“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Não é à toa que o pensamento do educador Paulo Freire inspira o material de apoio do projeto Inventar com a Diferença, assinado em parceria pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República e Universidade Federal Fluminense (UFF). A proposta de capacitar educadores de escolas públicas de todo o País para trabalhar com audiovisual em sala de aula em torno da temática do Cinema e dos Direitos Humanos está sedimentada na abertura de canais para o exercício de novos olhares sobre o mundo e as mais diversas possibilidades de conhecê-lo, como também de interferir criticamente nele.
O Inventar com a Diferença iniciou no mês de janeiro deste ano, em 29 cidades, com a capacitação de cerca de 500 professores de 300 escolas públicas brasileiras dos ensinos médio e fundamental. Guiados por 30 mediadores ao longo de janeiro e fevereiro, os educadores participaram de oficinas de vídeo e tiveram acesso ao material pedagógico impresso – também disponível online. Em sua segunda e atual fase, de março até junho próximo, o projeto entra efetivamente em sala de aula. É o momento dos professores compartilharem o conhecimento apreendido com os alunos, que ganham a oportunidade de enxergarem o cinema não apenas como recurso didático ligado ao conteúdo dos filmes, mas também como experiência inventiva e estética. No total, o projeto abrange cerca de 10 escolas em cada uma das cidades e pretende contemplar aproximadamente 5400 alunos.
O material é em formato de fichário, assim facilita o manuseio e traz exercícios instigantes, como o Minuto Lumière, onde o educando deve produzir um vídeo de até um minuto com câmera fixa no tripé. Isso ensina sobre a possibilidade de produção de conteúdo e de sentidos mesmo com pouco ou em condições precárias. A produção dessas imagens pelos alunos é livre. Trata-se de provocar a percepção de si e do outro, a singularidade do olhar para as diferenças, potencializando a dimensão crítica em relação ao mundo e às imagens que os cercam.
Para o coordenador-geral do projeto e chefe do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF, professor Cezar Migliorin, o Inventar traz a possibilidade de recolocar constantemente a pergunta sobre o que são os direitos universais das mulheres e homens do planeta. “E o cinema é forte em denunciar as cenas em que os direitos são perversamente divididos em constantes processos de exclusão, mas é ele também que tem a possibilidade de antecipar as cenas dos direitos de todos, inventando formas de vida que ainda nem sabemos possíveis. Assim, o cinema participa da exigência de igualdade de direitos entre os humanos, ao mesmo tempo em que explicita e se inventa com as potências das diferenças, dos que sentem o mundo de forma singular”, destaca.
Toda a produção realizada será enviada à UFF, coordenadora-geral e criadora do Inventar, que intermediará a troca dos filmes realizados entre as escolas, assim como fará a seleção para exibição no site do projeto e para integrá-los à programação da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul deste ano.
A equipe de trabalho
Para promover o projeto nacionalmente, a Coordenação Geral, situada na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ), gerencia todas as equipes envolvidas e está em contato direto com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, além de elaborar materiais de apoio.
O Coordenador Regional é o elo entre a coordenação geral e os mediadores e parceiros locais de sua região - suprindo demandas destes profissionais, oferecendo apoio metodológico e logístico, além de supervisionar os trabalhos desta equipe. Para facilitar a logística do Inventar, o país foi dividido em 5 regiões (Regional Sudeste-Sul, Nordeste I, Nordeste II, Norte e Centro-Oeste), sendo um coordenador responsável por cada regional.
Atuando junto às escolas de seu respectivo estado, o Mediador é a principal ligação entre a coordenação do projeto e a ponta, ou seja, os professores e a escola. Cabe a ele ministrar as oficinas para os educadores, além de acompanhar nas escolas os trabalhos prestando auxílio pedagógico e técnico aos professores. Os mediadores possuem papel vital para o projeto, pois é por meio deles que necessidades e demandas outras de professores e alunos são observadas e atendidas. Quinzenalmente eles visitam as escolas selecionadas para acompanhar o trabalho dos professores, disponibilizando equipamentos e toda a infraestrutura necessária para a realização dos exercícios e trabalhos finais.
Com patrocínio da Petrobras e da OEI – Organização dos Estados Íbero-Americanos, o projeto Inventar com a Diferença conta com apoio técnico de ONGs, universidades e institutos federais de todo o país, consolidando o caráter coletivo do projeto, comprometido com as diversas formas de agenciamentos e conhecimentos em rede.
O Cinema na UFF
O Curso de Cinema da UFF foi criado em 1968 por Nelson Pereira dos Santos, quando encontrou em Niterói abrigo para suas ideias de criação de uma escola. Foi na sala de exibição do antigo Cassino Icaraí que o Setor de Arte Cinematográfica foi articulada e dali surgiu o Instituto de Arte e Comunicação Social, congregando a comunicação social (com suas habilitações cinema, publicidade e jornalismo) e também biblioteconomia e documentação. Desde 1992, Cinema e Vídeo passou a ser um departamento do Instituto, em 2005 o currículo foi totalmente reformulado e em 2007 foi criado o Curso de Cinema e Audiovisual, incorporando a tecnologia digital e expandindo para a pós-graduação. Em 2008, transformou-se oficialmente em curso, seguindo um processo de autonomia. Em 2012 agregou-se a titulação em Licenciatura em Cinema e Audiovisual, despontando como a primeira do Brasil.
O Inventar com a Diferença iniciou no mês de janeiro deste ano, em 29 cidades, com a capacitação de cerca de 500 professores de 300 escolas públicas brasileiras dos ensinos médio e fundamental. Guiados por 30 mediadores ao longo de janeiro e fevereiro, os educadores participaram de oficinas de vídeo e tiveram acesso ao material pedagógico impresso – também disponível online. Em sua segunda e atual fase, de março até junho próximo, o projeto entra efetivamente em sala de aula. É o momento dos professores compartilharem o conhecimento apreendido com os alunos, que ganham a oportunidade de enxergarem o cinema não apenas como recurso didático ligado ao conteúdo dos filmes, mas também como experiência inventiva e estética. No total, o projeto abrange cerca de 10 escolas em cada uma das cidades e pretende contemplar aproximadamente 5400 alunos.
O material é em formato de fichário, assim facilita o manuseio e traz exercícios instigantes, como o Minuto Lumière, onde o educando deve produzir um vídeo de até um minuto com câmera fixa no tripé. Isso ensina sobre a possibilidade de produção de conteúdo e de sentidos mesmo com pouco ou em condições precárias. A produção dessas imagens pelos alunos é livre. Trata-se de provocar a percepção de si e do outro, a singularidade do olhar para as diferenças, potencializando a dimensão crítica em relação ao mundo e às imagens que os cercam.
Para o coordenador-geral do projeto e chefe do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF, professor Cezar Migliorin, o Inventar traz a possibilidade de recolocar constantemente a pergunta sobre o que são os direitos universais das mulheres e homens do planeta. “E o cinema é forte em denunciar as cenas em que os direitos são perversamente divididos em constantes processos de exclusão, mas é ele também que tem a possibilidade de antecipar as cenas dos direitos de todos, inventando formas de vida que ainda nem sabemos possíveis. Assim, o cinema participa da exigência de igualdade de direitos entre os humanos, ao mesmo tempo em que explicita e se inventa com as potências das diferenças, dos que sentem o mundo de forma singular”, destaca.
Toda a produção realizada será enviada à UFF, coordenadora-geral e criadora do Inventar, que intermediará a troca dos filmes realizados entre as escolas, assim como fará a seleção para exibição no site do projeto e para integrá-los à programação da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul deste ano.
A equipe de trabalho
Para promover o projeto nacionalmente, a Coordenação Geral, situada na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ), gerencia todas as equipes envolvidas e está em contato direto com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, além de elaborar materiais de apoio.
O Coordenador Regional é o elo entre a coordenação geral e os mediadores e parceiros locais de sua região - suprindo demandas destes profissionais, oferecendo apoio metodológico e logístico, além de supervisionar os trabalhos desta equipe. Para facilitar a logística do Inventar, o país foi dividido em 5 regiões (Regional Sudeste-Sul, Nordeste I, Nordeste II, Norte e Centro-Oeste), sendo um coordenador responsável por cada regional.
Atuando junto às escolas de seu respectivo estado, o Mediador é a principal ligação entre a coordenação do projeto e a ponta, ou seja, os professores e a escola. Cabe a ele ministrar as oficinas para os educadores, além de acompanhar nas escolas os trabalhos prestando auxílio pedagógico e técnico aos professores. Os mediadores possuem papel vital para o projeto, pois é por meio deles que necessidades e demandas outras de professores e alunos são observadas e atendidas. Quinzenalmente eles visitam as escolas selecionadas para acompanhar o trabalho dos professores, disponibilizando equipamentos e toda a infraestrutura necessária para a realização dos exercícios e trabalhos finais.
Com patrocínio da Petrobras e da OEI – Organização dos Estados Íbero-Americanos, o projeto Inventar com a Diferença conta com apoio técnico de ONGs, universidades e institutos federais de todo o país, consolidando o caráter coletivo do projeto, comprometido com as diversas formas de agenciamentos e conhecimentos em rede.
O Cinema na UFF
O Curso de Cinema da UFF foi criado em 1968 por Nelson Pereira dos Santos, quando encontrou em Niterói abrigo para suas ideias de criação de uma escola. Foi na sala de exibição do antigo Cassino Icaraí que o Setor de Arte Cinematográfica foi articulada e dali surgiu o Instituto de Arte e Comunicação Social, congregando a comunicação social (com suas habilitações cinema, publicidade e jornalismo) e também biblioteconomia e documentação. Desde 1992, Cinema e Vídeo passou a ser um departamento do Instituto, em 2005 o currículo foi totalmente reformulado e em 2007 foi criado o Curso de Cinema e Audiovisual, incorporando a tecnologia digital e expandindo para a pós-graduação. Em 2008, transformou-se oficialmente em curso, seguindo um processo de autonomia. Em 2012 agregou-se a titulação em Licenciatura em Cinema e Audiovisual, despontando como a primeira do Brasil.
Inventar com a diferença:
Relacionamento com a imprensa:
Divulga Ação – Assessoria de comunicação
Julia Casotti (21) 99829.2129 – (21) 3067-8336 – juliacnogueira@gmail.com
Autor: Assessoria
Fonte: O Nortão
Fonte: O Nortão