terça-feira, 30 de outubro de 2012

Notícias Colunas TV Revista de Cinema Espaço do Realizador Quem Somos BRAZILIAN TV PRODUCERS PARTICIPA DE ENCONTRO AUDIOVISUAL DA ÁFRICA


O Brazilian TV Producers participa do Discop Africa 2012, encontro audiovisual mais importante do continente africano, voltado à produção e distribuição de conteúdo. O projeto de exportação da ABPITV, realizado em parceria com a Apex-Brasil e SAv/MinC, acompanha três produtoras associadas – Cinevídeo (Brasília), Mosquito Project (São Paulo), Sato FM Produções (Rio de Janeiro) e a distribuidora associada Sato Company (São Paulo).

O Discop 2012 acontece em Joanesburgo, África do Sul, entre 31 de outubro e 2 de novembro, e engloba mercado, fórum e conferências, além de oferecer diversas oportunidades para venda e compra de conteúdo, formação de parcerias, acesso à informação e networking. São esperadas 175 empresas e mais de mil representantes, entre compradores, produtores, expositores e visitantes. Esta é a sétima edição do evento e o Brasil terá destaque na programação.


O Fórum de Coprodução incluirá, a mesa “Viva Brazil!”, apresentada por Rachel do Valle, gerente executiva do Brazilian TV Producers. A proposta é discutir a coprodução atual entre Brasil e países africanos, no intuito de encontrar canais de comunicação ainda melhores entre produtores independentes brasileiros e seus parceiros africanos, não apenas em países onde o português é a língua oficial. Estarão no  painel Monica Monteiro (Cinevídeo Produções), Neil Brandt (Fireworks Media), Michael Dearham (Cote Ouest) e um representante da National Film and Video Foundation. A empresa brasileira Cinevídeo abriu há dois anos uma sede em Moçambique e, cada vez mais, tem estreitado suas produções com países da África.

Durante as discussões, serão abordados temas como “Oportunidades de Coprodução entre África e Brasil”, “O Impacto das Tecnologias Móveis”, “Desenvolvimento, Coprodução e Exportação de Projetos Televisivos em Francês”, entre outros. O discurso de abertura, “O Benefício da Migração Digital”, será feito por Jason Njoku, CEO e fundador da iROKO Partners, maior parceiro do Youtube no continente africano e maior distribuidor de filmes da chamada “Nollywood”, indústria audiovisual da Nigéria.

fonte:

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Jaraguá do Sul sedia Festival de Cinema nos Museus até novembro


 

Três principais museus da cidade serão sede de exibições gratuitas.
Curtas estrelados por Amácio Mazzaropi são destaques do evento.

Cinemaiêutica, produzido em Joinville, faz parte do festival (Foto: Divulgação)Cinemaiêutica, produzido em Joinville, faz parte do
festival (Foto: Divulgação)
Nesta quarta-feira (24) inicia o Festival Cinema nos Museus, em Jaraguá do Sul, na região Norte de Santa Catarina. Durante o evento, os três principais museus da cidade - WEG, Histórico Emílio da Silva e Wolfgang Weege - serão sede de exibições gratuitas de diversos curta-metragens. A mostra segue até o dia 28 de novembro.

O principal objetivo do projeto, desenvolvido pelo Museu WEG e viabilizado através da Lei Rouanet do Ministério da Cultura, é levar filmes fora do circuito a espaços alternativos, movimentando assim os espaços com uma programação diferente. Curtas catarinenses e até mesmo produções feitas em Jaraguá do Sul fazem parte da lista de atrações.
As sessões serão temáticas e um dos destaques da programação é a exibição de curtas estrelados por Amácio Mazzaropi, que ficou imortalizado por sua atuação em Jeca Tatu, comédia brasileira de 1959. No ano em que se comemora o centenário de Mazzaropi, os filmes apresentados durante o festival foram selecionados pelo próprio filho dele, Andre Luiz Mazzaropi.
Todas as sessões são gratuitas, mas é preciso retirar ingresso junto aos Museus participantes com antecedência. Elas serão no Museu WEG nas quartas-feiras, às 19h30, no Museu Histórico Emílio da Silva, às 15h, e, aos sábados, no Museu Malwee, às 15h. O evento é aberto a toda comunidade.

Confira a programação completa no site do Festival Cinema nos Museus.

fonte:

terça-feira, 23 de outubro de 2012

MIS - Destaques da programação


Informativo

Confira os destaques do programa

CONVITE - para participar da Semana de Valorização do Patrimônio Cultural da Cidade de São Paulo



Acontecerá entre os dias 29 de outubro e 01 de novembro de 2012, no auditório da Biblioteca Mário de Andrade. As inscrições podem ser feitas diariamente no local, nos dias do evento.


Att,
Arq. Licia M. A. de Oliveira Ferreira
Chefe de Seção Técnica de Programas de Valorização do Patrimônio
SMC - Departamento de Patrimônio Histórico 
tel. 3397. 0220





Semana de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de São Paulo

Memórias e urbanidades paulistanas: 29 de outubro a 1º de novembro de 2012
A Semana de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural integra o calendário de atividades da Cidade de São Paulo e é promovida pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). O evento de 2012 enfoca os temas da urbanidade e da memória. Através da apropriação dos espaços públicos – e, portanto, do acolhimento da cidade e da construção de uma identidade e de uma memória –, busca-se a valorização do patrimônio cultural. 

Turismo cultural, arte pública e cidadania, e memória urbana serão os objetos de discussões de palestras e mesas redondas que ocorrerão nos dias 29, 30 e 31 de outubro, no Auditório da Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94). As atividades culturais programadas para o evento deste ano incluem visitas monitoradas ao centro histórico, edifícios, parques, obras de arte e ao Cemitério da Consolação. 

As inscrições serão feitas durante o evento, a cada dia, na recepção da Biblioteca Mário de Andrade, sempre a partir das 13h00, e permanecerão abertas até a lotação completa do auditório. Ao final de cada dia, serão distribuídos os certificados.


PROGRAMAÇÃO*

29/10/2012 – segunda-feira 
13h-14h – Credenciamento 

14h – Abertura      Carlos Augusto Machado Calil (Secretário Municipal de Cultura) 

14h15-15h45 –  Palestra “Memórias e urbanidades paulistanas”      
José de Souza Martins (FFLCH/USP) 

15h45-16h – Intervalo 

16h-18h – Mesa redonda “Turismo e patrimônio”      
Mário Jorge Pires (ECA/USP)   
Vera Lúcia Dias (guia cultural)     
Moderador: José Roberto Neffa Sadek (Secretário Adjunto da Cultura)  
30/10/2012 – terça-feira 
13h-14h – Credenciamento  

14h-15h30 – Palestra “Memórias afetivas da metrópole”      
Ugo Giorgetti (SP Filmes de São Paulo) 

15h30-16h – Intervalo 

16h-18h – Mesa redonda “Memória e espaço urbano”      
Francisco Folco (Memorial Penha de França)      
Fraya Frehse (FFLCH/USP)   
 Moderador: José Eduardo de Assis Lefèvre (Presidente do CONPRESP)  

31/10/2012 – quarta-feira
13h-14h – Credenciamento 

14h-15h30 – Palestra “Arte e espaço público”      
Walter Pires (Diretor do DPH) 

15h30-16h – Intervalo 

16h-18h
Mesa redonda “Arte pública e cidadania”      
Eduardo Srur (artista plástico)    
Vera Pallamin (FAU/USP)     
Moderador: Sérgio Luís Abrahão (Arquiteto do Gabinete do DPH)

ATIVIDADES EXTERNAS E VISITAÇÃO MONITORADA
Durante o evento, no saguão da Biblioteca Mário de Andrade, serão exibidos documentários de B.J.Duarte sobre a cidade de São Paulo, pertencentes ao acervo da Cinemateca Brasileira.       
Curadoria Casa da Imagem / Museu da Cidade de São Paulo  

29/10/2012 – segunda-feira 
Caminhada noturna pelo Centro da cidade e Jornada Fotográfica 
18h30-20h - Ponto de encontro: em frente à biblioteca 
Carlos Beutel (Restaurante Vegetariano Apfel)    
André Douek (Museu da Cidade de São Paulo)  

30/10/2012 – terça-feira 
Visita monitorada ao Cemitério da Consolação 
10h-12h – Ponto de encontro: em frente ao cemitério      
Francivaldo Gomes (Serviço Funerário Municipal) 

Visita monitorada à Biblioteca Mário de Andrade
11h-13h – Ponto de encontro: em frente à biblioteca

 31/10/2012 – quarta-feira
Visita ao Parque Jardim da Luz e Jornada Fotográfica 
10h-12h – Ponto de encontro: em frente à administração do parque      
Projeto Trilhas Urbanas (SVMA)     
André Douek (Museu da Cidade de São Paulo)  

01/11/2012 – quinta-feira 
Visita ao Parque Trianon e Jornada Fotográfica 
10h-12h – Ponto de encontro: em frente à administração do parque    
Projeto Trilhas Urbanas (SVMA)     
André Douek (Museu da Cidade de São Paulo)  

Visita às obras de restauração da Fonte Monumental 
14h-16h – Ponto de encontro: em frente ao portão de entrada do canteiro de obras, na altura do número 179 da Rua Vitória   
Fábio Donadio (Arquiteto do DPH) 
_________________________________________________________________

DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Av. São João, 473, 7º andar
Centro, São Paulo-SP. CEP 01035-000
Telefone: 11 3331-3813
Horário de atendimento: das 9h às 17h
dphgabinete@prefeitura.sp.gov.br

Divisão de Administração
Av. São João, 473, 7º andar
Centro, São Paulo-SP. CEP 01035-000
Telefone: 11 3333-3670
Horário de atendimento: das 9h às 17h
dphpadm@prefeitura.sp.gov.br

Divisão de Preservação
Av. São João, 473, 8º andar
Centro, São Paulo-SP. CEP 01035-000
Telefone: 11 3331-2797
Horário de atendimento: das 9h às 17h
dphpreserv@prefeitura.sp.gov.br

Museu da Cidade de São Paulo
Rua Roberto Simonsen, 136
Centro, São Paulo-SP. CEP 01017-020
Horário de atendimento: das 9 às 17h
Telefone: 11 3241-1081
museudacidade@prefeitura.sp.gov.br

Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do 
Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo
Av. São João, 473, 17º andar
Centro, São Paulo-SP. CEP 01035-000
Telefone: 11 3361-3119
Horário de atendimento: das 10h às 16h
conpresp@prefeitura.sp.gov.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O cinema vai ao museu


Philippe Dubois, considerado hoje um dos grandes pesquisadores do campo da imagem, fala da relação do cinema com a arte contemporânea. Afinal, como se deu essa aproximação? O teórico francês responde em entrevista ao 'sobreCultura', suplemento trimestral da CH.

Por: Consuelo Lins e Isabela Fraga

Publicado em 20/10/2012 | Atualizado em 20/10/2012


Durante visita ao Brasil, Philippe Dubois falou, entre outros assuntos, do momento em que os artistas começaram a enxergar os filmes como obras de arte. (foto: Natalia Turini)

Na instalação 24 Hour Psycho (1993), o artista escocês Douglas Gordon exibe em câmera lenta o filme Psicose, de Alfred Hitchcock, de modo que dure exatamente 24 horas, e não os 109 minutos originais. É a obra mais famosa baseada no clássico de suspense e representa a aproximação, cada vez mais intensa, entre cinema e arte. Sim, porque a história das salas de cinema e museus nem sempre esteve entrelaçada. Pelo contrário, diz Philippe Dubois, da universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle), considerado hoje um dos maiores pesquisadores do campo da imagem.
Qual a diferença entre assistir a um filme no cinema ou no museu?

Autor de livros influentes no meio dos estudos audiovisuais, como O ato fotográfico e Cinema, vídeo, Godard, ele tem se dedicado a pesquisar a dimensão artística do cinema e sua relação com a arte contemporânea – o ‘cinema de exposição’. A expressão foi cunhada pelo crítico de arte Jean Christophe Royoux, no início dos anos 2000, para designar a transposição do cinema para os museus e galerias de arte, em oposição ao tradicional ‘cinema de projeção’ das salas escuras.

Para Dubois, o cinema de exposição traz muitas questões, tanto estéticas quanto históricas. Qual a diferença entre assistir a um filme no cinema ou no museu? Como o espectador interage com o filme nessas duas situações? Quando artistas começaram a utilizar o cinema como obras de arte? Como se deu essa aproximação? Qual era a relação entre os dois campos antes de se misturarem? Em visita ao Brasil, este ano, Dubois concedeu essa entrevista ao sobreCultura, passeando ainda por outros assuntos, como a experiência cinematográfica a partir das novas tecnologias, a videoarte e o controverso ‘cinema de verdade’.
Assista a pequeno trecho de
24 Hour Psycho, de Douglas Gordon




sobreCultura: A proximidade entre o cinema e a arte é algo relativamente novo. Como vem se dando essa relação a partir de uma perspectiva histórica?
Philippe Dubois: Podemos dizer que, de 20 anos para cá, o cinema e a arte contemporânea se aproximam cada vez mais: há artistas que usam o cinema; há cineastas que fazem exposições e instalações. Mas devemos lembrar que esses dois domínios não estiveram sempre tão próximos. Ao contrário: chegavam mesmo a se ignorar. O cinema nem sempre foi definido como um campo artístico – tem sido visto como objeto cultural, de consumo, ligado à diversão ou científico. E, por isso, a relação da arte com o cinema não é automática. As instituições da arte e do cinema nem sempre colaboraram entre si. Houve algumas experiências nas décadas de 1920 e de 1960, mas, de forma geral, o mundo do cinema ignorou o mundo da arte – é comum cineastas desconhecerem a história da arte, da pintura etc. – e muitas instituições, como os grandes museus, não estimularam essa relação. Isso quando não houve certo desprezo entre eles.
“Alguns museus cultivam a ideia de que podem mostrar todas as artes, mas não são muitos os que consideram a possibilidade de colecionar e preservar o cinema como um domínio da arte”

Alguns museus cultivam a ideia de que podem mostrar todas as artes, mas não são muitos os que consideram a possibilidade de colecionar e preservar o cinema como um domínio da arte. Aí entra a questão da legitimidade, do valor conferido ao cinema como expressão artística.

A experiência do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) é interessante, pois foi o primeiro museu de arte moderna a incluir um departamento de cinema com a mesma estatura dos departamentos de pintura e de escultura. Isso aconteceu somente em 1936. De início, o conselho administrativo do museu não concordou. “Como colocar filmes ao lado de El Greco e de Pollock?”, perguntavam. Até que aquela que seria a primeira diretora do departamento de filmes os convenceu. Ela teve de fazer uma conferência sobre o cinema como a sétima arte, uma arte como outra qualquer.

Hoje isso parece mais banal. Ainda assim, a coleção de filmes do Centro Pompidou, em Paris, abrange filmes de arte e sobre arte, mas não filmes tradicionais, como, por exemplo, um de Hitchcock. Para entrar na cinemateca do Pompidou, os filmes precisam ter uma dimensão explicitamente artística. Nos anos 1990, ao mesmo tempo em que os museus criavam departamentos de filmes, foram inaugurados museus de cinema, cinematecas e arquivos de filmes. Hoje, a situação é diferente: todos os museus fazem exibições de filmes e muitos cineastas querem fazer exposições com seus filmes. Há um desejo de encontro dos dois lados, uma vontade de achar um território onde se possam realizar atividades comuns.

Às vezes, pessoas ligadas às artes dizem que o verdadeiro cinema está na arte e não no próprio cinema – o cinema autêntico seria o experimentalismo, por exemplo. Essa afirmação faz sentido?
Existe uma grande diversidade no cinema: documentário, científico, industrial, de autor etc. E há o cinema experimental. Ele é tão velho quanto o próprio cinema – no começo, tudo era novo e só havia experimentação. Méliès era experimental, Lumière era experimental. Foram os artistas plásticos, próximos ao mundo da pintura, da performance e das correntes de vanguarda (surrealismo, futurismo, dadaísmo etc.), que se apropriaram do cinema como um instrumento suplementar: além do pincel e dos utensílios para esculpir, usavam a câmera. Nos anos 1920, sobretudo nos meios de vanguarda, surgiu uma forte orientação de se trabalhar o cinema como material de arte. Mais tarde, essa apropriação evoluiu, mas a questão da utilização de imagem móvel e som como projeto artístico sempre se colocou. E essa ideia está hoje perfeitamente integrada ao mundo da arte.

O cinema de produção comercial é muito mais ambíguo. A noção de ‘cinema de autor’ foi bastante utilizada pela revista Cahiers du Cinéma nos anos 1960 para designar os cineastas norte-americanos dos anos 1930 e 1940 que eram capazes de transmitir suas ideias de forma pessoal, independentemente do desejo do produtor ou do público visado. Hoje, não há mais essa noção de autor. Godard é o quê? Nos anos 1960, ele era um autor. Hoje, seu estatuto mudou: é um cineasta-artista, com toda a ambiguidade que o termo carrega. Passamos ao cinema de artista, o que é um sinal de proximidade entre os dois universos. Mas daí a dizer que é este o verdadeiro cinema? Não sei o que é o ‘verdadeiro cinema’. O documentário; os filmes dos [Steven] Spielberg (se o critério for o sucesso popular); o cinema de arte (se o critério for inventar formas) – são todos cinema de verdade. ‘Verdadeiro’ não quer dizer nada por si só, depende da concepção de verdade que queremos utilizar.
Assista à Viagem à Lua, de Méliès



Seu livro Cinema, vídeo, Godard traz o conceito do cinema como um “dispositivo modelo”, que compreende a sala escura, espectadores imóveis, silêncio etc.
Em que sentido, a permanência desse dispositivo, como afirma, seria comparável à leitura de romances do século 19 hoje em dia? Refiro-me à incrível estabilidade do dispositivo. Temos hoje exatamente o mesmo dispositivo que os irmãos Lumière utilizaram. As pessoas saem de suas casas para ir ao cinema, pagam o ingresso, entram numa sala escura, sentam-se numa cadeira, há um aparelho que projeta o filme na tela em frente. Desde o fim do século 19 até hoje, o cinema é isso. É verdade que há algumas experiências distintas, como o cinema em duas telas, mas elas são marginais. O dispositivo cinematográfico é de uma estabilidade extraordinária, ao ponto de que define em si o que é o cinema. Assistir a um filme no seu computador não é cinema, embora sejam filmes. A identidade do cinema é a projeção em 35 mm numa sala com outras pessoas que querem ver aquele filme. Todas as outras artes tiveram variações maiores de dispositivo. O teatro e a pintura, o vídeo, a televisão, tudo isso mudou. O cinema não.

Quais as implicações da diferença de temporalidade no cinema propriamente dito e no ‘cinema de exposição’?
No cinema tradicional, o tempo é imposto ao espectador: ele deve chegar a uma determinada hora e, após duas horas, deve sair. Ele pode sair antes, mas, de qualquer forma, a única ação possível é partir. Nos museus, nas instalações, o tempo é livre. O espectador que entra numa galeria de arte ou num museu administra o tempo livremente. Ele entra quando quer, fica o quanto quer. É ele quem faz a montagem, decide a trajetória pela sala para ver as imagens projetadas e outras ações do tipo. Há liberdade, mas também a responsabilidade de construir sua visão da obra. A essa liberdade/responsabilidade juntam-se os dispositivos de tempo específicos, como as instalações que aplicam o tempo real. Um cineasta que brincou bastante com isso foi o francês Chris Marker. Em Zapping zone, de 1990, estão presentes várias temporalidades. Ele colocou numa sala dezenas de monitores e telas que exibem de filmes de arquivo a programas da televisão japonesa, em tempo mais rápido e mais lento, descontinuados. O espectador circula pela sala, construindo sua própria narrativa da obra e pode interagir com os monitores, trocando de canal.
Veja imagens de Zapping zone,
instalação de Chris Marker



Podemos dizer que o ‘cinema de exposição’ dá mais atenção à materialidade do cinema?
Sim e não. Essa é uma questão complexa. O cinema tradicional dá atenção à materialidade no sentido de importar, por exemplo, como o cineasta vai usar a luz sobre uma porta, sobre um muro etc. Já o vídeo é muito menos plástico que o cinema desse ponto de vista, porque a tela é menor. Nele, há uma plasticidade diferente, possibilitada pelo utensílio: podemos filmar 10 horas sem parar, filmar rapidamente, seguidamente. Há um tipo de maleabilidade da condição de filmagem e de exibição de imagens. A materialidade do vídeo está ligada ao desenvolvimento extraordinário dos utensílios manuais. Veja o controle remoto. Não teorizamos muito sobre ele, mas quando o temos nas mãos, controlamos o som, a imagem, a luminosidade, o contraste. Inacreditável! Podemos deixar uma imagem mais clara, mais escura, mais contrastada. E, mais tarde, o mouse de computador. Podemos fazer com o mouse o que um pintor faz com uma tela. Os primeiros sítios pornográficos na França, por exemplo, utilizavam muito o mouse como um objeto físico: era possível acariciar o seio de uma mulher com o mouse e ela reagia.

A videoarte fez a mediação entre o cinema e a arte contemporânea. Esse cenário mudou? Qual o papel da videoarte hoje?
Hoje, a videoarte não é mais um campo específico. Foi uma criação dos anos 1970 que durou até os anos 1990. Depois, tudo se tornou digital: o vídeo, o cinema, a internet, o texto. Entramos numa fase digital das imagens, dos textos, dos sons. Por outro lado, conferimos ao vídeo uma significação mais ampla, que abrange todos os exemplos de cinema no museu. Ele faz-se presente pelo suporte do vídeo, pelo videocassete, pelo DVD. Nesse sentido, é o vídeo que possibilita o cinema estar presente nos museus. Foram poucas as vezes em que esteve presente como película. O projetor de película continua, entretanto, como um souvenir de tecnologias do passado.

Em meados dos anos 1980, nos museus, víamos as obras nas telas de TV. Não havia projeção porque o projetor de vídeo, então, não era interessante para os cineastas e os artistas. Em 1985 surgiu uma nova geração, na qual [o videoartista norte-americano] Bill Viola teve um papel essencial. Foi ele quem aproveitou as imagens em qualidade cinematográfica, em grande formato, projetadas. Foi somente a partir daí que se apresentou outro modo de ver filmes no museu – passamos da era da videoescultura para a videoprojeção.

Como o senhor vê o ‘cinema de exposição’ na internet – no Youtube, por exemplo?
“Há uma geração de estudantes que assistiu a vários filmes no Youtube. Eles assistiram aos filmes? Eu acho que não”

Eu não assisto a vídeos no Youtube [risos]. Eles têm seu tamanho muito comprimido e a qualidade é ruim. Outro dia, vi na estação de trem uma pessoa que assistia algo num celular e, quando cheguei perto, vi que se tratava de Cidadão Kane [clássico de Orson Welles]. Como alguém consegue assistir a Cidadão Kane numa tela de 5 x 5 cm? Em termos de acesso, a internet é formidável – podemos ver filmes aos quais nunca teríamos acesso em película. Mas em relação à experiência e à qualidade de imagem, é péssimo.

Há uma geração de estudantes que assistiu a vários filmes no Youtube. Eles assistiram aos filmes? Eu acho que não. Para mim, Youtube é recurso de acesso a filmes como informação, não como filmes. Não há a experiência do filme nem de sua plasticidade.

Por que Psicose, de Hitchcock, é tão utilizado pelo ‘cinema de exposição’?
De fato, há mais de 50 obras de artistas que fazem referências bem diretas a esse filme. Para muitos artistas, trata-se de uma matriz para o trabalho de experimentação com formas. Psicose está no imaginário. O filme joga com todos os tipos de sensações: medo, surpresa etc. Hitchcock, mais que outros cineastas, tem muitos filmes desse tipo, mas Psicose é o filme obrigatório para todos. Há artistas que fizeram remakes de todos os filmes de Hitchcock – com pessoas surdas, mudas, deficientes de maneira geral; há até um Psicose pornô!
Você leu entrevista publicada no sobreCultura 10. Clique no ícone a seguir para baixar a versão integral do suplemento.


Consuelo Lins
Escola de Comunicação
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Isabela Fraga
Especial para o sobreCultura

fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/296/o-cinema-vai-ao-museu

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Albert Museum inauguração não Sábado uma Exposição Hollywood Costume, COM alguns famosos figurinos DOS MAIS fazer cinema.


Sétima arte na galeria




Uma das instituições de arte Mais Tradicionais de Londres, o Victoria and Albert Museum inauguração não Sábado uma Exposição Hollywood Costume, COM alguns famosos figurinos DOS MAIS fazer cinema.

 Entre OS Personagens retratados nd Mostra estao a Dorothy de "O mágico de Oz" EO doce vagabundo de Charlie Chaplin.

veja vídeo 1:32 em


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Acervo Olho Latino: confira o vídeo sobre a mostra "Pinturas e Esculturas" da artista plástica Piki



Mostra "Pinturas e Esculturas" da artista plástica Piki - Maria Aparecida Bueno de Mello (1919-2009) - pertencente às comemorações dos 40 anos de Artes da PUC-Campinas, em exposição na Galeria de Arte da Faculdade de Artes Visuais - CLC da Universidade de 18 de setembro a 05 de outubro de 2012.

A curadoria é do prof. Dr. Paulo Cheida Sans.
As obras pertencem ao Acervo do Museu Olho Latino.

Acesse o site www.olholatino.com.br  e confira com o vídeo com as obras do Acervo Olho Latino que compõem a mostra.

Museu Olho Latino
museu@olholatino.com.br
www.olholatino.com.br

O Senac Lapa Scipião está com inscrições abertas para a Palestra: O método antropológico de fazer roteiros, com Luiz Bolognesi.



Para você na área de cinema, vídeo e TV, ele agregará novas competências e complementará sua formação nesta área.

Para mais informações, entre em contato com nossa equipe de Atendimento ao Cliente pelo telefone (11) 3475.2200 ou se preferir faça sua inscrição pelo nosso portal clicando aqui.

Cine Futuro terá mostra dedicada a filmografia de Orson Welles


Retrospectiva exibirá 15 produções do prestigiado diretor, famoso por produções como o filme Cidadão Kane


Orson Welles


Neste ano, o Festival CineFuturo - VIII Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, acontece entre os dias 09 e 15 de novembro, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, e vai homenagear um dos maiores gênios do cinema: o premiado cineasta Orson Welles.

Aclamada pela crítica, sua carreira será lembrada na Mostra Retrospectiva, que exibirá 15 filmes gratuitamente ao público inscrito.

Acesse o canal de Cinema do iBahia

Foram 45 anos de carreira cinematográfica e dezenas de filmes. Sua obra mais conhecida, Cidadão Kane (1941), rendeu ao diretor o Oscar de melhor roteiro. Além disso, foi considerado o melhor filme de todos os tempos cinco vezes consecutivas pelo British Film Institute (BFI). Reconhecendo o mérito da obra, a American Film Institute o classificou como o melhor filme dos Estados Unidos já realizado.
"Multifacetado, o artista acumulou funções de diretor, produtor, roteirista, ator e narrador "



Inovação
Welles é conhecido pela sua direção ousada e enredos que fogem do comum. No mundo cinematográfico, o artista acumulou funções de diretor, produtor, roteirista, ator e narrador, mostrando suas múltiplas facetas. Sua fonte de inspiração passa pelo expressionismo, por obras do dramaturgo Willian Shakespeare e célebres escritores, a exemplo de Franz Kafka e Miguel de Cervantes.

Veja programação completa do evento


No set de filmagem


Em 1934, Welles dirigiu o seu primeiro curta-metragem, Hearts of Age, mesmo ano em que estreou na rádio. Em 1938, em um programa da CBN, Orson Welles aterrorizou o público americano quando transmitiu uma suposta invasão marciana, cujo texto era uma adaptação do livro A Guerra dos Mundos, de H.G Wells. Imaginando ser real a ameaça alienígena, muitos ouvintes fugiram de suas casas após a transmissão, ocasionando tumulto e desespero na população norte-americana.

Alguns de seus filmes fracassaram nas bilheterias dos Estados Unidos. Mas seu brilhantismo foi reconhecido posteriormente por diversos críticos cinematográficos. O filme A Marca da Maldade (Touch of Evil), produzido em 1956, é um exemplo.

Mesmo com pouco público, e baixa arrecadação, seu trabalho foi gratificado pela Brussels World's Fair, dois anos depois de lançado. Ademais, recebeu um prêmio especial no Círculo de Críticos de Cinema de New York, em 1998.

Grande diretor, produtor e ator. Orson Welles traduzia em suas diversas atividades o amor pelo cinema. Com seu gênio inventivo e sofisticado, ele conseguiu deixar sua marca na história do cinema. Sua obras são, até hoje, reconhecidas pela crítica e público.

fonte:
http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/cine-futuro-tera-mostra-dedicada-a-filmografia-de-orson-welles/

Mostra Internacional de Cinema começa na 6ª



Os filmes serão exibidos em 28 salas de cinema, museus e instituições culturais. Algumas das sessões, voltadas para estudantes, são gratuitas

Da Redação

Um ano após a morte de seu criador, Leon Cakoff, a 36ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começa na próxima sexta-feira (19) privilegiando filmes inéditos no Brasil. Até o dia 2 de novembro, o festival apresenta cerca de 350 filmes de mais de 60 países.

Este ano, a mostra faz homenagem especial ao diretor russo Andrei Tarkóvski (1932-1986), com uma retrospectiva completa de sua obra e o lançamento do livro Tarkóvski-Instantâneos, que apresenta 60 imagens polaróides feitas pelo diretor. Paralelamente à exibição de filmes, será realizada também a exposição Luz Instantânea: Polaroides de Andrei Tarkóvski, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), com uma série de 80 imagens feitas pelo diretor entre os anos 1979 e 1984.

O japonês Minoru Shibuya (1907-1980) e o russo Sergei Loznitsa, que vai participar do evento, são outros diretores homenageados na mostra. A exibição do filme Alma Corsária também marca homenagem especial ao diretor brasileiro Carlos Reichenbach, que morreu em junho deste ano.

Entre os filmes em exibição estão o italiano A Bela Que Dorme, de Marco Bellochio, premiado no Festival de Veneza deste ano; Além das Montanhas, de Cristian Mungiu, premiado por melhor roteiro no Festival de Cannes; Tabu, do jovem diretor português Miguel Gomes, premiado no Festival de Cinema de Berlim e que já foi exibido no Festival do Rio; e The Angel’s Share, de Ken Loach, que recebeu o prêmio especial do júri em Cannes.

Os filmes serão exibidos em 28 salas de cinema, museus e instituições culturais da capital paulista. Algumas das sessões, como as que ocorrem no Festival da Juventude voltadas para estudantes, são gratuitas. Basta que o estudante de ensino fundamental ou médio apresente comprovante escolar. Haverá também sessões gratuitas no Itaú Cultural, no vão livre do Masp, na Matilha Cultural, na Faap e nos centros educacionais integrados (Ceus) Perus e Parque Anhanguera. As sessões no Cine Olido custam apenas R$ 1.

Uma sessão especial de Nosferatu, de F.W. Murnau, um dos filmes de terror mais influentes da história do cinema, será exibida ao ar livre no Parque Ibirapuera, com acompanhamento da Orquestra Sinfônica e Coral e regência do maestro alemão Pierre Oser. A sessão encerra a mostra de cinema no dia 2 de novembro, a partir das 20h. Haverá também uma exibição do clássico Tubarão, de Steven Spielberg, em data ainda não anunciada. Na cerimônia de premiação do evento, marcada para 1º de novembro, será apresentada a animação Frankenweenie, de Tim Burton, produção inédita no país.

Após a exibição na capital, alguns dos filmes seguem para apresentação nas cidades de Araraquara, Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto, Santos, São Carlos, São José dos Campos e Sorocaba.

Mais informações sobre a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo podem ser encontradas no site http://36.mostra.org/


sábado, 13 de outubro de 2012

Museu de Imagem e Som de São Paulo seleciona filmes brasileiros inéditos para promover lançamento gratuito


Na próxima etapa de convocação do projeto, que tem inscrições abertas permanentemente para interessados de todo o país, serão selecionados de 3 a 5 curta-metragens, com duração de até 20 minutos (com a inclusão de créditos)


Desde 2011, o Museu de Imagem e Som de São Paulo (MIS) realiza um projeto que incentiva a produção cinematográfica nacional, por meio do lançamento gratuito de obras inéditas.

Na próxima etapa de convocação do projeto, que tem inscrições abertas permanentemente para interessados de todo o país, serão selecionados de 3 a 5 curta-metragens, com duração de até 20 minutos (com a inclusão de créditos).

Além disso, é fundamental que sejam inéditos na cidade e tenham sido terminados do ano de 2010 em diante. Saiba como obter mais informações e se inscrever aqui.

Com informações do Catraca Livre 


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Oficinas de audiovisual, fotografia e animação movimentam a 3ª Mostrinha de Cinema Infantil

Em apenas dois dias de evento, a 3ª Mostrinha de Cinema Infantil, que vai até o dia 12 de outubro, já reuniu mais de 1.800 alunos de escolas e creches municipais no Teatro Glauber Rocha (Uesb). Além de conferir a exibição dos filmes – 22 curtas-metragens cuidadosamente selecionados entre as melhores produções nacionais –, crianças e profissionais do cinema e da educação se juntaram para exercitar a sétima arte através de oficinas.

Para esta edição, o Programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo Uesb preparou três oficinas abertas a alunos: Animação/Pixilation, com Ruth Takiya (SP), ministrante do Festival Internacional de Animação do Brasil  o conceituado Anima Mundi ; Fotografia, com o professor Rogério Luiz Oliveira (Uesb), e Produção Audiovisual/Sonorização, com o professor Glauber Lacerda (Uesb). Ambos os docentes são pesquisadores do cinema e do audiovisual. Essas oficinas aconteceram no Centro de Aperfeiçoamento Profissional da Uesb (Cap) e na sala de cinema do Janela Indiscreta no Módulo de Comunicação Professor Gileno Paiva, das 8 às 12 e das 14 às 17 horas.

Nos dias 10 e 11, voltada especialmente para educadores, acontece a oficina Cineclube na Escola (das 8 às 12 e das 14 às 18 horas, no CAP), ministrada por Marialva Monteiro, curadora da Mostrinha e fundadora do Cineduc-RJ, e Simone Monteiro, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Essa oficina, além de outros exercícios, discute a possibilidade de construir um projeto para a formação de cineclubes nas escolas da rede municipal.

A 3ª Mostrinha de Cinema Infantil é uma realização da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e do Programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo Uesb, com a correalização da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Uesb (FADCT) e da Prefeitura de Vitória da Conquista, através da Secretaria Municipal de Educação. O evento também conta com o apoio da Rede Kino – Rede Latino-americana de Educação, Cinema e Audiovisual e o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Governo Federal, por meio do Programa BNB de Cultura.

fonte:
http://www.pmvc.com.br/v1/noticia/10094/oficinas-de-audiovisual-fotografia-e-animacao-movimentam-a-3a-mostrinha-de-cinema-infantil.html

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Um dos eventos mais esperados do ano pelos cinéfilos, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

 chega à 36ª edição e acontece de 19 de outubro a 1º de novembro em 28 espaços de exibição espalhados por toda a cidade. O festival de 2012 presta uma homenagem ao diretor russo Andrei Tarkóvski, cuja obra cinematográfica terá retrospectiva completa, além do lançamento de um livro e uma exposição de fotografias no formato polaroide.

Com mais de 350 títulos na programação, o evento também inclui sessões gratuitas, Competição Novos Diretores, perspectiva internacional, retrospectivas, apresentações especiais e a Mostra Brasil, que destaca a produção de filmes brasileiros ainda inéditos em São Paulo. Outro diretor relembrado e homenageado pela organização da Mostra é o japonês Minoru Shibuya, que terá sete trabalhos apresentados ao público.

Assim como São Paulo possui grande diversidade de nacionalidades das pessoas que vivem na cidade, a origem dos filmes selecionados para o festival também é variada. Há produções de mais de 60 países como Áustria, Afeganistão, Bulgária, Cazaquistão, Chile, China, Cuba, Dinamarca, Egito, Grécia, Holanda, Indonésia, Irã, Iraque, Líbano, Marrocos, México, Palestina, República Checa, Romênia, Rússia, Sérvia, Tailândia, Turquia, Uganda e Venezuela, entre muitos outros.

São mais de 60 filmes brasileiros exibidos durante o período e cerca de 30 títulos representam o cinema latino. A Alemanha, por sua vez, será o foco com trabalhos antigos ou lançamentos que visam estimular e promover a discussão para coprodução entre o país europeu em parceria com o Brasil. Dentro dessa proposta, a Mostra realizará uma sessão ao ar livre exclusiva e gratuita da clássica obra alemã Nosferatu, de FW Murnau (1922), no dia 2 de novembro, no Parque do Ibirapuera.

Além disso, haverá outras exibições com entrada franca no Festival da Juventude (horários diferenciados em algumas salas), no Itaú Cultural, no Vão Livre do Masp, na Faap, na Matilha Cultural e nos CEUS Perus e Parque Anhanguera.

Saiba mais sobre as sessões especiais e gratuitas da programação, como o Festival da Juventude e no Parque Ibirapuera em 2 de novembro.

Acompanhe a programação completa e todos os detalhes no site da 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Confira também a lista de filmes da Mostra Brasil.

Serviço:

36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Data: de 19 de outubro a 1º de novembro.

Locais: Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca; Cine Livraria Cultura; Espaço Itaú de Cinema – Pompéia; Espaço Itaú de Cinema Augusta; Cine Sabesp; Cinesesc; Faap; Cine Olido; Cinemateca; Reserva Cultural; Matilha Cultural; MIS; Cinusp; Masp (Vão Livre); Itaú Cultural; CEU Perus; CEU Parque Anhanguera; Cinemark Eldorado; Cinemark Cidade Jardim; Cinemark Santa Cruz; Cine Espaço The Square.
Preços: segundas, terças, quartas e quintas: R$ 15 (inteira) / R$ 7,50 (meia). Sextas, sábados e domingos: R$ 19 (inteira) / R$ 9,50 (meia)

Venda de pacotes: de 13 de outubro a 1º de novembro, das 10 às 21h (Endereço: Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073, ao lado do Cine Livraria Cultura). Valores: permanente integral: R$ 410. Pacote de 40 ingressos: R$ 300. Pacote de 20 ingressos: R$ 175.

http://36.mostra.org

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sucesso de diretores brasileiros no exterior pode abrir mercado para profissionais do audiovisual

A atuação de cineastas brasileiros no exterior, dirigindo filmes em Hollywood ou no cinema europeu, pode abrir oportunidades no mercado internacional para outros profissionais do setor, como roteiristas, diretores de arte e editores de imagem e de som. A avaliação é do montador e editor de som Waldir Xavier, que durante 14 anos trabalhou na indústria cinematográfica da França, país onde vivia desde 1988 e se formou em cinema na Universidade de Paris 7.


Em Água Negra, produção norte-americana dirigida por Walter Salles em 2005, por exemplo, a fotografia foi assinada por Affonso Beato e a edição por Daniel Rezende. Robocop, que José Padilha está filmando nos Estados Unidos, também tem edição de Daniel Rezende e a fotografia é assinada por outro brasileiro, Lula Carvalho. Já Carlos Saldanha, diretor de sucessos como Rio e a Era do Gelo, teve o brasileiro Renato Falcão como diretor de fotografia em Rio.


Desde 2005, já de volta ao Brasil, Waldir Xavier trabalhou em dois filmes longa-metragem da Premiére Brasil, mostra competitiva do Festival do Rio. São eles: o drama A Coleção Invisível, de Bernard Attai, exibido em sessão de gala na noite de ontem (2) no Cine Odeon Petrobras e o documentário Margaret Mee e a Flor da Lua, de Malu de Martino, que terá a primeira exibição na mesma sala no próximo domingo (7), às 17h.


“São poucos os brasileiros nas equipes técnicas do cinema europeu. O mercado de trabalho é bastante fechado para estrangeiros”, diz Waldir Xavier. “Eu só consegui entrar porque fiz toda a minha formação em cinema lá na França”.


Além da oportunidade de trabalho, outro fator que pesou na decisão de permanecer na França, no início dos anos 90, foi a crise que atingiu o cinema brasileiro naquele período, com a extinção da Embrafilme, no governo de Fernando Collor.


As coproduções entre Brasil e França possibilitaram ao montador criar uma ligação com o cinema nacional. Em 1997, na fase de retomada da atividade cinematográfica brasileira, Xavier trabalhou em Paris para o diretor Walter Salles, na edição sonora do filme Central do Brasil. O mesmo ocorreu em 2002 com outra coprodução franco-brasileira, Madame Satã, dirigida pelo cineasta cearense Karim Aïnouz.


“Um diretor brasileiro que vai trabalhar no exterior, mesmo que o filme seja uma coprodução, muitas vezes tem a possibilidade de indicar profissionais de sua confiança para funções-chave, como a montagem e a direção de arte”, diz Xavier.


Novamente a convite de Aïnouz, ele retornará à Europa em 2013, para assinar a edição de som do mais recente filme do diretor brasileiro, Praia do Futuro, uma coprodução Brasil-Alemanha.


Para Xavier, a Première Brasil do Festival do Rio cumpre bem o papel de “vitrine do cinema brasileiro”, como definem os organizadores do evento. “Sobretudo para os profissionais estrangeiros que vêm ao festival”, diz.


Xavier considera, no entanto, que ainda falta ao Brasil criar uma identidade cinematográfica em termos internacionais, a exemplo do que ocorreu com o cinema argentino. “Este é o momento do cinema brasileiro partir para uma produção mais focada na qualidade artística dos projetos do que na lógica do mercado,” avalia.

fonte:
http://www.midiamax.com/noticias/819011-sucesso+diretores+brasileiros+exterior+pode+abrir+mercado+para+profissionais+audiovisual.html

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

História da imprensa: Brasil e França - curso grátis no Cedem/Unesp

Uma história transnacional da imprensa: Brasil e França

Curso no Cedem/Unesp



Desafios das transferências culturais na imprensa na passagem do século XIX ao XX – circulação de práticas e representações (Brasil e França), curso gratuito de curta duração a ser ministrado por Diana Cooper-Richet, professora de História Contemporânea da Universidade de Versalhes/França, nos dias 24, 25 e 26 de outubro de 2012, das 10h às 12h, no auditório da Editora UNESP em São Paulo.

A vinda da pesquisadora visitante é promovida pelo Programa Jovem Pesquisador - FAPESP e apoiada pelo CEDAP/UNESP - Campus de Assis e CEDEM/UNESP. O objetivo geral do curso, que está dividido em três etapas, é colocar em pauta a discussão sobre o tema da circulação das ideias publicadas em impressos – livros e periódicos – no decorrer do que Eric J. Hobsbawm (1917-2012) chamou de longo século XIX.

O curso será ministrado em três aulas de duas horas cada (exposição e debate), no idioma francês. Haverá distribuição prévia, para os inscritos, do texto original e da tradução em português. Durante o debate, as questões poderão ser feitas em português, francês ou inglês para a professora Diana Cooper-Richet, cujas respostas serão dadas em francês, com mediação da professora Valéria Guimarães: doutora em História (USP), professora da UNESP/Campus de Franca e pesquisadora responsável pelo Projeto: As transferências culturais na imprensa na passagem do século XIX ao XX – Brasil e França - Jovem Pesquisador-FAPESP (www.assis.unesp.br/pjf).



Aula 01

Transferências culturais, circulação de ideias e práticas: o caso da França e do Brasil no século XIX.

Aula 02

O papel das revistas na circulação das ideias: o exemplo das revistas britânicas.

Aula 03

As revistas em português publicadas em Paris na primeira metade do séc.XIX: modelos para o Brasil?

Debatedores

Maria Lúcia Dias Mendes

Doutora em Língua e Literatura Francesa – USP, Professora da UNIFESP

Antonio Celso Ferreira

Doutor em História Social – USP, Professor Titular da UNESP/Assis, Coordenador do CEDEM/UNESP



PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!



Observação: quem presenciar pelo menos duas aulas receberá, por e-mail, o certificado.

Inscrições gratuitas - enviar nome completo, instituição e telefone para:

Sandra Santos, e-mail: ssantos@cedem.unesp.br

Datas e horário: 24, 25 e 26 de outubro de 2012 das 10h às 12h

Local: auditório da Editora UNESP - Praça da Sé, 108 - 7º andar, (metrô Sé)

www.cedem.unesp.br - (11) 3105 – 9903

Arte e Cinema pelos posters

O MIS apresenta a exposição Arte e Cinema pelos posters. A mostra reúne trabalhos de 20 artistas selecionados por convocatória, que elaboraram a releitura de 60 cartazes de filmes consagrados a partir de diferentes técnicas.

Posteres de filmes sempre foram uma referência de suas épocas, contando muito sobre aspectos como o período histórico, moda, costumes e design gráfico. Com curadoria de André Sturm e Alessandra Dorgan, a exposição Arte e cinema pelos posters traz ao Museu um panorama dessa produção com releituras artísticas de cartazes famosos.

Com base em uma rica pesquisa iconográfica com mais de 200 materiais levantados, os curadores selecionaram 60 posteres de filmes consagrados (como Vertigo, Tudo sobre minha mãe, Sete Samurais e Jules e Jim, por exemplo), que serão expostos formando uma Linha do Tempo dentro de um contexto estético e histórico para compor essa narrativa. Dentre os selecionados, estão nomes como Gabriel Ba (quadrinista), Gui Mohallem (fotógrafo), Flavia Junqueira (artista plástica) e Kiko Farkas (designer), entre outros. Além dos cartazes finais, o processo de criação dos artistas para a confecção dos cartazes será exibido em um vídeo na exposição.

Confira a lista dos artistas e coletivos selecionados para a releitura dos cartazes:

Alex Senna
Base V
Biel Carpenter
Catarina Bessell
Dani Hasse
Flávia Junqueira
Fronte
Gabriel Bá
Galeria Experiência
Gui Mohallem
Henry Kage
Jairo Rodrigues
Máquina
Marcos Argola
Nazareno Rodrigues
Quadradão
Renan Benvenuti
Renata de Bonis
Roger Bassetto
Thiago Lacaz

fonte:
http://mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=1121

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Bertioga tem nova programação de cinema para o mês de outubro

Filmes fazem parte do Programa Ponto MIS.
As sessões acontecem às 9h, 14h30 e 20h.

 

A Prefeitura de Bertioga, em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS), o Programa Ponto MIS continua com a realização de oficina de qualificação e exibição de sessões de cinema gratuitas à população da cidade, que fica no litoral de São Paulo, toda quinta-feira.

Nos próximos dias 04, 11, 18 e 25, serão exibidos o curta metragem ‘Anachronique’, e o longa ‘É Proibido Proibir’, com sessões às 9h, 14h30 e 20h. As sessões dos dois primeiros horários são destinadas ao público escolar, com pré-agendamento do ônibus na Casa da Cultura pelo telefone (13)3319-9150. Já a última sessão é às 20h e é aberta à população. A entrada é franca.

Oficina
No próximo dia 29 de outubro, o Programa Ponto Mis realizará uma oficina denominada Ponto de Vista, Noções Básicas de Fotografia Digital, com André Bueno. São oferecidas 20 vagas. A oficina, que será desenvolvida na Casa da Cultura de Bertioga, das 13 às 17 horas, é destinada a um público com idade a partir de 14 anos. Interessados podem levar equipamento. As inscrições já estão abertas na Casa da Cultura (Avenida Thomé de Souza, 130, Praia da Enseada), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h ou pelo telefone (13) 3319- 9150.

 

fonte:

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/09/bertioga-tem-nova-programacao-de-cinema-para-o-mes-de-outubro.html