é regular e investir no desenvolvimento. Mas vamos conseguir chegar a 3.250 cinemas. Número de municípios com salas não é o nosso principal fator de monitoramento e sim a ocupação por regiões. No Sul, chegamos a 454 salas, no Nordeste, 351, no Norte, 136, e no Centro-Oeste, 241. Neste ano serão abertos entre 200 e 250 cinemas.
Fonte: Valor Econômico
Por meio dos cerca de R$ 400 milhões de orçamento do Fundo Setorial do Audiovisual, Rangel esperaresponder com um novo salto no volume de produção e fortalecer ainda mais as distribuidoras brasileiras. O foco não é investir em cineastas ou criadores, mas em processos coletivos e empresas: “Essa mistificação do autor leva muitas vezes a obras completamente irrelevantes e desconectadas da sociedade”.
Valor Econômico: Qual é a avaliação do impacto da Lei da TV Paga?
Manoel Rangel: Trata-se de uma revolução. Pela primeira vez, um conjunto de filmes foi veiculado na TV, onde sempre deviam estar. Esse quadro exige transformações da indústria, houve uma demanda repentina, revelando limites: mão de obra escassa. Faremos um sistema de monitoramento da programação e também um balanço. Haverá, eventualmente, ajustes no regulamento. Precisamos examinar questões como a ausência de limite para reprises, o que gerou excessos.
Se deu certo na TV, a cota nos cinemas pode ser mais ostensiva?
A cota da TV paga estabelece 3h30 em 42 horas de programação em horário nobre por semana. É relativamente pequena. Nos cinemas, é ainda maior, pois corresponde a 13,8% da disponibilidade das salas. Por que temos a sensação contrária? Porque são mais de 80 canais, em horário nobre, de obras que nunca tinham chegado à televisão. A simples presença de uma produção nacional no cinema não lhe garante visibilidade, pois não fará que o cidadão saia de casa para assistir a ela.
Como pretende atingir metas estabelecidas pelo governo para o cinema nacional até 2015, como 42 milhões de ingressos vendidos, renda bruta de R$ 465 milhões e participação de mercado de 24%, se, no ano passado, foram 27,8 milhões de espectadores, receita de R$ 296 milhões e market share de 18,6%?
A cota de tela não é capaz de dar conta de todos os fatores nem é o nosso principal instrumento. Em países como Alemanha, Reino Unido e França, onde o cinema local possui forte participação, não há cota. Desde 2005, nos dedicamos a fortalecer as distribuidoras brasileiras independentes, que passaram a responder por 80% do cinema nacional. Parece uma obviedade, mas até 2009 as “majors” controlavam o cinema estrangeiro e o brasileiro. Outros vetores importantes são a expansão do mercado de salas e o contínuo estímulo à produção.
Qual é o objetivo das novas linhas do Fundo Setorial do Audiovisual, como desenvolvimento e financiamento automático?
Com orçamento de R$ 40 milhões, o suporte automático vai encurtar os tempos do processo de produção. Os investimentos em desenvolvimento, que totalizam R$ 33 milhões, vão viabilizar entre 200 e 250 roteiros. Desses, serão investidos R$ 18 milhões em núcleos criativos, R$ 10 milhões em laboratórios e R$ 5 milhões em roteiristas. É a base para um salto no volume de produção.
Cineastas reclamam que se um recente edital de roteiro da Prefeitura de São Paulo no valor de R$ 3,9 milhões nem sequer abarcou os paulistanos, R$ 5 milhões são insuficientes para atender ao Brasil.
Não discuto o choro, porque é livre. Não é relevante investir dinheiro em uma pessoa, mas em processos de criação. Não existe este criador, isolado do mundo, sem processo de reflexão, que não submete seu projeto ao debate antes de sua realização. Essa mistificação do autor leva muitas vezes a obras completamente irrelevantes e desconectadas da sociedade. O melhor da produção autoral na história do cinema mundial foi feito em ambientes coletivos, como o Cinema Novo e a “nouvelle vague”.
A pedido da ministra da Cultura, o senhor foi reconduzido ao terceiro mandato, enquanto o sindicato de servidores da Ancine fez campanha pela alternância. Houve desconforto?
Encaro o convite como uma preocupação com este momento estratégico de implementação da nova lei. As críticas pontuais são normais em uma democracia. Nestes nove anos que completo em maio à frente da Ancine, não houve um único momento de paz de cemitério. Ainda bem. Não é o tipo de ambiente propício para construção de política pública.
Não é muito tempo sem renovação?
Temos uma diretoria completa e renovada. Estamos aprovando uma reestruturação que vai dinamizar um conjunto de áreas internas, buscando aprimorar os processos da agência. Procuro ouvir o setor, ler os dados da economia e as tendências internacionais. O esforço tem sido sistemático de renovação. São muitos os desafios, como as questões regulatórias do vídeo por demanda, da distribuição e da exibição cinematográfica, o monitoramento da televisão e dos cinemas e a capacitação profissional. Vivemos um momento-chave na história do país, no limiar de um salto. O Brasil terá uma presença expressiva na cena internacional e o audiovisual terá papel preponderante. Sou feliz por seguir nessa missão.
A meta do governo é consolidar um parque exibidor de 3.250 salas até 2015, distribuídas em 565 municípios. Em 2013, o total de salas foi de 2.679 e o número de municípios com cinemas passou para 392, ante 391 no ano anterior. Faltam investidores para o Programa Cinema Perto de Você deslanchar?
É um problema que a gente já conhecia. Nenhuma dessas metas pode ser executada sem o empreendedor privado. Na Ancine não fazemos os filmes nem dizemos quais devem ser feitos. O papel do Estado é regular e investir no desenvolvimento. Mas vamos conseguir chegar a 3.250 cinemas. Número de municípios com salas não é o nosso principal fator de monitoramento e sim a ocupação por regiões. No Sul, chegamos a 454 salas, no Nordeste, 351, no Norte, 136, e no Centro-Oeste, 241. Neste ano serão abertos entre 200 e 250 cinemas.
Fonte: Valor Econômico
terça-feira, 11 de março de 2014
Lançamento em breve - curta CAFÉ AMARGO -
O primeiro pôster oficial do curta Café amargo.
A estreia do filme está prevista para o Abril 2014.
edison Mariotti
"A Casa da Magia": Luis de Matos estreia-se na dobragem no papel de um mágico
Luis de Matos dá voz a um excêntrico mágico reformado que enche de magia uma velha mansão
Dirigido por Jeremy Degruson e Ben Stassen, chega no dia 20 de Março às salas de cinema portuguesas a longa metragem de animação belga, "A Casa da Magia".
Trovão, um pequeno gatinho que foi abandonado pela sua família, refugia-se numa misteriosa mansão onde vive um excêntrico mágico reformado, Lorenzo (voz de Luis de Matos), e o seu divertido grupo de animais e autómatos, com poderes surpreendentes, que lhe fazem companhia.
No seguimento de um acidente de bicicleta, o mágico é hospitalizado e o ambicioso sobrinho aproveita-se da situação para tentar vender a mansão.
É então que Trovão tem uma ideia fantástica: transformar a mansão numa casa assombrada! Com a ajuda dos amigos vai organizar a resistência para evitar que a mansão seja vendida.
Luis de Matos, o mais famoso mágico português, dá voz ao mágico Lorenzo, naquela que é a sua primeira experiência nesta área.
Sobre o seu papel na dobragem de "A Casa Mágica", Luis de Matos, afirma: "Este filme tem a particularidade de falar sobre diferentes níveis de magia – a magia enquanto ilusão, arte performativa e entretenimento e um outro tipo de magia, capaz de transformar a vida das pessoas e o mundo que nos rodeiam – a magia da amizade e da capacidade de acreditar. Foi um desafio totalmente novo e muito inspirador – o facto de ser mágico profissional deu-me obviamente uma vantagem acrescida na compreensão de quem é Lorenzo, mas o processo de dar voz a um personagem é fantástico e foi uma experiência extraordinariamente divertida, que nunca imaginei viver!"
Veja o trailer
"A Casa Mágica" (Le Manoir Magique) estreia nas salas de cinema a 20 de março.
fonte:
http://filmspot.pt/artigo/a-casa-da-magia-luis-de-matos-estreia-se-na-dobragem-no-papel-de-um-magico-4643/
segunda-feira, 10 de março de 2014
Pesquisa acadêmica sobre o som cinematográfico cresce
SÃO PAULO (Agência USP) - A produção acadêmica sobre o som no cinema vem crescendo dentre os estudos sobre cinema e audiovisual no Brasil. É o que aponta a dissertação de mestrado de Bernardo Marquez Alves, desenvolvida na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. A pesquisa analisou e traçou um perfil da produção acadêmica sobre o tema, considerando aspectos como tendências temáticas, local de produção, disponibilidade de orientadores, multiplicidade temática, locais de publicação e quantidade aproximada de pesquisadores. O autor do trabalho também conseguiu perceber uma forte integração entre o trabalho acadêmico e a prática no mercado audiovisual.
A pesquisa Os estudos do som no cinema: evolução quantitativa, tendências temáticas e o perfil da pesquisa brasileira contemporânea sobre o som cinematográfico, orientada por Eduardo Simões dos Santos Mendes buscou mapear, discutir e analisar o lugar ocupado pela pesquisa brasileira sobre o som no cinema. Foi realizado um levantamento bibliográfico e criada uma base de dados com livros, teses, dissertações e artigos acadêmicos sobre o assunto. Os dados foram organizados em formato de site, o Artesãos do Som, “com o objetivo de ampliar os resultados,garantir a continuidade da pesquisa e facilitar o acesso aos dados e informações encontradas”, explica Alves.
O estudo abarcou somente material publicado entre 2001 e 2011, no Brasil e escrito em língua portuguesa. Segundo o pesquisador, os estudiosos da área musical e músicos propriamente ditos devem ser responsáveis por tratar da trilha musical por isso a opção de não investigar trabalhos relacionados apenas à trilha musical. “Aproveitando para salientar uma questão já muito comentada, mas mesmo assim importante de ser reforçada, sobre o fato de no Brasil existir um hábito cultural de remeter o termo “trilha sonora” a apenas a música do filme, ou seja, a trilha musical”, justifica. O pesquisador considera como trilha sonora elementos como voz, ruídos e silêncio.
Foi concluído na pesquisa que o som cinematográfico não pode ser considerado um tema periférico nos estudos de cinema e audiovisual visto que a produção de material vem evoluindo. “No Brasil, o hábito e o interesse dos pesquisadores e profissionais do som em estudar teoricamente o seu campo de atuação vêm aumentando e, consequentemente, o surgimento de novos documentos e materiais redigidos cresce em um fluxo até então inédito”, relata.
Categorias
Para estudar as tendências temáticas o autor criou categorias e dividiu a produção escolhidapara análise dentro delas. As categorias foram: História, Tecnologia, Percepção Sonora, Processo de Criação, Elementos da Trilha Sonora, Estética e Estilo, Estudo da Voz, Estudos do Ruído, Estudos do Silêncio , Teoria e Estudos de Caso. É recorrente a aplicação desses estudos em um filme ou na obra de um cineasta específico. Estudo de caso foi considerada a temática mais ampla e História é a única temática que possui materiais em todos os formatos estudados (livro, teses, dissertações e artigos).
A dissertação mapeou o perfil da pesquisa brasileira sobre o assunto. Nove universidades foram responsáveis por cinco teses de doutorado e vinte e uma dissertações de mestrado, sendo que dentre essas universidades oito estão localizadas no sudeste e uma na região sul. A USP foi a universidade com mais trabalhos: duas teses e quatro dissertações. Essas pesquisas enquadram-se em três áreas: Comunicação, Artes (artes/música) e Fonoaudiologia, sendo que a maioria delas está na área da Comunicação.
“Após analisar os programas de pós-graduação onde as teses e dissertações levantadas foram pesquisadas, percebeu-se no Brasil uma carência na quantidade de orientadores relacionados ao campo específico dos estudos do som cinematográfico”, explica o pesquisador. No entanto, a multiplicidade de temas oferecida pelos programas de pós-graduação comprova a qualidade interdisciplinar e flexibilidade do campo.
Dentre os locais de publicação, destacam-se a Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), que refletem os encontros nacionais dessa sociedade, e a Revista Ciberlegenda, que em 2011 dedicou a edição número 24 inteiramente ao tema. Quanto ao número de pesquisadores, ele chega a um total de cinquenta e um, sendo que quem mais publicou foi o professor Fernando Morais da Costa, da Universidade Federal Fluminense, com um livro, uma tese, uma dissertação e doze artigos.
O trabalho reúne informações sobre o tema e proporciona uma ampla fonte de auxílio para estudos nacionais sobre o som no cinema. Além disso, o estudo rompe com alguns mitos e mostra que o assunto não é tão pouco estudado quanto se acredita. A reunião desse material proporciona o surgimento de novas ideias, pontos de partidas, projetos, discussões e análises.
A pesquisa Os estudos do som no cinema: evolução quantitativa, tendências temáticas e o perfil da pesquisa brasileira contemporânea sobre o som cinematográfico, orientada por Eduardo Simões dos Santos Mendes buscou mapear, discutir e analisar o lugar ocupado pela pesquisa brasileira sobre o som no cinema. Foi realizado um levantamento bibliográfico e criada uma base de dados com livros, teses, dissertações e artigos acadêmicos sobre o assunto. Os dados foram organizados em formato de site, o Artesãos do Som, “com o objetivo de ampliar os resultados,garantir a continuidade da pesquisa e facilitar o acesso aos dados e informações encontradas”, explica Alves.
O estudo abarcou somente material publicado entre 2001 e 2011, no Brasil e escrito em língua portuguesa. Segundo o pesquisador, os estudiosos da área musical e músicos propriamente ditos devem ser responsáveis por tratar da trilha musical por isso a opção de não investigar trabalhos relacionados apenas à trilha musical. “Aproveitando para salientar uma questão já muito comentada, mas mesmo assim importante de ser reforçada, sobre o fato de no Brasil existir um hábito cultural de remeter o termo “trilha sonora” a apenas a música do filme, ou seja, a trilha musical”, justifica. O pesquisador considera como trilha sonora elementos como voz, ruídos e silêncio.
Foi concluído na pesquisa que o som cinematográfico não pode ser considerado um tema periférico nos estudos de cinema e audiovisual visto que a produção de material vem evoluindo. “No Brasil, o hábito e o interesse dos pesquisadores e profissionais do som em estudar teoricamente o seu campo de atuação vêm aumentando e, consequentemente, o surgimento de novos documentos e materiais redigidos cresce em um fluxo até então inédito”, relata.
Categorias
Para estudar as tendências temáticas o autor criou categorias e dividiu a produção escolhidapara análise dentro delas. As categorias foram: História, Tecnologia, Percepção Sonora, Processo de Criação, Elementos da Trilha Sonora, Estética e Estilo, Estudo da Voz, Estudos do Ruído, Estudos do Silêncio , Teoria e Estudos de Caso. É recorrente a aplicação desses estudos em um filme ou na obra de um cineasta específico. Estudo de caso foi considerada a temática mais ampla e História é a única temática que possui materiais em todos os formatos estudados (livro, teses, dissertações e artigos).
A dissertação mapeou o perfil da pesquisa brasileira sobre o assunto. Nove universidades foram responsáveis por cinco teses de doutorado e vinte e uma dissertações de mestrado, sendo que dentre essas universidades oito estão localizadas no sudeste e uma na região sul. A USP foi a universidade com mais trabalhos: duas teses e quatro dissertações. Essas pesquisas enquadram-se em três áreas: Comunicação, Artes (artes/música) e Fonoaudiologia, sendo que a maioria delas está na área da Comunicação.
“Após analisar os programas de pós-graduação onde as teses e dissertações levantadas foram pesquisadas, percebeu-se no Brasil uma carência na quantidade de orientadores relacionados ao campo específico dos estudos do som cinematográfico”, explica o pesquisador. No entanto, a multiplicidade de temas oferecida pelos programas de pós-graduação comprova a qualidade interdisciplinar e flexibilidade do campo.
Dentre os locais de publicação, destacam-se a Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), que refletem os encontros nacionais dessa sociedade, e a Revista Ciberlegenda, que em 2011 dedicou a edição número 24 inteiramente ao tema. Quanto ao número de pesquisadores, ele chega a um total de cinquenta e um, sendo que quem mais publicou foi o professor Fernando Morais da Costa, da Universidade Federal Fluminense, com um livro, uma tese, uma dissertação e doze artigos.
O trabalho reúne informações sobre o tema e proporciona uma ampla fonte de auxílio para estudos nacionais sobre o som no cinema. Além disso, o estudo rompe com alguns mitos e mostra que o assunto não é tão pouco estudado quanto se acredita. A reunião desse material proporciona o surgimento de novas ideias, pontos de partidas, projetos, discussões e análises.
fonte:
http://www.oreporter.com/Pesquisa-academica-sobre-o-som-cinematografico-cresce,11664398970.htm
sábado, 8 de março de 2014
Embaixada em Madri lança concurso “Brasil Diverso”
Em uma iniciativa da Embaixada do Brasil em Madri e da Fundação Cultural Hispano-Brasileira, estão abertas as inscrições para o concurso de curtas-metragens “Brasil Diverso”.
O curta deverá ter no máximo 7 minutos e o temática é representar aspectos da diversidade cultural, humana, paisagística, gastronômica, musical ou outra, seja pelo meio de documentário, ficção ou animação.
Objetivo é abordar temas da realidade contemporânea brasileira. O critério para avaliação do curta é a criatividade, por isso, a orientação é fugir dos estereótipos.
Inscreva-se até 30 de setembro de 2014. Mais informações no site da Embaixada do Brasil em Madri:
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