quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Audiovisual cresce com internet e celular


O cinema brasileiro está em expansão. A qualidade das propagandas produzidas em território nacional está cada vez melhor. E as produções via internet e telefone celular estão em alta. Tudo isso aponta para o crescimento da demanda pelo profissional da área de audiovisual. Porém, a maioria deles ainda atua como freelancer, ou seja, é autônomo.
O superior de audiovisual oferecido pela Universidade de São Paulo é um dos cursos mais concorridos, com 31 candidatos por vaga no último vestibular. Mas não é a única opção. É possível fazer também graduação em Rádio e TV, Midialogia, Multimeios e Publicidade e Propaganda.
Porém, a graduação não basta para quem quer atuar com audiovisual. O produtor Márcio Paraíso, 30 anos, é exemplo do quanto é preciso estudar. "Fiz vários cursos para me especializar e hoje não perco mais trabalho. Sou um videomaker completo, pois filmo, edito, dirijo, faço a parte de fotografia, correção de cor e finalização."
Esta foi a forma que Paraíso encontrou de se manter em um mercado ainda com poucas oportunidades com carteira assinada, mas com muito trabalho. Ele é freelancer e já fez trabalhos para a Rede TV, produtora O2 e o site Youtube.
Paraíso cursou Publicidade e Propaganda na sua cidade natal: Salvador (BA). "Na época queria trabalhar com criação, mas quando descobri a ilha de edição, ainda na faculdade, sabia que era aquilo que queria fazer." O caminho não foi fácil. Após três anos de formado, ele resolveu se aventurar: veio para São Paulo para fazer cursos na área. Não se arrependeu. "É preciso ousar. No meu caso, deu certo." 
SALÁRIO
Para aqueles que querem embarcar nessa ideia, a remuneração inicial de um diretor de filme publicitário é de cerca de R$ 3.000. Um assistente de direção ganha R$ 680 por semana, em média.
Há diversos campos de atuação, tais como: edição, sonorização e fotografia de filmes ficcionais, documentários ou publicitários, criação de programas e planejamento de grades televisas ou radiofônicas, redação de roteiros, operação de equipamentos ligados à produção de filmes ou programas de rádio, desenvolvimento de filmes com técnicas de animação, entre outros.

Para estudantes, salário não pode influenciar na escolha 
Para o estudante do 7º ano do Ensino Fundamental Renato de Moraes Marques, da EE Maria Regina Demarchi Fanani, em São Bernardo, o salário mensal deve ser conquistado com muito trabalho e suor. "Já pensei em ser jogador de futebol. Ia ganhar dinheiro piscando, mas isso não é certo", disse o garoto, que pretende ser engenheiro civil.
Ele participou ontem do Desafio de Redação, concurso literário promovido pelo Diário. "Não participamos apenas para ganhar. Fazemos (a redação) para aprender como arranjar algo bom e de que gostamos, não apenas que dê dinheiro", afirmou o estudante.
Nesta 5ª edição, dois temas foram propostos. Os alunos que cursam até o 2º ano do Ensino Médio devem escrever sobre as Profissões do Futuro. Para aqueles que estão no 3º ano do Médio, na preparação para o vestibular, o assunto proposto é Profissões do Pré-sal, Indústria do Petróleo e Gás.
O Colégio Singular, no bairro Baeta Neves, também recebeu o concurso literário. A estudante do 2º ano Caterine Zapata, 15, disse que muitas pessoas, para atender à demanda imposta pelo mercado de trabalho, escolhem profissão da qual não gostam. Ela, por enquanto, pensa diferente. Mesmo que o mercado de trabalho já esteja saturado nessa área, a adolescente deseja cursar jornalismo. "Gosto de escrever e de ter visão crítica sobre o mundo", contou. Antes, porém, pretende cursar Economia.
Giovanna Tedesco, 14, fez a redação com tranquilidade na EE Professor Antonio Nascimento, pois diz que adora escrever. Tanto que a profissão de jornalista é a que mais chama sua atenção. "Mas pensar no vestibular me dá mais medo do que escolher profissão."
O processo seletivo já é realidade para Leonardo Matos, 17, que também participou da prova. Apesar da proximidade com o exame, Leonardo afirma se sentir mais ansioso em relação ao futuro profissional do que apenas o vestibular. O aluno pretende atuar na área de tecnologia da informação, decisão tomada com a ajuda de um teste vocacional.
A preocupação com a carreira foi resumida por Beatriz Marinho, 15, outra participante do concurso: "Só quero ter um emprego digno, ganhar dinheiro para viver e fazer algo de que goste." Beatriz também está interessada em seguir na área de tecnologia da informação. (Bruno Martins e Luana Arrais)

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